Reflexões sobre o processo de construção e reconstrução de identidades nas migrações Brasil-Paraguai-Brasil empreendidas por pequenos agricultores brasileiros
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Data
2015-11
Autores
Pineda Gomezcoello, Jíssica Fernanda
Aquino, Silvia Lima de
Daniel, Camila
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Resumo
Esta pesquisa faz parte do projeto maior intitulado: “Entre partir e voltar: uma análise das
migrações de saída de agricultores brasileiros para o Paraguai e de retorno dos
brasiguaios ao Brasil”. Dentro deste projeto, o presente plano de trabalho teve como
objetivo refletir sobre a construção e reconstrução das identidades dos agricultores
brasileiros após migrarem ao Paraguai e retornarem ao Brasil, com a entrada em um
acampamento de agricultores sem terra, a partir da análise dos relatos dos próprios
agricultores. Para, isso primeiro fizemos um estudo teórico sobre categorias como
migração e identidade, a partir de autores como Sayad (1998), Hall (1992), Colognese
(2012). Também estudamos os contextos brasileiro e paraguaio que favoreceram os
deslocamentos destas pessoas, por meio de autores como Souchaud (1998) e
Albuquerque (2005). Os relatos dos agricultores foram colhidos através da aplicação de
entrevistas semiestruturadas aos agricultores do Pré-Assentamento Nelson Mandela,
localizado em Lindoeste-PR. Com as entrevistas procuramos entender como os
agricultores se percebem e se identificam (brasileiro, paraguaio, brasiguaio), após terem
deixado suas terras. Assim, procuramos 1) compreender as transformações após as
migrações Brasil-Paraguai-Brasil, na forma como estas pessoas se identificam e, 2) o
que significa para os agricultores o termo brasiguaio.. Como principais resultados
encontrados destacamos: a defesa pelos agricultores entrevistados, da identidade
brasileira sobre a identidade paraguaia, mesmo que a pessoa tenha morado no Paraguai
Percebemos também que o termo brasiguaio, para os entrevistados, é algo provisório e
que depende do espaço e tempo em que se encontra a pessoa. Assim como também
observamos que os brasileiros que migraram ao campo no Paraguai ficaram em colônias
brasileiras, de modo que não sentiram a necessidade de se integrar, ou conhecer mais a
fundo a cultura do outro. Nas colônias brasileiras os agricultores reproduziam os próprios
costumes, cultura. O idioma, por exemplo, foi o um dos aspectos que demarcava para os
entrevistados, a identidade paraguaia, que era definida pelo guarani, que a maioria dos
migrantes brasileiros não sabiam falar.. Essas são breves observações sobre a nossa
pesquisa, que continua, pois servirá para o trabalho de conclusão de curso.
Agradecemos à Fundação Araucária pela bolsa de iniciação científica concedida.
Abstract
Descrição
Anais do IV Encontro de Iniciação Científica da Unila - “UNILA 5 anos: Integração em Ciência, Tecnologia e Cultura na Tríplice Fronteira” - 05 e 06 de novembro de 2015 – Sessão Desenvolvimento Rural e Arquitetura / Urbanismo
Palavras-chave
Migração, Identidades, Brasiguaio, Pequenos agricultores