Cadernos de Atividades e Resumos
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Item 25 anos de fundos constitucionais de financiamento: avanços e desafios à luz da PNDR(2015-05) Pires, Murilo José de Souza; Sampaio, Daniel Pereira; Mota, Fernando Cezar de Macedo; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Este trabalho tem por objetivo realizar uma análise da dos desembolsos dos recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento (FCF) que completaram 25 anos de existência em 2014. Argumenta que os FCF tiveram modifi cações substantivas em 2003, quando a adoção dos ditames do Acordo de Basileia, os quais lhe conferiram um funcionamento nos moldes do mercado, e em 2007 quando entrou em vigor a ainda vigente Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Avalia que os FCF têm atuado por meio dos bancos de desenvolvimento gestores para o desenvolvimento de atividades produtivas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste contribuindo para a redução das latentes disparidades regionais. Contudo, no bojo da complexidade da que tomou a dimensão regional, sobretudo a partir dos anos 1980, pelas condicionantes internas e externas, novos desafi os são colocados para promover o desenvolvimento com maior coesão entre os distintos espaços e subespaços regionaisItem África, um continente sem fiadores: as diferenças entre o modelo ocidental e Chinês de financiar o desenvolvimento e o caso da República Democrática do Congo(2015-05) Pereira, Rafael Antonio Anicio; Peres, Samuel Costa; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Nos últimos anos, os chamados países emergentes têm ocupado um espaço cada vez maior no cenário econômico e político internacional. A África também tem despertado interesse, devido, sobretudo, às altas taxas de crescimento que as economias de muitos de seus países têm registrado. Claramente, a China tem exercido papel importante neste novo ciclo. Parece indiscutível que, por um lado, a crescente relação econômica entre a China e países da África é benéfi ca para o desenvolvimento de um continente que ainda sofre com a pobreza. Por outro lado, ela não é livre de controvérsias. Neste artigo, o objetivo é tratar das visões que os países ocidentais e as instituições fi nanceiras multilaterais têm a respeito do desenvolvimento econômico, mais especifi camente, do fi nanciamento de infraestrutura na África e a abordagem que o governo chinês tem sobre o assunto. Busca-se traçar potenciais impactos positivos e negativos de cada enfoque e retratá-los através de uma análise do caso da República Democrática do Congo (RDC). O caso da RDC evidencia que, a despeito de ser benigna, a ajuda chinesa à África não é altruísta e envolve interesses diversos tanto no país como no continente em geral. Nesse sentido, eleger como superior o modelo de fi nanciamento chinês ou o ocidental, este último caracterizado pelas condicionalidades e infl uência externa nos assuntos internos dos países devedores, não é algo trivial. Em todo caso, a busca de um equilíbrio entre a visão ocidental e chinesa parece ser a alternativa mais apropriada para que se avance de forma harmoniosa em direção ao desenvolvimento da África, respeitando sua soberaniaItem Anais XX Encontro Nacional de Economia Política(2015-05) SEP, Sociedade Brasileira de Economia Política; UNILA, Universidade Federal da Integração Latino-AmericanaA Sociedade Brasileira de Economia Política – SEP tem a satisfação de realizar o seu encontro anual, o vigésimo, na jovem Universidade Federal da Integração Latino-americana – UNILA, criada em 2010. Além da sua missão institucional específi ca, de formar recursos humanos aptos para contribuir com a integração latino-americana, com o desenvolvimento regional e com o intercâmbio cultural, científi co e educacional da América Latina e Caribe, a UNILA adota um projeto pedagógico distinto das outras instituições federais brasileiras. Há um claro propósito de superar a segmentação das áreas de conhecimento tradicionais, incluindo mesmo a alocação dos docentes nos cursos de graduaçãoItem Análise empírica dos determinantes dos fluxos de capitais financeiros para os países emergentes e em desenvolvimento(2015-05) Prates, Daniela Magalhães; Weiss, Maurício