Cadernos de Atividades e Resumos
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Navegando Cadernos de Atividades e Resumos por Assunto "Economia do Trabalho"
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Item A apropriabilidade dos ativos estratégicos nas relações intersetoriais de produção(2015-05) Macadar, Jaime Adrian Moron; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O presente ensaio utiliza o conceito de excedente econômico e a noção de cadeias de valor a fi m de localizar a infl uência de ativos tomados como estratégicos e propor a noção de deslocamento do excedente ao longo da cadeia produtiva como resultado do processo de inovação tecnológica. Na primeira parte são apresentados alguns referenciais teóricos e formalizados conceitos que serão utilizados ao longo do ensaio. As noções de sistema e de excedente econômico são tomadas para estabelecer a relação de interdependência entre setores ou segmentos de uma cadeia produtiva, os quais se diferenciariam em termos de estrutura de mercado. Tais estruturas de mercado, por sua vez, seriam resultado de uma combinação tecno-institucional específi ca para cada setor/segmento, a qual se manifestaria pelo controle de ativos estratégicos capazes de se apropriar, no aspecto fi nanceiro, de parte da produtividade gerada em outros setores ou cadeias produtivas. A abordagem proposta permitiria distinguir os aspectos fi nanceiros, de um lado, e produtivos, de outro, evidenciando a distinção do valor em duas categorias: valor de uso para a produção (VUP), expresso em produtividade física, e preços de mercado, expresso em moeda. Na segunda parte é apresentado o modelo analítico desenvolvido a partir do referencial teórico. A estrutura analítica é derivada da matriz insumo-produto de Leontief e das funções de produção que incorporam duas distintas estruturas de mercado para defi nir os setores ou cadeias produtivas. Na terceira parte são apresentadas as principais implicações do modelo e algumas propriedades derivadas das relações entre recursos e direitos. Por último são realizadas as considerações fi naisItem A Ciência e a Produção do conhecimento no modo de Produção capitalista e seus reflexos na qualificação do trabalho(2015-05) Silva, Sandra Teresinha Da; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)A produção do conhecimento se realiza por meio do trabalho, na relação entre os seres humanos e destes com a natureza. Ao longo da história da humanidade, a ciência, assim como os meios de produção, foi capturada pelo capital, e se apresenta como força produtiva do capital, sendo por ele explorada. Este artigo se destina a demonstrar, à luz da teoria marxista, quais os fundamentos econômicos que estão na base dessa apropriação da ciência pelo capital, qual o sentido do desenvolvimento técnico para Marx e quais os refl exos que tal apropriação produz na qualifi cação do trabalho. Também, verifi car como o desenvolvimento atual das forças produtivas vem alterando as demandas de qualifi caçãoItem Desindustrialização regional no Brasil(2015-05) Lima, João Policarpo Rodrigues; Spindola, Fagner Diego; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Este trabalho tem como objetivo analisar, por uma perspectiva inédita, possíveis indícios de desindustrialização na economia brasileira. Para tanto analisamos dados regionais e estaduais referentes ao período de 1985 a 2010 utilizando indicadores de desindustrialização já consagrados. Adicionalmente, são analisadas diferenças regionais da relação VTI/VBPI e discute-se sobre ganhadores e perdedores do ponto de vista setorial e regional. Por fi m, estima-se um modelo paramétrico regredindo participação da indústria de transformação regional no PIB da região e renda per capita regional. Conclui-se que, em nível regional, as regiões Sudeste, Sul e Nordeste acumulam indícios de desindustrialização, enquanto as demais regiões seguem padrão inverso, levando a crer que a desindustrialização brasileira é, em parte, também uma descentralização espacial (regional) da produção industrial e que o processo de desindustrialização brasileiro difere entre as regiões acometidas pelo processoItem Dinâmica do fluxo de conhecimento entre firmas localizadas em sistemas locais de produção: proximidade geográfica, relações verticais e aprendizagem por interação(2015-05) Tatsch, Ana Lúcia; Ruffoni, Janaina; Suzigan, Wilson; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O objetivo central do artigo é compreender o padrão de geração de inovações de fi rmas localizadas em Sistemas Locais de Produção a partir da análise das relações que estabelecem com os demais atores desses sistemas. Ao privilegiar-se aqui as relações verticais – entre as fi