Gestão em Saúde

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    Análise de estratégias de controle vetorial para arboviroses: uma síntese rápida com contribuções para o nordeste brasileiro
    (2025) Aragao, Iuri Roseno Matos; Nazaré, Romero de Jesus
    Arboviroses representam um desafio para a saúde pública, especialmente no Nordeste brasileiro, onde desigualdades sociais e falhas de infraestrutura favorecem a proliferação de vetores, em especial Aedes aegypti. Este trabalho teve como objetivo analisar ações de controle vetorial eficazes para arboviroses, com ênfase no Nordeste, por meio de uma síntese rápida da literatura guiada pelo acrônimo PICOT. As buscas foram realizadas no indexador Web of Science, incluindo estudos publicados entre 2015 e agosto de 2025. Foram inicialmente localizados 4.000 trabalhos, dos quais 27 atenderam aos critérios de inclusão. As estratégias identificadas agruparam-se em seis eixos: controle químico, controle biológico, controle ambiental, métodos mecânicos e físicos, tecnologias inovadoras e abordagens integradas. Observou-se que, apesar da diversidade de intervenções, a efetividade depende da adequação às realidades locais e da integração entre vigilância epidemiológica, entomológica, políticas públicas e, de forma central, gestão em saúde, responsável por planejar, coordenar e implementar ações no território. Ressalta-se ainda que a totalidade das estratégias analisadas se refere a vetores culicídeos (mosquitos), não sendo encontrados estudos relacionados a outros artrópodes vetores de arbovírus. Conclui-se que a combinação de diferentes métodos pode contribuir para o fortalecimento das ações de controle, mas que sua adoção plena exige gestão em saúde eficiente, intersetorial e baseada em evidências, condição indispensável para enfrentar de forma sustentável controle vetorial das arboviroses no Brasil.
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    Projeto de intervenção de lesões de cárie em crianças do primeiro e quinto ano da rede pública de ensino no município de Pato Branco, Paraná: relato de experiência
    (2025) Martinello, Poliana Alexandra
    O presente relato de experiência tem como objetivo descrever a realização de atendimentos odontológicos em ambiente escolar por meio do Tratamento Restaurador Atraumático (TRA) e aplicação de selantes, destacando as contribuições da estratégia para a gestão em saúde bucal na Atenção Primária no município de Pato Branco no ano de 2024. A intervenção foi conduzida pelo Setor de Odontologia da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Secretaria de Educação, abrangendo alunos do 1º e 5º ano do ensino fundamental das 27 escolas municipais, localizadas em áreas urbanas e rurais. Inicialmente, foram realizadas reuniões de planejamento com diretores escolares e padronização de protocolos, seguidas de orientações em saúde bucal e escovação supervisionada com distribuição de kits de higiene. Os atendimentos clínicos foram realizados em espaços adaptados das escolas, utilizando espátulas de madeira para avaliação e ionômero de vidro para execução do TRA e dos selantes, sendo que casos que necessitavam de tratamento mais complexo foram encaminhados às Unidades Básicas de Saúde de referência. Todos os procedimentos foram devidamente registrados no prontuário eletrônico municipal IDS Saúde, integrado ao e-SUS, incluindo tanto as atividades individuais quanto as coletivas, permitindo a geração de dados epidemiológicos em tempo real. A experiência alcançou adesão de 59,2% dos alunos previstos, com variações regionais, sendo que no total 1.162 alunos foram avaliados, dos quais 765 (65,83%) necessitavam de algum tipo de tratamento. Foram realizados 920 TRAs e 1.615 selantes, destacando-se que o interior apresentou maior proporção de TRAs por aluno atendido, enquanto a região leste concentrou o maior número de selantes. Aproximadamente 57% dos alunos tratados tiveram seus procedimentos concluídos no ambiente escolar, sem necessidade de encaminhamento para UBS. Os resultados evidenciam que o TRA é uma tecnologia viável e resolutiva, capaz de ampliar o acesso em ambientes extramuros, com impacto direto na saúde bucal da população escolar. Além disso, o registro adequado das ações no e-SUS fortaleceu a gestão em saúde ao gerar informações qualificadas para subsidiar decisões, monitorar resultados e atender aos novos indicadores do modelo de cofinanciamento federal da Atenção Primária. A experiência demonstrou ainda a importância da integração entre saúde e educação, da utilização de estratégias preventivas e da articulação intersetorial como instrumentos de equidade e fortalecimento da política pública de saúde bucal.