Andrade; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Este artigo pretende dar uma contribuição à literatura empírica sobre os determinantes dos fl uxos de capitais de natureza fi nanceira direcionados aos países em desenvolvimento por meio de um modelo econométrico de dados em painel com a utilização de diferentes métodos: mínimos quadrados ordinários, efeitos fixos, efeitos aleatórios, primeira diferença e método dos momentos generalizados. Os resultados obtidos corroboram os estudos anteriores que apontam para um predomínio dos fatores externos sobre os internos na determinação dos fl uxos de capitais. Merece destaque o indicador de volatilidade VIX CBOE, o qual se mostrou signifi cativo e com sinal esperado nas onze equações testadasItem Analysis on world bank's disbursements distribution between 1985 and 2010(2015-05) Carvalho, Carlos Eduardo Ferreira de; Silva, Ana Lúcia Pinto da; Saiani, Carlos César Santejo; Dias, Renato Camara Nunes; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)This article analyzes World Bank’s disbursements distribution criteria in Latin America and the Caribbean, in the period comprised between 1985 and 2010, aiming at identifying tendencies in disbursements distribution among the region’s countries. Hence, the authors propose the concept of “adherence”: the approximation between disbursements distribution and socio-economic needs in recipient countries. Thus, the article seeks to identify the criteria that guide resources distribution and their correspondence to WB’s stated mission of fi ghting poverty. The article tests the existence of such criteria with the econometric analysis of disbursements for each country, in relation to population, per capita income, GDP, political regime, investment participation and government expenditure. Resources distribution is also analyzed in terms of economic sectors, in selected sub-periods, also aiming at identifying World Bank’s priorities in the region, as well as the disbursement changes occurred in the periodItem A apropriabilidade dos ativos estratégicos nas relações intersetoriais de produção(2015-05) Macadar, Jaime Adrian Moron; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O presente ensaio utiliza o conceito de excedente econômico e a noção de cadeias de valor a fi m de localizar a infl uência de ativos tomados como estratégicos e propor a noção de deslocamento do excedente ao longo da cadeia produtiva como resultado do processo de inovação tecnológica. Na primeira parte são apresentados alguns referenciais teóricos e formalizados conceitos que serão utilizados ao longo do ensaio. As noções de sistema e de excedente econômico são tomadas para estabelecer a relação de interdependência entre setores ou segmentos de uma cadeia produtiva, os quais se diferenciariam em termos de estrutura de mercado. Tais estruturas de mercado, por sua vez, seriam resultado de uma combinação tecno-institucional específi ca para cada setor/segmento, a qual se manifestaria pelo controle de ativos estratégicos capazes de se apropriar, no aspecto fi nanceiro, de parte da produtividade gerada em outros setores ou cadeias produtivas. A abordagem proposta permitiria distinguir os aspectos fi nanceiros, de um lado, e produtivos, de outro, evidenciando a distinção do valor em duas categorias: valor de uso para a produção (VUP), expresso em produtividade física, e preços de mercado, expresso em moeda. Na segunda parte é apresentado o modelo analítico desenvolvido a partir do referencial teórico. A estrutura analítica é derivada da matriz insumo-produto de Leontief e das funções de produção que incorporam duas distintas estruturas de mercado para defi nir os setores ou cadeias produtivas. Na terceira parte são apresentadas as principais implicações do modelo e algumas propriedades derivadas das relações entre recursos e direitos. Por último são realizadas as considerações fi naisItem Argentina e Brasil: as políticas econômicas 1946-1955(2015-05) Saretta, Fausto; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O artigo faz uma comparação das políticas econômicas levadas a efeito nos dois países no decênio posterior à Segunda Guerra como uma das possíveis explicações para os diferentes ritmos de crescimento das duas economias noa anos posterioresItem A articulação