rmas e seus clientes e fornecedores do local e extra-local - entende- se que o presente estudo contribui para a literatura desse campo de estudo. Foram objeto de estudo dois grupos de fi rmas de um mesmo segmento produtivo – o de máquinas para calçados -, pertencentes a dois Sistemas Locais de Produção (SLP) de calçados, o do Vale do Rio dos Sinos no Brasil e o de Vigevano na Itália. Como referencial teórico e analítico utilizou-se a literatura neo-schumpeteriana que explicita que a inovação envolve mudanças contínuas e progressivas por meio de diferentes processos de aprendizagem. Em termos metodológicos, destaca-se que as fi rmas dos dois SLP investigados foram alvo de entrevistas presenciais realizadas com base em um questionário estruturado. Pode-se destacar que, comparativamente às relações horizontais, verifi cou-se que as relações verticais entre as fi rmas produtoras de maquinário para calçados e seus clientes e fornecedores são mais frequentes em ambos os sistemas produtivos analisados. Dentre os aprendizados externos às fi rmas, foi o learning- by-interaction aquele mais ressaltado e que encontra-se, assim, como um elemento explicativo da dinâmica de geração de inovações. A proximidade geográfi ca em ambos os sistemas analisados importa no estabelecimento das redes de conhecimento entre os atores-chave no processo inovativo. Por fi m, os achados da pesquisa de campo vão ao encontro das características do padrão setorial de segmentos produtores de equipamentos e maquinário, identificados como specialised suppliersItem Especialização comercial, qualidade do emprego e desenvolvimento econômico: uma análise para o Brasil nos anos 2000(2015-05) Castilho, Marta Reis; Costa, Kaio Glauber Vital da; Saludjian, Alexis; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O objetivo do presente trabalho é analisar em que medida as recentes modifi cações na especialização comercial brasileira impactaram o emprego ao longo dos anos 2000. A pergunta principal é saber qual foi o papel desempenhado pelas exportações na evolução do emprego durante esse período? A hipótese que norteia o estudo é que, embora as exportações apresentem um forte crescimento nos anos 2000, a sua crescente concentração em atividades baseadas em recursos naturais resultou em um menor impacto sobre a geração de empregos na economia doméstica. Ademais, essa “primarização” da pauta exportadora ocasionou a geração de empregos com qualidade inferior aos empregos gerados pela produção doméstica. O principal resultado é que o tipo de emprego gerado pelas exportações apresentou um perfi l bastante distinto daquele observado no mercado de trabalho brasileiro. Isso se explica pelo perfi l das exportações, crescentemente concentrados em bens agrícolas e mineraisItem Governança das Políticas de inovação no Brasil(2015-05) Radaelli, Vanderleia; Avellar, Ana Paula; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Os programas de apoio à inovação se ampliaram e se diversifi caram acentuadamente durante os anos 2000 no Brasil. Particularmente nas duas últimas décadas, observa-se esforços de descentralização das atividades de fomento à ciência, tecnologia e inovação (C,T&I) do âmbito federal para o estadual. Entretanto, ainda não se observa a presença de coordenação entre as diferentes esferas que atuam no desenho ou na implementação das políticas de inovação brasileiras. O objetivo do artigo é analisar a estrutura de governança das políticas de inovação no Brasil no período recente e o movimento de descentralização do fomento da esfera federal para a estadual. Dentre os resultados encontrados verifi cou-se que a estrutura de governança das políticas de inovação no Brasil é muito complexa e difusa, e ainda que haja um movimento de descentralização ele ainda é incipiente e com sobreposições institucionais não tornando tal estrutura de governança mais ágil e efetivaItem Inovação e produtividade: aspectos para uma abordagem intersetorial(2015-05) Silva, Felipe Queiroz; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O objetivo deste artigo é analisar a relação entre inovação e produtividade através de uma resenha da literatura teórica e empírica sobre o tema, focando, principalmente, nas metodologias de mensuração e causalidade dessas duas variáveis. Trata-se de uma abordagem em nível da fi rma e em nível setorial, com a proposição de demonstrar a importância do fl uxo de tecnologia e das inovações de produto entre as empresas e entre os setores para perceber como esse processo resulta em ganhos de produtividade. Buscam-se também alguns dados sobre as variáveis de produtividade e inovação no BrasilItem Mercado de Trabalho estruturado: qual o parâmetro para a América Latina?