Encontro Nacional de Economia Política
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Navegando Encontro Nacional de Economia Política por Assunto "História do Pensamento Econômico"
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Item África, um continente sem fiadores: as diferenças entre o modelo ocidental e Chinês de financiar o desenvolvimento e o caso da República Democrática do Congo(2015-05) Pereira, Rafael Antonio Anicio; Peres, Samuel Costa; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Nos últimos anos, os chamados países emergentes têm ocupado um espaço cada vez maior no cenário econômico e político internacional. A África também tem despertado interesse, devido, sobretudo, às altas taxas de crescimento que as economias de muitos de seus países têm registrado. Claramente, a China tem exercido papel importante neste novo ciclo. Parece indiscutível que, por um lado, a crescente relação econômica entre a China e países da África é benéfi ca para o desenvolvimento de um continente que ainda sofre com a pobreza. Por outro lado, ela não é livre de controvérsias. Neste artigo, o objetivo é tratar das visões que os países ocidentais e as instituições fi nanceiras multilaterais têm a respeito do desenvolvimento econômico, mais especifi camente, do fi nanciamento de infraestrutura na África e a abordagem que o governo chinês tem sobre o assunto. Busca-se traçar potenciais impactos positivos e negativos de cada enfoque e retratá-los através de uma análise do caso da República Democrática do Congo (RDC). O caso da RDC evidencia que, a despeito de ser benigna, a ajuda chinesa à África não é altruísta e envolve interesses diversos tanto no país como no continente em geral. Nesse sentido, eleger como superior o modelo de fi nanciamento chinês ou o ocidental, este último caracterizado pelas condicionalidades e infl uência externa nos assuntos internos dos países devedores, não é algo trivial. Em todo caso, a busca de um equilíbrio entre a visão ocidental e chinesa parece ser a alternativa mais apropriada para que se avance de forma harmoniosa em direção ao desenvolvimento da África, respeitando sua soberaniaItem Argentina e Brasil: as políticas econômicas 1946-1955(2015-05) Saretta, Fausto; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O artigo faz uma comparação das políticas econômicas levadas a efeito nos dois países no decênio posterior à Segunda Guerra como uma das possíveis explicações para os diferentes ritmos de crescimento das duas economias noa anos posterioresItem O aumento da velocidade de rotação: a sétima contra-tendência à queda da taxa de lucro(2015-05) Almeida Júnior, Antonio Carneiro De; Ribeiro, Nelson Rosas; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Este artigo constitui uma investigação acerca da relação entre velocidade de rotação do capital e taxa de lucro. Ele tem por objetivo verifi car teoricamente se o aumento da velocidade de rotação do capital é uma contra-tendência à “Lei da Queda Tendencial da Taxa de Lucro”. Uma vez identifi cada uma relação direta entre aumento da velocidade de rotação do capital e elevação da taxa de lucro e comparadas as causas deste movimento com as que produzem as demais contra-tendências, concluímos que o aumento da velocidade de rotação do capital é a sétima contra-tendência à “Lei da Queda Tendencial da Taxa de Lucro”Item O capital e a crítica ontológica(2015-05) Monfardini, Rodrigo Delpupo; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O objetivo deste trabalho é defender a hipótese de que o procedimento de análise adotado em O Capital pode ser descrito pelo que o pensador húngaro György Lukács chama de crítica ontológica. Como a crítica ontológica se caracteriza por colocar como momento prioritário não a crítica de distorções ou incorreções lógico-gnosiológicas de uma teoria, mas a crítica das bases ontológicas dessas distorções, tal procedimento crítico só se justifi ca se forem identifi cados mecanismos reais que gerem essas distorções. Portanto, para cumprir o objetivo principal de provar a primazia da crítica ontológica em O Capital, é necessário cumprir o objetivo secundário de demonstrar que nessa obra é afi rmada a existência de um mecanismo social que gera distorções nas teorias, mecanismo que Marx chama de fetichismo. Em síntese, neste trabalho defendemos que, ao afi rmar-se a existência do fetichismo, uma exigência é um procedimento analítico que leve em consideração essa característica. Esse procedimento é chamado por Lukács de crítica ontológica, e está presente em O CapitalItem Celso Furtado e subdesenvolvimento: uma crítica às novas interpretações “desenvolvimentistas” no