capitalismo-patriarcado e as transformações das categorias sexo e gênero no modo de produção de capitalista: uma leitura Foucaultiana e Marxista(2015-05) Nunes, Débora Machado; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O presente artigo busca discutir de que forma se dá a articulação entre o modo de produção capitalista e a estrutura patriarcal, através do resgate do debate entre as feministas marxistas e as teóricas da tradição do patriarcado. Para tanto, utiliza-se a reconstrução histórica de Foucault de como o capitalismo se apropriou da estrutural patriarcal, baseando-se no conceito de biopoder e nos dispositivos de aliança e sexualidade. O objetivo é compreender qual é a relação entre sexo, gênero e as formas específi cas em que aparecem no modo de produção, isto é, como essas estruturas de capitalismo e patriarcado suportam-se mutuamente em um constante movimento que encontra sínteses diferentes no tempo, sendo ora harmônicas, ora confl itantes. A intenção é propor uma metodologia que seja capaz de captar a posição dos sexos e gêneros no capitalismo através da identifi cação dessa síntese dinâmica entre modo de produção e modo de dominaçãoItem O aumento da velocidade de rotação: a sétima contra-tendência à queda da taxa de lucro(2015-05) Almeida Júnior, Antonio Carneiro De; Ribeiro, Nelson Rosas; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Este artigo constitui uma investigação acerca da relação entre velocidade de rotação do capital e taxa de lucro. Ele tem por objetivo verifi car teoricamente se o aumento da velocidade de rotação do capital é uma contra-tendência à “Lei da Queda Tendencial da Taxa de Lucro”. Uma vez identifi cada uma relação direta entre aumento da velocidade de rotação do capital e elevação da taxa de lucro e comparadas as causas deste movimento com as que produzem as demais contra-tendências, concluímos que o aumento da velocidade de rotação do capital é a sétima contra-tendência à “Lei da Queda Tendencial da Taxa de Lucro”Item Os bancos Too Big To Fail nos Estados Unidos e a nova regulação: uma crítica a partir de Minsky(2015-05) Deos, Simone; Ramos, Luma Souza; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)A crise fi nanceira de 2007/2008 trouxe à tona a questão dos bancos too big to fail. No debate que se instaurou a seguir alguns entendiam que uma regulação adequada e uma supervisão corajosa poderiam controlar essas organizações, reduzindo a instabilidade e os custos que sua eventual falência poderiam acarretar, enquanto outros entendiam ser fundamental que fossem reduzidas e simplifi cadas. Contudo, nos Estados Unidos, o problema dos bancos too big foi, de certa forma, agravado após a crise, uma vez que as operações de salvamento levaram à formação de bank holdings ainda maiores e mais complexas. O objetivo central deste trabalho é analisar o movimento de longo prazo de crescimento da concentração no sistema bancário norte-americano e a sua intensifi cação após a crise recente, bem como avaliar o sentido das medidas que estão sendo tomadas, no âmbito do Dodd-Frank Act, especifi camente voltadas para as instituições chamadas de sistemicamente importantes. A hipótese é que a despeito do estabelecimento do Financial Stability Oversight Council no novo aparato regulatório, a estabilidade sistêmica, no sentido Minskyano, não é o fundamento da nova regulaçãoItem Biogas from sugarcane vinasse: environmental, energy and regulatory issues for a political agenda in Braszil(2015-05) Mathias, Melissa Cristina Pinto Pires; Mathias, João Felippe Cury Marinho; Duque, Daniel Vasconcellos Archer; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Brazil is the largest sugarcane producer in the world, an important input to ethanol production, which puts the country in a privileged position in biofuel world market. Besides the importance of sugar production in the sugarcane chain, this work focuses on ethanol production (ethanol industry), particularly its main waste, vinasse. Vinasse presents several environmental risks due to its bio composition and, if dumped in rivers or lakes, causes the phenomenon of eutrophication, which promotes a high growth of aquatic plant species and spread environmental problems. In this scenario, the anaerobic digestion of vinasse (the most