PPGRI - Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais
URI Permanente desta comunidade
Navegar
Navegando PPGRI - Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais por Assunto "Brasil"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item América Latina e o 5G: oportunidades e ameaças da inclusão digital no cenário global(2024) Bueno, Vitor dos Santos; OrientaçãoA difusão da internet fez com que a coleta e o uso de dados crescessem exponencialmente nas últimas décadas com os mais diversos propósitos. Os efeitos econômicos, sociais e políticos começam a aparecer e serem potencializados com o avanço das tecnologias da informação e comunicação, suas infraestruturas, serviços e conglomerados empresariais. Diante da diferença de desenvolvimento econômico e tecnológico de algumas regiões, um dos critérios para a manutenção da autonomia e soberania é a criação de leis de dados. Nos últimos anos a tecnologia de quinta geração fez parte de discussões no cenário internacional e é um dos fatores que tende a aumentar o fluxo de dados e que pode potencializar a hipótese de segmentação de regiões que são produtoras de dados e outras exploradoras. Esta pesquisa irá realizar um estudo comparado de casos entre Brasil e Chile no avanço da tecnologia 5G, suas motivações e a ordem internacional pautada em dados na qual tanto estes países e atores não estatais estão inseridos. Para isso serão utilizados o método comparativo de casos e o arcabouço teórico pós-colonial e decolonial na construção da pesquisa.Item Cooperação Sul-Sul entre Moçambique e Brasil (2004-2011): o caso da Companhia Vale do Rio Doce no Projeto Moatize.(2023) Massava, Marília JecaneA pesquisa analisa as relações entre Moçambique e o Brasil no contexto da cooperação Sul-Sul por meio da Companhia Vale do Rio Doce no projeto Moatize, que sob respaldo de acordos de exploração de carvão mineral com o governo de Moçambique, iniciou a exploração mineira por meio do direito concedido após o processo de licitação em que o Brasil se consagrou vencedora. A presença da Vale em Moçambique pode ser vista como um fator estratégico impulsionado pela cooperação Sul-Sul, onde a ação governamental brasileira foi essencial para que a empresa fosse vitoriosa no processo de licitação, uma vez que o perdão de parte da dívida externa moçambicana em 2004 concedido pelo governo brasileiro possibilitou que o país recebesse novos empréstimos, abrindo caminho para que a Vale obtivesse o crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pudesse apresentar uma proposta mais robusta no processo licitatório. Deste modo, pergunta central que motiva essa pesquisa é: a cooperação Sul-Sul deve ser entendida como instrumento de maximização de desenvolvimento e autonomia dos países envolvidos, a partir de relações horizontalizadas ou apenas reproduz e reposiciona, sob o verniz do Sul-Sul, novas dinâmicas de dependência entre os países envolvidos? Através da forma de abordagem do problema, utilizou-se a abordagem qualitativa por permitir uma maior compreensão entre as teorias trabalhadas e o objeto de estudo, a Vale. O estudo de caso com enfoque descritivo ocorreu por intermédio de aplicação de entrevistas semiestruturadas à três grupos de atores envolvidos, nomeadamente: agentes do governo, órgãos sociais e funcionários da Vale em Moatize. Como resultado percebe-se que as críticas que mobilizaram os conflitos em torno da Vale foram motivadas por mudanças estruturais que se instalaram durante o percurso da instalação e implantação da Vale em Moatize, os quais confrontam com os objetivos iniciais do que seria a Vale em Moçambique e a expectativa frustrada em relação aos reassentamentos. Dessa forma, a pergunta contribui para a avaliação dos impactos sociais de projetos de cooperação Sul-Sul nas localidades nacionais. Observou-se ainda que a anuência do governo moçambicano deu espaço para que muitos erros cometidos durante a instalação e a implantação do projeto da Vale em Moatize fossem mais adiante, e o Brasil aproveitou-se das fragilidades do Estado moçambicano para se projetar economicamente e politicamente no sistema internacional dentro das diretrizes Sul-Sul.Item Dependência e desenvolvimento na América Latina no Século XXI: um estudo comparado dos alcances e limites do neodesenvolvimentismo na Argentina (2003-2015) e no Brasil (2003-2016)(2025-06-29) Xavier, João Gabriel Arriel da SilvaA presente investigação tem como objeto de pesquisa a dualidade entre as categorias da dependência e do desenvolvimento na América Latina, mais especificamente, sob o seu modelo mais recente, qual seja, o neodesenvolvimentismo. O objetivo geral da pesquisa é analisar o neodesenvolvimentismo sul-americano adotado pela Argentina sob o ‘kirchnerismo’ (2003-2015) e pelo Brasil sob o ‘petismo’ (2003-2016), e seus impactos na histórica condição de dependência de ambos os países latino-americanos, isto é, na conformação de uma mudança estrutural a partir do desenvolvimento em suas respectivas formações econômico-sociais. À luz da Teoria Marxista da Dependência (TMD) e de suas categorias fundamentais – quais sejam, a transferência de valor como intercâmbio desigual, a superexploração do trabalho, e o subimperialismo –, do método histórico-dialético, e a partir das técnicas de investigação do estudo de caso e da comparação, busca-se compreender os alcances e limites do neodesenvolvimentismo argentino e brasileiro, assim como, a sua atualidade política enquanto modelo de desenvolvimento do capitalismo periférico no século XXI. Em resposta à problematização, defende-se a hipótese de que os ensaios neodesenvolvimentistas sul-americanos, apesar do caráter progressista e redistributivo de seus governos, não provocaram uma mudança estrutural em suas formações econômico-sociais, mas, sim, reproduziram e aprofundaram a condição de dependência; ainda que na conjuntura analisada, ambos processos possam ter experienciado, em média, crescimento econômico e outros indicadores positivos. Resumen El objeto de esta investigación es la dualidad entre las categorías de dependencia y desarrollo en América Latina, específicamente bajo su modelo más reciente, el neodesarrollismo. El objetivo general de la investigación es analizar el neodesarrollismo sudamericano adoptado por Argentina bajo el ‘kirchnerismo’ (2003-2015) y por Brasil bajo el ‘petismo’ (2003-2016), y su impacto en la condición histórica de dependencia de ambos países latinoamericanos, es decir, en la conformación de un cambio estructural basado en el desarrollo en sus respectivas formaciones económico-sociales. A la luz de la Teoría Marxista de la Dependencia (TMD) y sus categorías fundamentales – a saber, la transferencia de valor como intercambio desigual, la superexplotación del trabajo y el subimperialismo –, del método histórico-dialéctico y de las técnicas de investigación de estudios de caso y comparación, se pretende comprender los alcances y límites del neodesarrollismo argentino y brasileño, así como su actualidad política como modelo de desarrollo del capitalismo periférico en el siglo XXI. En respuesta a la problematización, la hipótesis es que los ensayos neodesarrollistas sudamericanos, a pesar del carácter progresista y redistributivo de sus gobiernos, no produjeron un cambio estructural em sus formaciones económico-sociales, sino que reprodujeron y profundizaron la condición de dependencia; aunque en la coyuntura analizada, ambos procesos hayan experimentado, en promedio, crecimiento económico y otros indicadores positivos.