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De uma margem a outra: o diálogo transatlântico entre Carolina de Jesus e Françoise Ega
(2024) Santos Silva, Aline
Esta investigação tem como horizonte interpretativo as obras literárias de duas escritoras que viveram e produziram em continentes diferentes, mas compartilharam de realidades sociais muito próximas. Ao retratarem seus contextos, tornaram-se contemporâneas e partícipes de um fazer literário que rompe um silêncio historicamente imposto sobre seus corpos. Por meio de uma leitura que transita entre os registros memorialísticos e arte narrativa, realiza-se aqui um estudo comparativo entre as obras Quarto de Despejo: diário de uma favelada, da brasileira Carolina Maria de Jesus ([1960] 2020), e Cartas a uma negra: narrativa antilhana ([1978] 2021), da autora martinicana Françoise Ega. A proposta é pôr em diálogo as duas autoras, observando os elementos da escrita de si em formato de diário que a sua vez adquire caráter epistolar, como as cartas de Ega, pretensamente endereçadas à autora brasileira com o desejo de se fazer conhecer e de comunicar a sua interlocutora o itinerário de uma vivência afro-caribenha, também marcada pela subalternização. Ambas as autoras, mulheres negras periféricas, potencializam suas trajetórias com o relato concomitante e resiliente ao processo de escrita a partir da margem. A pesquisa procura discutir narratividade, memória, testemunho e colonialidade, tendo como arcabouço teórico autores como Paul Ricoeur (1994), Aleida Assmann (2008) e Frantz Fanon (2008). Do mesmo modo, faz uso dos conceitos de pacto autobiográfico (LEJEUNE, 2008), dororidade (PIEDADE, 2017) e tempo espiralar (MARTINS, 2021) para entender as relações de aproximação e/ou distanciamento entre as escritas íntimas e cotidianas que temporalizam a vida de suas autoras. O estudo dessas narrativas permite rasurar a hegemonia e homogeneidade das produções discursivas branco/euro centradas, bem como propor uma discussão teórica acerca dos possíveis alicerces para uma prática contra-colonial (BISPO, 2015) dos estudos literários comparatistas a partir de vozes femininas em processo de re(in)surgência.
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Desenvolvimento de geopolímeros à base de metacaulim e biocarvão da casca de arroz para captura de CO2
(2024) Pereira, Sabrina Luana Dias
As emissões antropogênicas de dióxido de carbono (CO2) alcançaram em 2019, cerca de 2.400 GtCO2 onde, apenas o setor de construção civil foi responsável por 37% das emissões globais de CO2 em 2022. A indústria de cimento Portland, que representa até 8% dessa parcela de emissões, está sendo pressionada a desenvolver materiais cimentícios alternativos e a diminuir o fator de clínquer. Um dos substitutos mais promissores às matrizes à base de cimento Portland é o geopolímero, um material cerâmico, obtido pela combinação de materiais sílico-aluminatos e soluções alcalinas, que adquire alta resistência mecânica e térmica, principalmente quando curado entre temperaturas de 40° e 80° C. O biocarvão, que tem sido amplamente utilizado na agricultura e como material cimentício suplementar em materiais à base de cimento Portland, tem sido pouco testado na confecção de materiais álcali ativados, abrindo espaço para novas pesquisas. Entre as inúmeras vantagens do biocarvão, tendo em vista a sua capacidade de atuar como um sumidouro de carbono, é também a de ser usada para potencialização da absorção de CO2 em aplicações de cura carbônica em idades precoces. Portanto, uma alternativa tecnológica e que merece investigação é a da possibilidade de testar matrizes geopoliméricas usando biocarvão, e ao mesmo tempo, aproveitando de sua morfologia porosa, utilizá-lo na captura de CO2. Apesar do geopolímero ainda enfrentar desafios, entre eles, a falta de normalização, os estudos conduzidos com matrizes álcali ativadas, tem usado a técnica de Metodologia de Superfície de Resposta (MSR) para definição das matrizes de geopolímero, estratégia que foi adotada para definição da composição dos geopolímeros com biocarvão. O objetivo deste estudo foi o de avaliar as propriedades físicas e mecânicas de pastas geopoliméricas à base de metacaulim com biocarvão da casca de arroz, a partir de pastas otimizadas, usando o modelamento estatístico de misturas, sob o efeito da cura térmica e carbônica em idades precoces. No Artigo 1, foi possível observar que diversas biomassas podem ser utilizadas na síntese de biocarvão para serem incorporadas em matrizes geopoliméricas, visto que a incorporação de biocarvão não promove mudanças no processo de geopolimerização, garantindo a sua aplicabilidade. As matrizes com biocarvão, apresentam variadas aplicações em novos materiais, com resistências mecânicas satisfatórias, funcionando na adsorção de gases