TCC - Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar

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ILAESP - Centro de Economia e Sociedade - Bacharelado em Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar

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Navegando TCC - Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar por Assunto "agricultura familiar"

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    O cultivo de arroz em Marchand Dessalines, Artibonite (haiti): produção, mercados, desafios e importância
    (2025-07-07) Constant, Duguese
    O cultivo do arroz no Haiti possui uma trajetória histórica longa, remontando ao período colonial. A introdução da planta ocorreu no século XVI, inicialmente pelos espanhóis e, posteriormente, nas colônias francesas, consolidando-se rapidamente como um dos principais alimentos da dieta haitiana. A região do Artibonite, considerada a mais fértil do país, destaca-se como o principal polo de produção desse cereal. Dentro dessa região, o município de Marchand Dessalines é amplamente reconhecido como o “celeiro de arroz” do Haiti. O presente estudo tem como objetivo apresentar e analisar o cultivo do arroz em Marchand Dessalines, no departamento de Artibonite, com ênfase nas características dos agricultores, nos principais canais de comercialização, nos desafios enfrentados na atividade agrícola e na relevância socioeconômica dessa produção para a região e para o país. A metodologia adotada inclui uma revisão bibliográfica sobre o cultivo do arroz no Haiti, com enfoque específico na região de Marchand Dessalines, visando identificar estudos relacionados à produção, aos mercados, aos obstáculos enfrentados pelos produtores e à importância do arroz para a segurança alimentar e o desenvolvimento local. Adicionalmente, foi aplicado um questionário estruturado, traduzido para o crioulo haitiano, junto a 22 famílias de rizicultores residentes em Marchand Dessalines. As entrevistas foram realizadas por meio de chamadas telefônicas via WhatsApp, com gravação dos áudios para posterior transcrição e análise qualitativa. A pesquisa de campo possibilitou uma compreensão aprofundada da realidade socioeconômica dos produtores de arroz da região, revelando que a agricultura, em especial o cultivo do arroz, exerce um papel fundamental na segurança alimentar, na geração de renda e no dinamismo econômico local. Entretanto, os agricultores enfrentam desafios como ausência de políticas públicas, acesso limitado ao crédito, infraestrutura precária, falta de tecnologias modernas, concorrência do arroz importado e efeitos das mudanças climáticas, comprometendo a produção e a sustentabilidade agrícola. Resumen El cultivo del arroz en Haití tiene una larga trayectoria histórica que se remonta al período colonial. La introducción de esta planta se produjo en el siglo XVI, inicialmente por los españoles y, posteriormente, en las colonias francesas, consolidándose rápidamente como uno de los principales alimentos de la dieta haitiana. La región de Artibonite, considerada la más fértil del país, se destaca como el principal polo de producción de este cereal. Dentro de esta región, el municipio de Marchand Dessalines es ampliamente reconocido como el “granero de arroz” de Haití. El presente estudio tiene como objetivo presentar y analizar el cultivo del arroz en Marchand Dessalines, en el departamento de Artibonite, con énfasis en las características de los agricultores, los principales canales de comercialización, los desafíos enfrentados en la actividad agrícola y la relevancia socioeconómica de esta producción para la región y el país. La metodología adoptada incluyó una revisión bibliográfica sobre el cultivo del arroz en Haití, con un enfoque específico en la región de Marchand Dessalines, con el fin de identificar estudios relacionados con la producción, los mercados, los obstáculos enfrentados por los productores y la importancia del arroz para la seguridad alimentaria y el desarrollo local. Adicionalmente, se aplicó un cuestionario estructurado, traducido al criollo haitiano, a 22 familias de productores de arroz residentes en Marchand Dessalines. Las entrevistas se realizaron a través de llamadas telefónicas vía WhatsApp, con grabaciones de audio para su posterior transcripción y análisis cualitativo. La investigación de campo permitió una comprensión profunda de la realidad socioeconómica de los productores de arroz de la región, revelando que la agricultura, en especial el cultivo del arroz, desempeña un papel fundamental en la seguridad alimentaria, la generación de ingresos y el dinamismo económico local. Sim embargo, os agricultores enfrentan desafíos como la falta de políticas públicas, el acceso limitado al crédito, la infraestructura deficiente, la carencia de tecnologías modernas, la competencia del arroz importado y los efectos del cambio climático, comprometiendo la producción y la sostenibilidad agrícola.
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    Produção familiar de leite e a expansão do cultivo da soja em Rondônia: uma análise a partir do município de Machadinho do Oeste
    (2024) Ebeling, Paulo Henrique Britto; Orientação
    O cultivo de soja na região amazônica tem se expandido cada vez mais e, com isso, altera os modelos de ocupação e uso do espaço, transformando a economia regional a partir de um modo de produção altamente capitalizado, distanciando-se das formas de produção tradicionais da região. O município de Machadinho do Oeste (Rondônia) é um exemplo desse processo, em que a superfície cultivada com soja saltou de 4.941 para 17.049 hectares entre 2017 e 2022, expandindo-se principalmente sobre áreas da agricultura familiar leiteira. O objetivo deste trabalho é identificar e analisar os motivos que impulsionaram os produtores de leite a arrendaram ou venderam suas propriedades para o plantio da soja nas linhas rurais MA 23 e MA 25 no município de Machadinho do Oeste (Rondônia) entre 2017 e 2023. Para a realização deste trabalho foi realizada uma revisão bibliográfica em artigos científicos no tema do TCC e a análise de dados primários e secundários, como a Pesquisa Agrícola Municipal, Censos Agropecuários e Mapbiomas, com o foco no período de 2017 a 2023. Além disso, foi realizada uma pesquisa de campo em janeiro de 2024 com a condução de entrevista através de um roteiro semiestruturado, na qual, foram entrevistados no total 11 pessoas, sendo quatro que arrendaram e três venderam suas propriedades para o cultivo da soja no local em estudo. Além disso, também foram entrevistados três produtores rurais que não arrendaram e nem venderam para o cultivo da soja e o arrendatário/comprador das áreas. Os resultados obtidos apontam que os principais motivos que levaram os produtores rurais a arrendarem suas propriedades estão conectados com a renda obtida, que é segura e sem risco, com a valorização das propriedades após mecanização, com o maior retorno financeiros em comparação com a atividade do leite e com isolamento no campo, pois muitas famílias optaram por vender ou arrendar e as localidades foram perdendo seus moradores. Já aqueles que venderam suas terras apresentaram como argumentos centrais o fato de que, com a expansão da soja e a valorização das terras, eles puderam comprar uma superfície maior em localidades de expansão da fronteira agropecuária. Além disso, também apareceu nas entrevistas que o uso de agrotóxicos na lavoura afeta a saúde das famílias e compromete a sua permanência na zona em estudo. Entretanto, teve aqueles que optaram por não arrendar e nem vender suas propriedades para o cultivo, sendo que eles relataram questões como, experiências passadas negativas com a venda da propriedade, a não necessidade de venda e arrendo e o fato de que a propriedade rural é o seu local de moradia e de onde tiram o sustento familiar. Entretanto, eles não descartam a venda e/ou arrendo destas áreas no futuro. Ao questionar as razões pelas quais os produtores rurais familiares de leite estão vendendo ou arrendando suas áreas, fica clara a complexidade desse processo, que envolve questões econômicas, sociais, demográficas e de saúde. E o pano de fundo desse movimento é um avanço rápido e intenso da soja, que vai afetando toda a dinâmica das localidades e tornando essa dinâmica hegemônica e totalizante, mostrando o desafio que é a manutenção da agricultura familiar em áreas de expansão do agronegócio na Amazônia.