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    Vinte anos de Brasil Sorridente: avanços e possibilidades para perda dentária e soluções protéticas para o grupo de 35 a 44 anos de idade
    (2025-10) Aquino, Glaicy Vieira de
    A pesquisa teve como objetivo realizar uma análise comparativa do Projeto SB Brasil dos dados dos relatórios entre 2023 com 2003 e 2010, para avaliar e fundamentar a necessidade de políticas públicas, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), voltadas à ampliação da oferta de tratamento reabilitador com prótese dentária para pacientes parcialmente edêntulos na faixa etária adulta de 35 a 44 anos. O foco do estudo é a população adulta brasileira de 35 a 44 anos, faixa etária estratégica por representar uma etapa em que os impactos acumulados das condições de saúde bucal começam a se manifestar de forma mais evidente. A pesquisa utilizou análise documental dos relatórios oficiais do SB Brasil, com levantamento de dados secundários e revisão de literatura científica. Os resultados indicaram uma redução do índice CPO-D ao longo dos vinte anos, demonstrando avanços na prevenção da cárie dentária. No entanto, observou-se uma demanda que persiste por reabilitação oral protética parcial. No SB Brasil 2023, a necessidade de prótese parcial nos dois maxilares foi a mais prevalente para essa faixa etária. A análise também evidenciou desigualdades regionais importantes: as regiões Norte e Nordeste apresentaram indicadores que sugerem maiores desafios em saúde bucal, quando comparadas às regiões Sudeste e Sul, apontando fragilidades na efetividade equitativa da política pública. Conclui-se que, embora haja avanços importantes, ainda existem desafios quanto ao acesso e à integralidade da atenção em saúde bucal, especialmente no que se refere à reabilitação protética da população adulta.
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    DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (UNILA)- UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL (UAB) ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO SAÚDE SAÚDE DOS IMIGRANTES NO MUNICÍPIO DE SÃO LOURENÇO DO OESTE - SANTA CATARINA: DESAFIOS PARA GARANTIR O PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE DO SUS
    (2025-10-15) Costa, Antonielle; Ferro, Lilian
    RESUMO O acesso à saúde dos imigrantes venezuelanos no município de São Lourenço do Oeste está embasado pela legislação internacional, nacional, estadual e municipal, contudo os serviços públicos de saúde enfrentam dificuldades para garantir o princípio da universalidade. A escolha dos venezuelanos se deu pela sua magnitude numérica em relação a outros grupos de imigrantes e pelos desafios socioculturais e discriminatórios enfrentados por esse grupo. O objetivo geral deste trabalho é analisar a legislação internacional, nacional, estadual e municipal referente ao acesso à saúde dos imigrantes. Os objetivos específicos são descrever as ações implementadas no município de São Lourenço do Oeste (SC) voltadas à população imigrante, especialmente os venezuelanos, e identificar avanços e desafios para a efetivação do princípio da universalidade do SUS no contexto local. Foi realizado através de pesquisa documental e bibliográfica, utilizando como variáveis os descritores “Saúde dos Imigrantes”, “Legislação para Imigrantes”, “Política Pública para Imigrantes” e uso operadores booleanos AND e OR, pelo potencial em responder a problemática de compreender como ocorre o acesso à saúde pelos imigrantes em face o princípio da universalidade preconizado constitucionalmente. Dentre as dificuldades enfrentadas pelos imigrantes, estão as barreiras individuais, socioculturais, administrativas e políticas, e fatores ligados a trabalho e renda, limitação na comunicação, escolaridade e falta de conhecimento dos sistemas de saúde. Concluiu-se que o município está avançando no processo para garantir a universalidade de acesso à saúde, por meio da Política Municipal para População Migrante e programas da Secretaria Social, porém salienta-se a necessidade de ações específicas com os profissionais de saúde para promover capacitação e interculturalidade.