(2015-05) Oliveira, Tiago; Proni, Marcelo Weishaupt; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O caráter excludente assumido pelo processo de estruturação distorcida do mercado de trabalho na América Latina, ao longo do século XX, tem relação direta com o padrão de desenvolvimento econômico e social que se verifi cou nos países da região. Na interpretação cepalina, a superação do subdesenvolvimento pressupunha a estruturação do mercado de trabalho em moldes semelhantes àqueles observados nos países centrais, considerados como parâmetro para entender a relação entre trabalho e desenvolvimento. Porém, a fl exibilização do mercado e das relações de trabalho nos países desenvolvidos tornou imprecisas as referências consagradas para mensurar o descompasso existente nos países subdesenvolvidos. O objetivo do presente artigo é examinar as mudanças na confi guração do mercado de trabalho nos países desenvolvidos e em seguida colocar em discussão as tendências atuais dos mercados de trabalho latino-americanos. Procura-se demonstrar que a alteração nos parâmetros de avaliação redefi niu os termos do debate acadêmico nesse terrenoItem O Modelo estrutura-conduta-desempenho e a Teoria evolucionária Neoschumpeteriana: uma proposta de integração teórica(2015-05) Lopes, Herton Castiglioni; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O texto objetiva integrar o modelo Estrutura-Conduta-Desempenho (E-C-D) e a teoria evolucionária neoschumpeteriana apresentando um enriquecedor marco teórico para analisar o desempenho industrial, bem como os fatores que afetam o desempenho das nações. Observa-se, do ponto de vista de atuação das empresas, que as variáveis presentes na estrutura, na conduta e no desempenho são altamente infl uenciadas pelas revoluções tecnológicas e pelo o paradigma tecnoeconômico instituído. Consequentemente, o que determina a competitividade das indústrias locais e as potencialidades dos países avançarem em suas condições de desenvolvimento é a capacidade das fi rmas, através de suas rotinas e inovação, de incorporarem as tecnologias de ponta, o que modifi ca sua organização e forma de atuação no mercadoItem Necessidades, Instituições e Lideranças na configuração e no presente do Sistema Nacional de Inovação da Índia(2015-05) Gonzalo, Manuel; Cassiolato, José; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)A Índia é um país de fortes contrastes e heterogeneidades étnicas, religiosas e regionais, entre outras. Mais de um terço de sua população é pobre e desempregada ou subempregada, mas ela tem uma das taxas de crescimento do PIB mais altas do novo século. Uma revolução com ideais socialistas que levou ao poder a uma família, os Nehru-Gandhi, que governara o país durante quase três décadas e construíra a Índia moderna. Posicionada no top-ten das nações com mais citações no Science Citation Index (SCI)-based entre 1996-2006, mas um gasto em P&D ao redor de 0,80% do PIB, quase 30% menor ao do Brasil, em 2012 (Banco Mundial, 2014). Estes contrastes destacam a importância central de compreender os sistemas de inovação para explicar e prever a taxa e a direção - e, agregaria, as particularidades - da mudança e das assimetrias tecnológicas entre - e dentro - dos diferentes países. O objetivo deste trabalho é olhar a evolução e os desafi os tecnológicos atuais e futuros da Índia como o resultado das necessidades políticas, sociais e geopolíticas, do desenvolvimento institucional e da conformação de parcerias em torno da liderança do processo político. Particularmente, em relação à Índia, se procura indagar sobre a evolução da conformação de seu SNI e das políticas científi cas e tecnológicas como uma passagem de um sistema de inovação linear, centrado na denominada big science (nuclear, aeroespacial e defesa), com políticas e intervenções estatais de tipo technology push desenvolvidas durante as décadas dos anos 50 e 60, até um esquema que procura uma maior integração no transcurso das últimas três décadas. A Índia logrou combinar os desenvolvimentos científi cos e institucionais acumulados durante a etapa da planifi cação estatal com os processos de destruição criadora, gerados no processo de desregulação interna, primeiro, e de apertura externa, após. Porém, ainda não lograram resolver muitos dos problemas tecnológicos relacionados com necessidades e serviços básicos para a população, como saúde, educação, transporte, energia, água potável, etcItem Produtividade e custo do trabalho na indústria de transformação e a inserção nas cadeias globais de valor: uma análise comparativa entre o Brasil e Países selecionados(2015-05) Reis, Cristina Fróes De Borja; Souza, Rogério César de; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Este