e remoção de poluentes devido à sua alta área superficial. Todavia a eflorescência ainda é um fenômeno que necessita da investigação. No Artigo 2, através de metodologia de superfície de resposta, foi realizado a produção de pastas geopoliméricas sem biocarvão e com biocarvão, na porcentagem de até 8% de biocarvão em relação a mistura total, e otimizado para resistências mecânicas em até 23,40 MPa e 16,14 MPa para as matrizes sem biocarvão e com biocarvão, respectivamente. No Artigo 3, com a adoção da cura térmica e da cura carbônica, para geopolímeros com e sem biocarvão, foi verificado que as matrizes continuaram a evidenciar as fases microestruturais correspondestes aos produtos da geopolimerização. Apesar do uso do biocarvão aumentar a quantidade de microporos, seja nas temperaturas de 25° C como em 50° C, a uso da cura carbônica, levou a resistências superiores ao geopolímero sem biocarvão, principalmente à 25°C. Por fim, a captura de carbono foi evidenciada com a formação de carbonato de sódio, através das técnicas de caracterização físico-químicas e microestruturais aplicadas, tornando evidente o potencial de captura de CO2 através de matrizes geopoliméricas, principalmente com a adoção adequada de precursores inovadores como o biocarvão.
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Relato de caso: abordagem da Atenção Primária em Saúde (APS) ao paciente diagnosticado com esporotricose em uma UBS de Foz do Iguaçu-PR
(2024) Nunes, Edimar Pereira
A Esporotricose é uma infecção fúngica subcutânea manifestada por nódulos que têm potencial para supurar ou formar úlceras. Esta condição, de evolução subaguda a crônica, atinge primordialmente humanos e animais, com destaque para os felinos. Os causadores da doença são fungos pertencentes ao complexo Sporothrix. No Brasil, a espécie mais predominante é a S. brasiliensis, vista como a mais patogênica dentre as identificadas. Esta espécie pode ser encontrada em solos, palhas, vegetais, espinhos e madeira. A esporotricose pode acometer o ser humano de ambos os sexos, de qualquer faixa etária ou raça, independentemente de fatores individuais predisponentes, inclusive a doença pode promover surtos familiares. O diagnóstico de esporotricose é baseado na combinação de suspeitas clínicas, informações epidemiológicas e resultados laboratoriais. Destaca-se que a menção de interação com gatos diagnosticados com esporotricose é um dado epidemiológico crucial. O método de referência para o diagnóstico da doença é a cultura e identificação do Sporothrix, que pode ser derivada da cultura de biópsias, aspirados de lesões ou outras amostras, como escarro, sangue, líquido sinovial e líquor. A partir de 28 de outubro de 2020, com a publicação da Resolução nº 88/CIB/SES, a esporotricose humana tornou-se uma doença de notificação obrigatória no âmbito estadual. Diante disso, o objetivo do presente relato de caso clínico foi descrever a abordagem na Atenção Primária em Saúde de Foz do Iguaçu do estado de Paraná de uma paciente de sexo feminio, de 73 anos de idade, com diagnostico de esporotricose por se tratar de um caso com período de acompanhamento do tratamento de pelo menos 3 meses.
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Quilombo também é cultura: uma sequência didática para o 3º ano
(2024) Barbosa, Jozeildo Kleberson
O debate sobre os Direitos Humanos desde os primeiros anos escolares é fundamental para a formação de cidadãos conscientes e comprometidos com uma sociedade mais justa e equitativa. Nessa perspectiva apresentamos uma sequência didática destinada ao para o 3º ano do Ensino Fundamental, intitulada "Quilombo também é cultura". Está organizada em cinco etapas, de forma que os conteúdos sejam abordados de forma gradual e que possibilitem fomentar práticas de cidadania e respeito aos costumes e tradições para populações quilombolas. A temática dos Direitos Humanos está incorporada em diferentes documentos e normativas educacionais, destacamos o Plano Nacional de Educação – PNE estabelece diretrizes essenciais para promover uma educação inclusiva, democrática e voltada para a cidadania, enfatizando a importância de trabalhar os Direitos Humanos no ambiente escolar. Este estudo objetiva elaborar uma sequência didática para o reconhecimento e valorização da diversidade cultural dos povos negros e quilombolas a fim de criar um ambiente de aprendizagem que valorize a diversidade, a inclusão e o respeito, preparando-os para se tornarem agentes de mudança em suas comunidades e na sociedade em geral. Esta sequencia didática não pretende esgotar o tema dos Direitos Humanos e da educação para as relações étnico-raciais na escola, ao contrário, busca fomentar novas sequencias e projetos e que tenham como mote a valorização e preservação dos costumes e tradições do quilombo Pedro cubas.