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    Sistemas de informação em saúde no SUS: avanços, desafios e impactos na gestão pública
    (2025) Caixeiro, Mariane Silva; Fontes, Tatiana Oliveira Chaves
    A informatização da saúde pública brasileira tem avançado de forma significativa nas últimas décadas, especialmente com a criação e modernização de sistemas de informação em saúde (SIS). Esses sistemas configuram-se como ferramentas essenciais para apoiar a tomada de decisão, o planejamento e a avaliação das ações no Sistema Único de Saúde (SUS). Este artigo tem como objetivo analisar, por meio de revisão integrativa da literatura, os principais avanços, impactos e desafios relacionados aos SIS no contexto do SUS, com ênfase nos efeitos sobre os processos de trabalho, a gestão pública, a ampliação da telemedicina e os impactos da transformação digital no controle social. Foram realizadas buscas nas bases SciELO, LILACS, BVS, PubMed e Web of Science, considerando o período de 2015 a 2025. Os resultados foram organizados em quatro eixos: avanços tecnológicos e organizacionais, impactos nos processos de trabalho e na gestão pública, expansão da telemedicina e transformação digital voltada à transparência e participação cidadã. Os achados indicam que ferramentas como o e-SUS AB, o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e as plataformas de telemedicina promoveram maior integração, monitoramento e acesso aos serviços. Contudo, persistem barreiras ligadas à infraestrutura, interoperabilidade, desigualdades regionais e segurança da informação. Conclui-se que os SIS e as inovações digitais ocupam papel central na modernização do SUS, mas exigem investimentos contínuos e políticas públicas que garantam equidade, inclusão digital e participação social qualificada em todo o território nacional.
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    Gestão dos serviços de hemoterapia: contribuições para a qualidade, rastreabilidade e segurança do ciclo do sangue
    (0004-10-25) Gondim, Isadora Oliveira ; Acosta, Silvia Barbosa Pecin
    Este trabalho analisou a produção científica relacionada aos serviços de hemoterapia, com foco na gestão da qualidade, segurança transfusional e conformidade legal. O objetivo foi identificar tendências temáticas, lacunas de pesquisa, idiomas das publicações, áreas de atuação dos estudos e redes de colaboração entre autores. Para tanto, realizou-se uma revisão integrativa da literatura, contemplando nove artigos publicados entre 2010 e 2024, com análise cienciométrica de variáveis como idioma, área de pesquisa, autores, afiliações e cooperação institucional. Os resultados indicaram que a produção científica é predominantemente nacional, abordando temas como infraestrutura das agências transfusionais, acreditação, controle de qualidade, hemovigilância e descarte seguro de sangue. Observou-se também a formação de redes de colaboração entre instituições brasileiras e a interdisciplinaridade das pesquisas. Conclui-se que, embora haja avanços, persistem lacunas referentes à padronização de indicadores, abrangência geográfica e continuidade das pesquisas, sendo recomendados estudos multicêntricos e longitudinais que ampliem a segurança transfusional e fortaleçam as boas práticas no ciclo do sangue.
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    Atenção à saúde da mulher no ciclo gravídico-puerperal: contribuições da psicologia e da análise do comportamento no SUS.
    (2025) Ricci, Luize Vanessa
    Este estudo tem como objetivo compreender a atuação do psicólogo na atenção à saúde da mulher durante o ciclo gravídico-puerperal, analisando as possibilidades de intervenção psicológica no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase no Pré-Natal Psicológico (PNP) e na Análise do Comportamento. O trabalho desenvolve-se a partir de uma revisão teórica e integrativa sobre as políticas públicas de saúde materna e sobre práticas psicológicas aplicadas a gestantes e puérperas em diferentes regiões do Brasil. Evidencia-se que o PNP constitui uma estratégia preventiva e promotora de saúde mental, favorecendo o acolhimento, a escuta qualificada e o fortalecimento de vínculos afetivos, além de contribuir para a redução de sintomas de ansiedade e depressão e para uma melhor adaptação à maternidade. Sob a ótica da Análise do Comportamento, as intervenções psicológicas são compreendidas como processos de ensino-aprendizagem que modificam contingências desadaptativas e promovem novos repertórios comportamentais. Destaca-se, ainda, a relevância da relação terapêutica como espaço de apoio, empatia e autoconhecimento, capaz de favorecer o desenvolvimento emocional da mulher e a humanização do cuidado. Conclui-se que a integração entre Psicologia, Análise do Comportamento e políticas públicas amplia a qualidade e a efetividade da atenção materno-infantil, reforçando a necessidade de mais estudos e ações institucionais voltadas à saúde mental perinatal.