abundant effl uent from a sugarcane biorefi nery) arises as an interesting alternative because, in addition to promoting the stabilization of organic matter, it also enables energy generation from biogas (biomethane). Anaerobic digestion generates biomethane and biofertilizer from vinasse. The objective of this article is to study the biogas potential generation from sugarcane vinasse in Brazil using anaerobic digestion technology also presenting the challenges and the governmental agenda required to develop biogas systems to sugarcane sector in Brazil. This work presented a huge biogas production potential from sugarcane vinasse. It can be used in multiple ways, and this work emphasized two important energy uses: to substitute natural gas and to generate electricity in a distributed generation concept. Besides the huge potential, there is an extensive agenda to solve and overcome the multiple barriers for biogas systems implementation in Brazil. According to international experience the strong governmental involvement is necessary and suffi cient condition to develop renewable energy sources. In that sense, biogas systems need to be inserted in Brazil’s policy agendaItem Biotecnologia no Brasil: uma análise empírica a partir dos dados da PINTEC(2015-05) Rossi, Gabriella Macedo; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)A biotecnologia vem sendo amplamente discutida, principalmente por estar possibilitando diversos avanços nas áreas do meio ambiente, saúde, humana e animal, e agrícola. Os transbordamentos de conhecimento gerados pelo desenvolvimento de biotecnologia demonstram a sua abrangência e importância, o que não nos permite trata-la apenas como um elemento que compõe um sistema setorial de inovação, mas também como um paradigma técnico-econômico essencialmente multidisciplinar. No trabalho procuramos identifi car qual o perfi l das empresas nacionais de biotecnologia, comparando-as com empresas de outros diversos setores, no que se refere as características essenciais, o esforço e desempenho inovativo, identifi cando como estas empresas interagem entre si e com outros agentesItem Brasil e Cuba no contexto da integração Latino-Americana: uma análise da evolução das Relações diplomáticas e comerciais de 2003 a 2013(2015-05) Santos, Ana Carolina dos Anjos; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Com o início do governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, no ano de 2003, foram intensifi cados os esforços diplomáticos brasileiros e suas iniciativas na direção de uma maior cooperação com outros países em desenvolvimento, em especial com aqueles da América Latina, incluindo Cuba. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é desenvolver, a partir de um levantamento empírico da evolução da relação entre Brasil e Cuba no período entre 2003 e 2013 em seus aspectos econômicos (incluindo questões comerciais, tecnológicas e fi nanceiras), diplomáticos e políticos, uma análise que busque considerar a contribuição desta relação para a Integração Latino- Americana. Para isto, foi utilizado como referencial teórico, elementos do campo da Economia Política Internacional relativos ao tema das “ações coletivas”. Pretende-se, assim, contribuir para os debates mais amplos acerca da inserção internacional brasileira em anos recentes, e, mais geralmente, de alguns aspectos do funcionamento do sistema internacional moderno, como a Integração latino-americanaItem Brasil e México nas cadeias globais de valor: uma análise comparativa baseada na intensidade tecnológica da produção industrial(2015-05) Cateia, Júlio Vicente; Pereira, Adriano José; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Este estudo tem como objetivo traçar um perfil de integração brasileira e mexicana nas Cadeias Globais de Valor (CGVs), a partir de uma comparação do desempenho das duas economias, conforme a intensidade tecnológica da produção industrial (1990-2013). A análise é feita com base nos recentes índices de participação disponibilizados pela OCDE/OMC. Assim, estes indicadores sugeriram que o grupo industrial de média-alta intensidade tecnológica foi o mais integrado nas CGVs, tanto no Brasil como México. Em geral, os setores industriais mexicanos são mais integrados que os brasileiros. Ao analisar