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Avaliação dos efeitos agudos do extrato full spectrum rico em canabidiol nos sintomas centrais do TEA em adultos com diagnóstico tardio: uma série de casos
(2024) Destro, Gessica
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi categorizado conforme o DSM-5-TR como um transtorno do neurodesenvolvimento. Esse transtorno é marcado por prejuízos significativos no desenvolvimento de habilidades sociocomunicativas e pela presença de comportamentos, interesses ou atividades restritas e repetitivas. Sua etiologia foi influenciada por fatores genéticos e ambientais, tornando o diagnóstico precoce e a intervenção terapêutica essenciais. Ainda não há tratamento farmacológico diretamente indicado ao autismo; os fármacos são prescritos para ajustar sintomas como agitação, agressividade, ansiedade, distúrbios do sono, entre outros, podendo gerar uma gama de efeitos adversos, trazendo muitas limitações no tratamento. Diante desse cenário, a Cannabis emerge como um potencial terapêutico devido à sua interação com o sistema endocanabinoide (SEC), que modula diferentes funções fisiológicas importantes. Estudos clínicos apontam a relação entre alterações no SEC e mudanças comportamentais no TEA, assim como resultados positivos do tratamento com canabinoides em pacientes com epilepsia refratária, condição muito presente em concomitante com o TEA, trazendo alterações comportamentais relevantes dentro do espectro autista. Entretanto, os estudos clínicos atuais foram em grande parte feitos com crianças, além de apresentarem limitações nas avaliações dos sintomas centrais do autismo. Portanto, esse estudo teve como objetivo registrar e relatar uma série de casos, investigando os efeitos farmacológicos dos canabinoides como terapia adjuvante de 13 pacientes adultos diagnosticados tardiamente com TEA, que faziam uso de outras medicações e apresentavam refratariedade ao tratamento convencional. Cada indivíduo recebeu tratamento com óleo integral de Cannabis full spectrum sendo a proporção de 75:1 CBD:THC com dosagem inicial de 6 gotas diárias, representando 15mg de CBD e 0,045mg de THC, via oral, administrada duas vezes ao dia, após as refeições, com titulação de dose no 4° dia de uso, fazendo isso até a obtenção de resultados esperados sem efeitos adversos indesejáveis, com dosagem máxima de 200mg/dia de CBD. O tratamento teve duração de 30 dias de administração. Os critérios de inclusão e exclusão foram definidos englobando pacientes com diagnóstico de TEA de acordo com o DSM-5, excluindo aqueles com histórico de transtorno psicótico, tratamento eficaz com outro fármaco e diagnósticos diferenciais que afetaram severamente a cognição ou que tinham feito uso de Cannabis há pelo menos 90 dias (3 meses). As avaliações foram conduzidas por meio da escala SRS-2 (desfecho primário), Vineland-3 para avaliar desenvolvimento de habilidades adaptativas como desfecho secundário e protocolo DEMC (protocolo para avaliar a dose, efeito adverso e melhora no tratamento com Cannabis), avaliando assim o impacto da medicação nos sintomas centrais do autismo, comportamento adaptativo e melhoras autorrelatadas e segurança. Após 30 dias de tratamento com óleo de Cannabis, observou-se melhora significativa nas habilidades sociais e comportamentais dos participantes, com redução média de 14,04% nos déficits sociais e 15% nos déficits comportamentais, conforme a escala SRS-2. A escala Vineland-3 não demonstrou melhorias estatisticamente significativas nos domínios de socialização, comunicação e atividades da vida diária, mas houve uma redução significativa de 10,14% no comportamento mal adaptado. O protocolo DEMC registrou melhorias em sintomas como sono, humor e redução da agitação, com efeitos adversos transitórios e manejáveis.