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    Análise da gestão de estoque e distribuição de medicamentos e insumos no Centro de Saúde da Liberdade em São Luís, Maranhão, Brasil:um estudo de caso
    (2025) Barros, Clemilson da Silva
    O Estudo apresentado objetivou identificar e caracterizar a gestão de estoque e distribuição de medicamentos e insumos do Centro de Saúde da Liberdade, no Município de São Luís, Maranhão, Brasil. Para tal, foi realizado um estudo de caso, de natureza aplicada, com abordagem mista, de caráter descritivo, considerando os procedimentos técnicos, envolveu levantamento de dados primários, por meio da aplicação de um formulário semiestruturado, e secundários, através de pesquisa bibliográfica e documental. A coleta de dados foi realizada com aplicação de formulário semiestruturado aplicados aos três participantes – chave do estudo. Na organização e tabulação para apuração dos dados, foi aplicada as análises descritivas. Os resultados obtidos foram apresentados em tabelas e quadro. O estudo identificou que a gestão de estoque de medicamentos no Centro de Saúde da Liberdade é estruturada e informatizada, com impacto positivo na qualidade dos serviços. Apesar de desafios ocasionais na reposição, a unidade apresenta processos otimizados e monitoramento regular, garantindo a qualidade do atendimento. Os resultados foram relevantes para entender a gestão de estoque e distribuição de medicamentos e insumos nessa Unidade Básica de Saúde (UBS) e a sua contribuição na qualidade dos serviços prestados à população. De forma conclusa, os dados somam-se as publicações disponíveis, sendo importante para fornecer informações pertinentes para a comunidade científica e para as UBS e demais redes do SUS, auxiliando no desenvolvimento de políticas de saúde e ações que melhorem a qualidade da gestão, contribuindo com a melhoria do planejamento, da alocação e utilização racional e eficaz dos talentos humanos, recursos financeiros, medicamentos e insumos, que otimizem os serviços de saúde de forma compatível com a demanda local, elevando a capacidade estimada e a cobertura, evitando os desabastecimentos. Tal comportamento organizacional influencia na qualidade do atendimento, do tratamento, da satisfação e da qualidade de vida dos usuários. Além de estimular debates dessa natureza no âmbito do SUS.
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    Programa Farmácia Popular do Brasil: histórico, evolução do elenco de medicamentos e avaliação da política pública
    (2025-09-27) Colman, Maristela Denck
    A garantia do acesso a medicamentos essenciais no Brasil iniciou com a criação da Central de Medicamentos (CEME), em 1971, contudo, foi sistematizada a partir de 1998, com a Política Nacional de Medicamentos (PNM), que estabeleceu diretrizes para segurança, qualidade, eficácia, uso racional e universalidade no fornecimento. Para tanto, orienta-se através da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) e a reorientação da Assistência Farmacêutica (AF). O Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB), criado em 2004, passou por diversas reorganizações, períodos de recessão e ascensão. Durante a maior parte de sua história o fornecimento de medicamentos deu-se por meio de copagamento dos usuários, atingindo a gratuidade somente em 2025. Inicialmente, os medicamentos eram dispensados em farmácias próprias do Ministério da Saúde (MS) e, posteriormente, ampliados para a rede privada credenciada, no modelo “Aqui Tem Farmácia Popular”. Reformulações administrativas e financeiras resultaram em períodos de expansão, como a criação da campanha “Saúde Não Tem Preço” (2011), e de retração, como a extinção da rede própria em 2017 e os cortes orçamentários em 2022. A partir de 2023, novas medidas de expansão, com foco em populações vulneráveis, consolidaram a gratuidade integral do elenco. Atualmente, conta-se com um elenco amplo no qual 41 insumos são distribuídos gratuitamente, abrangendo doenças crônicas de alta prevalência (asma, dislipidemia, Parkinson, glaucoma, rinite, osteoporose), anticoncepcionais, além da distribuição de absorventes e fraldas geriátricas. Contudo, o elenco ainda carece de medicamentos voltados ao tratamento de transtornos mentais, assim como de uma maior clareza quanto aos critérios utilizados para sua seleção. Essa ampliação reforçou a integralidade da AF, ainda que críticas permaneçam sobre a ausência de critérios claros na seleção dos fármacos e a falta de inclusão de psicotrópicos para transtornos mentais. Por ser uma política pública que adota a forma de financiamento público-privada, constantes investigações e auditorias, internas e externas, são realizadas a fim de reduzir fraudes e gastos inadequados. A dependência da rede privada conveniada, somada às disparidades regionais de credenciamento, pode fragilizar a integralidade da assistência e comprometer a equidade territorial. O programa atua como complemento à AF, mas, em alguns contextos, substitui responsabilidades da Atenção Básica, evidenciando tensões na gestão local do SUS. Entre os desafios de gestão, destacam-se a sustentabilidade financeira, diante do modelo de reembolso às farmácias privadas; as desigualdades regionais na cobertura; as fragilidades no monitoramento e na fiscalização; e a ausência de avaliações regulares de custo-efetividade. As perspectivas futuras apontam para a necessidade de consolidar mecanismos de governança e transparência, ampliar a integração do PFPB às Redes de Atenção à Saúde (RAS), fortalecer a participação social e desenvolver estratégias de financiamento estáveis. O uso de tecnologias digitais para monitoramento em tempo real surge como ferramenta essencial para garantir maior eficiência e controle. Conclui-se que o PFPB, ao longo de duas décadas, consolidou-se como política pública estratégica do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável por reduzir desigualdades e ampliar o acesso da população a medicamentos essenciais, embora permaneça tensionado entre expansão, sustentabilidade e fortalecimento da rede pública.