o balanço tecnológico desses setores, verifi cou-se que, para o Brasil, quanto maior a intensidade tecnológica, maior o défi cit comercial; enquanto que para o México, quanto maior intensidade tecnológica, menor o défi cit, sinalizando que os setores industriais mexicanos de maior intensidade tecnológica apresentam maiores potenciais de inserção nas CGVs que os setores brasileirosItem Os caminhos de uma siembra Petrolera: investimento social e fuga de divisas na Venezuela (2003-2013)(2015-05) Ribeiro, Vicente Neves da Silva; Castro, José Arteaga; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)A comunicação busca abordar os processo de distribuição e circulação da renda petroleira entre 2003 e 2013 na Venezuela. Esse período é marcado pela ampliação da arrecadação fi scal petroleira e pela emergência de uma perspectiva socialista no Processo Bolivariano. Busca-se compreender a relação estabelecida entre esses dois processos, situando o período analisado na história mais ampla da Venezuela petroleira. Entre as propostas mais marcantes da eleição de Hugo Chávez destacava-se a retomada do nacionalismo petroleiro, uma estratégia de controle do petróleo centrada na maximização da renda petroleira arrecadada pelo Estado, contrapondo-se ao processo de liberalização vivido pelo setor, especialmente nos anos 1990. O período de 2001 a 2003 é marcada por profundos enfrentamentos no país tendo como pano de fundo a questão petroleira e mais especifi camente sob que estratégia estaria a exploração do petróleo venezuelano. A reafi rmação do nacionalismo petroleiro e uma conjuntura de preços do petróleo ascendentes permitiu ampliar a arrecadação fi scal petroleira em uma conjuntura de radicalização do processo bolivariano, no qual se acentuaram as tensões com amplas parcelas das classes dominantes e no qual emergiu uma perspetiva socialista. É nesse período que um conjunto de políticas distributivas são colocadas em marcha, tendo grande destaque as Misiones, conjunto de ações governamentais no âmbito da saúde, educação e assistência social. Tais ações contribuíram para reduzir de forma importante os índices de pobreza, pobreza extrema, desnutrição e analfabetismo, constituindo-se em realizações signifi cativas do governo bolivariano. Entretanto, busca- se compreender outros mecanismos de distribuição e circulação da renda petroleira em especial os que benefi ciaram parcelas importantes das classes dominante que através de um conjunto de mecanismos lograram apropriar-se de parcela crescente da renda petroleira. Nesta comunicação são discutidas contribuições recentes para pensar esse processo, em especial trabalhos de Luis Enrique Gavazut e Manuel Sutherland. Desta forma, busca-se compreender as mudanças e permanências construídas durante o Processo Bolivariano, inserindo-o no marco mais amplo da Venezuela petroleiraItem O capital e a crítica ontológica(2015-05) Monfardini, Rodrigo Delpupo; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O objetivo deste trabalho é defender a hipótese de que o procedimento de análise adotado em O Capital pode ser descrito pelo que o pensador húngaro György Lukács chama de crítica ontológica. Como a crítica ontológica se caracteriza por colocar como momento prioritário não a crítica de distorções ou incorreções lógico-gnosiológicas de uma teoria, mas a crítica das bases ontológicas dessas distorções, tal procedimento crítico só se justifi ca se forem identifi cados mecanismos reais que gerem essas distorções. Portanto, para cumprir o objetivo principal de provar a primazia da crítica ontológica em O Capital, é necessário cumprir o objetivo secundário de demonstrar que nessa obra é afi rmada a existência de um mecanismo social que gera distorções nas teorias, mecanismo que Marx chama de fetichismo. Em síntese, neste trabalho defendemos que, ao afi rmar-se a existência do fetichismo, uma exigência é um procedimento analítico que leve em consideração essa característica. Esse procedimento é chamado por Lukács de crítica ontológica, e está presente em O CapitalItem Celso Furtado e subdesenvolvimento: uma crítica às novas interpretações “desenvolvimentistas” no Brasil dos anos 2000(2015-05) Jurgenfeld, Vanessa Follmann; Rodrigues, Carlos Henrique Lopes; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O