artigo investiga alguns fatores da competitividade industrial de um grupo selecionado de países, destacando o Brasil, analisando essencialmente a produtividade e o custo do trabalho. O exame dos dados é realizado com base em uma análise particular dos dados da World Input‐Output Database (WIOD), agrupando-os setorialmente. Os principais achados da análise do mercado de trabalho são a seguir comparados à inserção externa daqueles países nas cadeias globais de valor (CGV), contemplando o período disponível de 1995 a 2009. Em especial, investiga-se a inserção brasileira nas CGV com um nível de detalhe maior. Conclui-se que a produtividade do trabalho da indústria de transformação brasileira apresentou, nos últimos anos do período aqui contemplado, variação negativa, ao mesmo tempo em que seu custo unitário do trabalho manteve-se evoluindo a taxa positivas, ainda que baixas. Por outro lado, a inserção brasileira nas CGV caracteriza-se por exportações com alto conteúdo doméstico, o que refl ete o papel de fornecedora de recursos primários e a diversidade da matriz industrial local, mas também um perfi l do mercado de trabalho que não condiz com a inserção de países em desenvolvimento em atividades da indústria de transformação de menor valor adicionado. A chave para obter maiores ganhos na inserção externa, e elevar a produtividade, seria então aproveitar oportunidades relacionadas às atividades industriais e de serviços de maior valor adicionadoItem Tecnologia bancária e trabalho no Brasil do século XXI(2015-05) Dulci, Luiza Borges; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)A tecnologia é variável fundamental para a compreensão da história das instituições bancárias. A rotina de trabalho nos bancos foi profundamente alterada com a introdução das operações digitais. Restritas às agências e aos centros de controle nos anos 1970 e 1980, as operações online logo tornaram-se visíveis ao público, com os caixas automáticos, o home e o offi ce banking e, hoje, com a internet e o mobile banking. Além disso, os avanços tecnológicos das duas últimas décadas, permitiram aos bancos externalizar parte de suas atividades, que passaram a ser realizadas a distância, por trabalhadores não bancários. Esta possibilidade de terceirizar as atividades e os serviços bancários permitiu aos bancos expandirem suas redes de atendimento com relativa redução dos custos com mão de obra. A associação entre tecnologia e terceirização neste início do século XXI, não levou, contudo ao aumento do desemprego no ramo fi nanceiro. Tanto a categoria bancária cresceu em termos absolutos, quanto o contingente de trabalhadores terceirizados, o qual já ultrapassa o contingente de bancários tradicionais. Argumentamos, portanto, que o avanço da automação e das terceirizações, no contexto de crescimento e distribuição do Brasil atual, leva a reconfi guração das formas de inserção no mercado de trabalho bancário, ao invés de simplesmente provocar desemprego. Tal reconfi guração traz desafi os aos trabalhadores, às suas representações sindicais e à própria teoria socialItem Trajetória e Dinâmica inovativa na Indústria de Máquinas-ferramenta no Brasil(2015-05) Guerrero, Glaison Augusto; Fonseca, Pedro Cezar Dutra; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)A trajetória do setor de máquinas-ferramenta (MF) no Brasil entre 1930 a 1980 é caracterizada por forte crescimento, embora poucas fi rmas do setor acumularam capacidades tecnológica nesse processo. Na segunda metade da década de 1950 as importações de MF para os ramos industriais capitaneados por empresas estrangeiras foram estimuladas por taxas de câmbio diferenciadas, importações sem cobertura cambial e isenções fi scais, enquanto se protegia a produção nacional com barreiras tarifárias e não tarifárias. Se por um lado a reserva de mercado gerou demanda para crescimento por outro confi gurou a especialização setorial em produtos com menor conteúdo tecnológico. Hodiernamente o setor de MF no Brasil possui empresas com capacidade de adaptação das inovações internacionais para o mercado interno, e nesses processos ocorrem a criação e a assimilação de conhecimento com as atividades de P&D, licenciamento externo, interações produtor-usuário e acesso a conhecimentos das matrizes no caso de fi liais de empresas estrangeiras. Em verdade se confi gurou ao longo do tempo duas dinâmicas inovativas no setor no Brasil: um grupo de empresas entre as líderes e seguidoras que investem continuamente em P&D complementado através de licenciamento o desenvolvimento de produto e outro grupo de empresas com estratégias tecnológicas passivas e majoritariamente imitativas tendo em vista os baixos esforços inovativos formais