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    Principais desafios enfrentados por cirurgiões-dentistas nas unidades básicas de saúde: como esses desafios interferem na qualidade da atenção básica em saúde bucal
    (2025) Silva, Carlos da
    Introdução. A atenção básica em saúde bucal, inserida no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF), representa um marco na ampliação do acesso aos serviços odontológicos no Brasil. Embora políticas como a Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) e o Programa Brasil Sorridente tenham promovido avanços significativos, persistem desafios que comprometem a efetividade do cuidado integral e humanizado. Objetivo. Analisar os principais desafios enfrentados por cirurgiões-dentistas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e compreender como eles afetam a qualidade do atendimento odontológico na atenção básica, considerando seus reflexos no sistema de saúde e na população. Metodologia. Trata-se de uma revisão da literatura com abordagem qualitativa. A busca foi realizada nas bases SciELO, BVS, PubMed, Latindex, BBO, ISSN Portal, Portal da UFJF e Revista Cadernos UniFOA. Foram selecionados 32 artigos publicados entre 2006 e 2023, sendo que apenas um artigo de 2006 foi incluído por registrar a transição do Programa Saúde da Família para a Estratégia Saúde da Família. Os demais artigos, publicados a partir de 2013, atendem aos critérios de relevância temática, acesso ao texto completo e refletirem as transformações mais recentes na prática odontológica no contexto da atenção básica. Análise de resultados. Os desafios enfrentados pelos cirurgiões-dentistas foram agrupados em eixos temáticos: infraestrutura precária, sobrecarga de trabalho, formação profissional inadequada, condições de trabalho desfavoráveis, baixa integração multiprofissional, barreiras socioculturais, fragilidade da educação em saúde e gestão fragmentada. Esses fatores comprometem a resolutividade dos atendimentos, dificultam a implementação de ações preventivas e enfraquecem o vínculo entre profissionais e comunidade. Tais limitações repercutem negativamente na continuidade e na efetividade do cuidado, fragilizando as políticas públicas e ampliando desigualdades sociais, o que compromete os princípios fundamentais do SUS. Considerações finais. Em síntese, os desafios enfrentados pelos cirurgiões-dentistas nas UBSs extrapolam o campo odontológico, afetando diretamente a estrutura e a efetividade do SUS. Para o sistema de saúde, significam baixa resolutividade, descontinuidade do cuidado e enfraquecimento das políticas públicas. Para a população, resultam em abandono de tratamentos, manutenção das desigualdades sociais e fragilidade do vínculo entre profissionais e comunidade. Superar essas barreiras exige investimentos estruturais, valorização profissional, educação permanente e fortalecimento da atuação interdisciplinar, de modo a garantir a universalidade, integralidade e equidade do cuidado em saúde bucal. O trabalho contribui para subsidiar estratégias de gestão, formação profissional e atuação interdisciplinar que fortaleçam a resolutividade e a humanização na atenção básica em saúde bucal.
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    Atuação do enfermeiro na gestão da Atenção Primária à saúde no sudoeste do Paraná.
    (2025) Polese, André Eduardo
    Este estudo analisa a atuação estratégica do enfermeiro gestor na Atenção Primária à Saúde (APS), especialmente no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na região Sudoeste do Paraná. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter narrativo e fundamentada em revisão bibliográfica e documental, realizada em bases como SciELO, LILACS, PubMed, BVS, e dados oficiais do e-Gestor/SISAB. O objetivo foi compreender as competências, os desafios e as possibilidades que marcam a prática do enfermeiro gestor nesse território. Foram investigadas as práticas de liderança, planejamento, coordenação de equipes e utilização de tecnologias na gestão da APS. Os resultados apontaram avanços relevantes, como a ampliação da cobertura, reorganização de agendas e maior integração com a comunidade. Entretanto, identificaram-se limitações relacionadas à sobrecarga de atribuições, rotatividade de profissionais, restrições de autonomia e subfinanciamento da APS. Conclui-se que o enfermeiro gestor desempenha papel essencial na consolidação da APS, mas necessita de maior valorização institucional, formação continuada e políticas públicas que fortaleçam sua atuação estratégica.