Brasil viveu após a abertura econômica, nos anos 1990, e a adesão ao neoliberalismo, pautado no Consenso de Washington, um esvaziamento do debate de longo prazo voltado ao desenvolvimento econômico. Nos anos 2000, entretanto, especialmente na segunda metade da década, ressurgiu um “novo-velho” debate sobre desenvolvimento econômico e desenvolvimentismo no país. Este artigo tem como objetivo, partindo da interpretação de Celso Furtado sobre desenvolvimento e subdesenvolvimento, que leva em consideração as possibilidades e os limites do desenvolvimento da periferia frente aos interesses econômicos dos países hegemônicos, fazer a crítica às novas ideias heterodoxas que atualmente são debatidas no Brasil. Essas interpretações mais recentes em geral prendem-se a mudanças conjunturais como solução aos problemas histórico-estruturais. As abordagens que serão analisadas dividem-se em três correntes: i) Novo-Desenvolvimentismo; ii) Social-Desenvolvimentismo e; iii) Keynesiano-InstitucionalistaItem Charles Bettelheim sobre a Revolução Cultural Chinesa(2015-05) Lopes, Tiago Camarinha; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)A avaliação teórica e empírica de Charles Bettelheim sobre a Revolução Cultural Chinesa é apresentada a partir de suas principais obras sobre o tema. Segundo o economista francês a Revolução Cultural foi um dos pontos mais altos do processo histórico da Revolução Socialista, caracterizando-a como um marco temporal de avanço qualitativo da envergadura da Comuna de Paris de 1871. Em sua visão, devido principalmente a falhas de condução política neste instante de luta de classes extremamente intensa, houve uma contrarevolução operada dentro do Partido que desembocou em um desfecho negativo da Revolução Cultural e que encaminhou a China para a via do revisionismo (enquanto rejeição do marxismo revolucionário de Lenin) e do capitalismoItem China e a inserção comercial externa da América Latina no início do Século XXI (2003-2013)(2015-05) Henriques, Tatiana Ferreira; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O objetivo deste artigo é analisar o vínculo comercial estabelecido entre a América Latina e a China no período recente (2003-2013), fortemente atrelado ao ciclo de expansão dos preços das commodities primárias. Através de evidências empíricas obtidas nas bases de dados da CEPALstat, SIGCI – CEPAL e UN Comtrade serão apresentados os quadros do comércio externo de bens da região por intensidade tecnológica, produtos e principais parceiros, com destaque ao comércio estabelecido com a China. De modo geral, o que se observou foi uma tendência à inserção externa fortemente concentrada e assimétrica, em valor e tipos de bens, que tende a implicar certa subordinação econômica dos países latino-americanos frente à economia chinesa – com diversas consequências para as questões da integração e do próprio desenvolvimento latino-americanoItem O ciclo expansivo de crédito no Brasil entre 2004-2014(2015-05) Araujo, Victor Leonardo de; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)A economia brasileira ingressou em um inédito ciclo de expansão do crédito desde o ano de 2004, tendo a relação crédito/PIB passado de 26% em 2004 para 59% em 2014. Este ciclo pode ser dividido em duas partes, sendo o ano de 2008 um marco. Entre 2004 e 2008, período de expansão econômica, as operações de crédito se expandiram de forma generalizada entre os setores de atividade (agricultura, industria, comércio, outros serviços, pessoas físicas e imobiliário) e entre as instituições bancárias privadas, estrangeiras e públicas. Após 2008, período de desaceleração econômica, os bancos privados e estrangeiros retraíram suas operações de crédito, ao passo que os bancos públicos se descolaram dos demais, expandindo suas operações a taxas elevadas. Nesta fase do ciclo, a desaceleração também foi generalizada entre os setores, salvo o crédito imobiliário. Esta última fase do ciclo, contudo, parece próxima ao esgotamento, porque também o crédito imobiliário por meio dos bancos públicos está desacelerando. Conclui-se que os bancos privados e estrangeiros atuaram de forma pró-cíclica durante todo o ciclo de expansão do crédito, mas os bancos públicos atuaram de forma anticíclica após a crise de 2008