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    Desempenho dos indicadores da Atenção Primária à Saúde relacionados à assistência à gestantes no Brasil: revisão de literatura
    (2025-10-10) Sabetzki, Stéfani Martins
    Este artigo tem como objetivo analisar o desempenho dos indicadores da Atenção Primária à Saúde (APS) propostos pelo Programa Previne Brasil, relacionados à assistência as gestantes no país. Realizou-se uma pesquisa qualitativa de revisão de literatura, utilizando artigos já publicados em diferentes regiões do país, referentes aos anos de 2020 a 2025. Observou-se que, embora haja avanços nas taxas dos indicadores de desempenho na maioria das regiões brasileiras apresentadas, ainda persistem desigualdades regionais e dificuldades em alcançar as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde para ações estratégicas de pré-natal. Principalmente, com relação aos indicadores relacionados a proporção de gestantes com pelo menos seis consultas, sendo a 1ª até a 12ª semana de gestação e ao número de gestantes com atendimento odontológico realizado. Apresenta-se de suma importância o acompanhamento e mensuração dos indicadores para um diagnóstico situacional de cada região e consequentemente, planejamento adequado e estratégias singulares, garantindo assim uma assistência mais eficaz, equitativa e resolutiva às gestantes.
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    Gestão de cuidados gerontológicos: estratégias para prevenção de quedas e fraturas em pessoas idosas no estado do Paraná
    (2025) Brand, Simone Meurer
    O aumento da população idosa no Brasil apresenta novos desafios para a saúde pública, especialmente com a elevação da expectativa de vida. Dentre as principais preocupações estão as quedas e fraturas, que afetam a autonomia, a qualidade de vida e sobrecarregam o sistema de saúde. Nesse cenário, a gestão dos cuidados gerontológicos é fundamental para implementar estratégias eficazes de prevenção e assegurar um envelhecimento mais seguro e digno. O objetivo geral da presente pesquisa foi identificar e analisar as políticas públicas e estratégias de gestão implementadas no estado do Paraná para a prevenção de quedas e fraturas em idosos entre 2014 e 2024. Quanto à metodologia, realizou-se uma busca no portal da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso (SISAP-Idoso), Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR), Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Paraná, Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa (CEDIPI), Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (SEMIPI), considerando o período de 2014 a 2024. Como resultados, verificou-se que a gestão de cuidados gerontológicos no Paraná, direcionada a prevenção de quedas e fraturas, se baseia em políticas públicas integradas que abordam aspectos físicos, sociais e ambientais, com destaque para a Lei nº 18.852/2016 e programas como PlanificaSUS Paraná, que promovem uma rede de atenção integral e a qualificação de profissionais. Documentos como o Manual de Prevenção de Quedas enfatizam adaptações domiciliares e educação de cuidadores, enquanto ferramentas como o SISAP-Idoso auxiliam no monitoramento de políticas públicas. Conclui-se, portanto, que o fortalecimento da Atenção Primária a Saúde, a capacitação contínua e programas personalizados são cruciais para melhorar a segurança, a autonomia e a qualidade de vida dos idosos.
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    O gerente de Unidade na Atenção Básica: uma análise de sua atuação na atenção primária
    (2025-09-27) Sanches, Dara Pinto
    Introdução: Este trabalho tem como objetivo analisar o papel e as atribuições do gerente de unidade na Atenção Básica no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), evidenciando suas fragilidades e potencialidades no gerenciamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Diante da importância do gerente de unidade, exigindo profissionais capacitados e preparados para administrar de forma eficaz, a estrutura organizacional e normativa, implementadas para garantir a eficiência, a equidade e a integralidade no atendimento à população. Método: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, utilizando as bases de dados do Scientific Electronic Library Online - SciELO e Literatura Latino-Americana de Caribe em Ciências da Saúde - LILACS, com o tema “Gerente de Atenção Básica” e “Gerente de Unidade de Saúde”, publicações entre os anos de 2015 a 2025. Ao total foram encontradas 123 publicações, após análise dos resultados e aplicação dos critérios de inclusão foram selecionados 18 estudos que abordam o papel e as atribuições dos gerentes. Conclusões: Constatou-se que a atuação do gerente é estratégica e indispensável, mas ainda há necessidade de mais investimentos em capacitação, a atuação desses profissionais está marcada por acúmulo de funções, sobrecarga de trabalho, estrutura física inadequada das unidades, sendo essas as principais fragilidades apontadas. Por outro lado, identificaram-se como potencialidades o compromisso dos gerentes com o bem-estar da equipe, a liderança no processo de trabalho e a articulação com a comunidade e os demais níveis de gestão.
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    “30h Já!”: A PEC 19/2024 e a trajetória de luta da Enfermagem pela redução da jornada de trabalho no Brasil
    (2025) Gonçalves, Thauanne de Souza
    Este artigo tem como objetivo caracterizar e apresentar a Proposta de Emenda à Constituição nº 19 de 2024 à luz da trajetória histórica de reivindicação da jornada de 30 horas para a Enfermagem no Brasil e seus impactos nas condições e relações de trabalho no âmbito do Sistema Único de Saúde. A recente regulamentação do Piso Nacional da Enfermagem ocorreu desvinculando-o da jornada de 30 horas, o que limitou seus efeitos na melhoria das condições de trabalho desses profissionais e deixou de atender seus mais antigos anseios. Este estudo então buscou retomar essa trajetória de luta pelas 30 horas para a enfermagem. Por meio de revisão bibliográfica narrativa e análise documental, foram sistematizadas 32 propostas legislativas apresentadas desde 1988, evidenciando a persistência da reivindicação pela redução da jornada e o papel das entidades representativas da enfermagem na consolidação dessas pautas. O estudo demonstra que a PEC 19/2024 evidencia a continuidade da luta da enfermagem após a aprovação do seu piso salarial. Além disso, o trabalho destaca a relevância da redução da jornada para a saúde física e mental dos profissionais, para a qualidade da assistência prestada e para a sustentabilidade da gestão em saúde. Conclui-se que a regulamentação da jornada constitui não apenas uma conquista trabalhista, mas também uma estratégia de gestão essencial para promover segurança, eficiência e valorização dos profissionais da enfermagem, reforçando a necessidade de políticas que apoiem a enfermagem e fortaleçam o sistema de saúde.
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    Atuação do farmacêutico clínico em unidades de pronto atendimento: revisão integrativa
    (2025) Groll, Simone Von
    A Unidade de Pronto Atendimento é um serviço de saúde com nível de complexidade intermediário, situado entre a atenção primária e a rede hospitalar, integrada a uma rede de urgência e emergência. Neste cenário, o farmacêutico clínico vem se destacando na promoção da melhoria clínica do paciente, garantindo terapia segura, eficaz e adequada, no contexto de urgência e emergência. O estudo teve como objetivo reunir as evidências sobre a atuação do farmacêutico clínico em unidades de pronto atendimento, identificando suas principais atividades por meio de uma revisão integrativa. A coleta de dados foi realizada no mês de julho de 2025, com os descritores em inglês: Pharmacists”; "Clinical Pharmacy"; "Emergency Care Unit"; "Emergency care" e em português: “Farmacêuticos” ou "Farmácia Clínica" e "Unidade de Pronto Atendimento”, nas bases de dados: Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Google Scholar, PubMed, Science direct, Scopus e Web of Science. Os critérios de inclusão utilizados foram artigos completos disponíveis eletronicamente e adequados ao tema escolhido. Nove pesquisas atenderam aos critérios e compuseram a análise final, sendo a maioria publicada em língua portuguesa. As principais intervenções farmacêuticas realizadas nos trabalhos avaliados, foram as relacionadas a ajuste de dose, reconciliação de medicamentos, interações medicamentosas, substituição dos horários de administração dos medicamentos, incompatibilidade físico-química, reação adversa a medicamento, acréscimo de medicamento necessário, alterações relacionadas a inibidor da bomba de prótons, troca de forma farmacêutica e estabilidade. Além disso, dois estudos destacaram a economia resultante da atuação do farmacêutico em pronto atendimentos. Conclui-se que o farmacêutico clínico possui papel marcante na segurança e na eficácia terapêutica ao paciente em serviço de urgência e emergência.
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    Atendimento odontológico a população em situação de rua: uma revisão integrativa.
    (2025-10-08) Brito, Wendy Honório de ; Zavadzki, Rafael Buch
    População em situação de rua Odontológia Saúde pública
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    Entre o risco biológico e a vulnerabilidade social: as políticas públicas nacionais de saúde destinadas à gestantes usuárias de crack
    (2025) Camilo, Caroline Perez
    Este trabalho oferece um panorama das políticas públicas de saúde no Brasil, abordando a atenção a gestantes usuárias de crack a partir da articulação entre a dimensão clínica e a social. A gestação de usuárias de crack configura-se como uma gestação de alto risco, marcada por severas complicações como pré-eclâmpsia, prematuridade e baixo peso ao nascer, além de manifestações de abstinência neonatal. Esses riscos biológicos são agravados por vulnerabilidades estruturais como a pobreza, a situação de rua e o estigma social, que criam barreiras significativas ao acesso e à continuidade do cuidado. No plano legal, o estudo traça uma trajetória que vai da Lei da Reforma Psiquiátrica e da institucionalização da Rede de Atenção Psicossocial até a Política Nacional sobre Drogas. Este arcabouço normativo, complementado por iniciativas como a Rede Cegonha, o Pré-Natal de Alto Risco e a atuação do Consultório na Rua, assegura um cuidado integral centrado no binômio mãe-bebê. As garantias do Estatuto da Criança e do Adolescente e as diretrizes para o pós-parto e a primeira infância reforçam o compromisso legal com a proteção da vida e do desenvolvimento infantil. A prática, no entanto, revela a desigualdade na implementação. O trabalho avalia experiências em diversas regiões do país, como os protocolos assistenciais e fluxos de estratificação de risco em Curitiba (PR), a estratégia de vínculo com a gestante usuária de crack em Sobral (CE), o acolhimento residencial transitório em São Lourenço do Sul (RS), os centros de referência e programas sociais voltados exclusivamente para o atendimento à usuários de crack em São Paulo (SP). Essas iniciativas demonstram que o cuidado integrado e humanizado é viável e eficaz quando há articulação entre as políticas públicas. Em conclusão, o maior desafio brasileiro não é normativo, mas operacional. A transformação de boas práticas isoladas em um padrão de rede requer uma gestão estratégica que se concentre em expandir as portas de entrada nos territórios, instituir protocolos integrados, garantir retaguarda contínua e qualificar as equipes para superar o estigma. O monitoramento de indicadores de acesso, continuidade e desfechos maternos e neonatais é fundamental para assegurar que a legislação se traduza, de fato, em proteção e dignidade.
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    Determinantes sociais e ambientais da saúde da população em situação de rua
    (2025) Pecegueiro, Pamela Ellen de Oliveira ; Golle, Lucas Eduardo Casotti
    A população em situação de rua (PSR) se caracteriza pelo uso de espaços públicos como local de moradia, pela pobreza extrema e pelo rompimento de vínculos familiares. Considerando essa definição, o presente trabalho buscou responder à seguinte pergunta: de que forma os fatores sociais e ambientais impactam a saúde da PSR e quais estratégias podem contribuir para garantir o direito à saúde desse segmento? Assim, o estudo destacou a importância de compreender o fenômeno da PSR como expressão da questão social no contexto do modo de produção capitalista e analisou os principais fatores ambientais e sanitários que influenciam na saúde dessa população, enfatizando elementos importantes para a oferta de serviços de proteção a animais em situação de rua como estratégia de controle de doenças zoonóticas. O trabalho também apontou que estigmas e preconceitos geram barreiras no acesso da PSR aos serviços de saúde e ressaltou como os serviços especializados representam potencialidades para a qualificação do atendimento. Por fim, evidenciou a importância da intersetorialidade entre as políticas públicas para a garantia do direito à saúde dessa população.
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    O trabalho multidisciplinar no acompanhamento das condicionalidades do programa Bolsa Família na saúde em Ronda Alta-RS
    (2025) Agostini, Carla
    Os programas de transferência de renda se consolidaram na América Latina e no Brasil ainda na década de 2000, transferindo de forma direta valores monetários para famílias vulnerabilizadas. O Brasil, desde 2003, tem instituído como modelo desta política pública social o Programa Bolsa Família (PBF). Para inclusão e permanência no PBF, as famílias precisam se enquadrar em condicionantes de renda, além de cumprir uma agenda estipulada pelo programa chamada de condicionalidades, estas vinculadas às áreas da educação, saúde e assistência social, sendo responsabilidade da área da saúde o “Acompanhamento do PBF na Saúde”. Como objetivo deste estudo buscou-se identificar e apresentar as demandas e desafios da gestão das condicionalidades do PBF. A metodologia adotada para o estudo foi a abordagem qualitativa associada à pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa evidenciou que o acompanhamento do PBF na saúde realizado em Ronda Alta é um modelo inovador, realizado de forma multidisciplinar, baseado nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) – o vínculo, a longitudinalidade do cuidado, a clínica ampliada, além da promoção da saúde. Como principal desafio estão as barreiras físicas, além da organização/mobilização dos setores envolvidos no acompanhamento, e tendo como possibilidade de intervenção a Educação Permanente em Saúde para qualificação do referido acompanhamento.