Brasil dos anos 2000(2015-05) Jurgenfeld, Vanessa Follmann; Rodrigues, Carlos Henrique Lopes; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O Brasil viveu após a abertura econômica, nos anos 1990, e a adesão ao neoliberalismo, pautado no Consenso de Washington, um esvaziamento do debate de longo prazo voltado ao desenvolvimento econômico. Nos anos 2000, entretanto, especialmente na segunda metade da década, ressurgiu um “novo-velho” debate sobre desenvolvimento econômico e desenvolvimentismo no país. Este artigo tem como objetivo, partindo da interpretação de Celso Furtado sobre desenvolvimento e subdesenvolvimento, que leva em consideração as possibilidades e os limites do desenvolvimento da periferia frente aos interesses econômicos dos países hegemônicos, fazer a crítica às novas ideias heterodoxas que atualmente são debatidas no Brasil. Essas interpretações mais recentes em geral prendem-se a mudanças conjunturais como solução aos problemas histórico-estruturais. As abordagens que serão analisadas dividem-se em três correntes: i) Novo-Desenvolvimentismo; ii) Social-Desenvolvimentismo e; iii) Keynesiano-InstitucionalistaItem Charles Bettelheim sobre a Revolução Cultural Chinesa(2015-05) Lopes, Tiago Camarinha; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)A avaliação teórica e empírica de Charles Bettelheim sobre a Revolução Cultural Chinesa é apresentada a partir de suas principais obras sobre o tema. Segundo o economista francês a Revolução Cultural foi um dos pontos mais altos do processo histórico da Revolução Socialista, caracterizando-a como um marco temporal de avanço qualitativo da envergadura da Comuna de Paris de 1871. Em sua visão, devido principalmente a falhas de condução política neste instante de luta de classes extremamente intensa, houve uma contrarevolução operada dentro do Partido que desembocou em um desfecho negativo da Revolução Cultural e que encaminhou a China para a via do revisionismo (enquanto rejeição do marxismo revolucionário de Lenin) e do capitalismoItem Complexo Multinacional e a "Lei de Remessas de Lucro" (1956-1973)(2015-05) Campos, Fábio Antonio De; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O objetivo deste artigo é mostrar a relação entre o complexo multinacional e a “Lei de Remessas de Lucro” a partir da associação entre empresa transnacional e as burguesias brasileiras entre 1956 e 1973. O enfrentamento do complexo multinacional à lei, promulgada em 1962, e as suas modifi cações posteriores ao Golpe de 1964, revelaram o nexo imperialista em que se assentava a economia brasileira naquele momento. Para compreensão desse marco histórico, faremos uma síntese do conceito de complexo multinacional com base na particularidade do capitalismo brasileiro dependente e subdesenvolvido. Por outro lado, mostraremos por meio de pesquisa primária os dispositivos institucionais que compunham a “Lei de Remessas de Lucro”, seus antecedentes e as principais modifi cações sofridasItem Continuidades e descontinuidades na Política de ajuste estrutural do Banco Mundial (1980-2014)(2015-05) Pereira, João Márcio Mendes; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O artigo analisa a agenda política do BM implementada entre 1980 e 2014, centrada no ajuste estrutural das economias nacionais em clave neoliberal, com ênfase para a América Latina. Argumenta-se que tal agenda se renovou ao longo do período, tornando-se cada vez mais politizada, abrangente e intrusiva nos Estados clientes. Evidencia-se a coerência entre a agenda política do BM e a distribuição setorial e regional da sua carteira de empréstimosItem A contradição valor-valor de uso como plataforma para a crítica e a superação do capitalismo no Século XXI: as contribuições de Bolívar Echeverría(2015-05) Baca, Andrea Santos; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O panorama social nesta segunda década do século XXI se apresenta pouco alentador. As três décadas de ofensiva selvagem do capitalismo neoliberal têm tido por resultado um cenário de devastação em quase todos os âmbitos da vida social: guerras, epidemias, pobreza, crise alimentar, fome, genocídios, violência de Estado, crise ambiental e econômica, expressões reacionárias retrógadas e antidemocráticas, entre muitas outras. Porém, como o reconhecimento da catástrofe não se convida à resignação e ao pessimismo, pelo contrário o convite é para assumí-la desde a plataforma crítica de Karl Marx. Mas, como invocar um autor do século XIX para enfrentar o que pode ser identifi cado como uma crise civilizatória do século XXI? Em especial, este artigo chama para a recuperação da proposta de reconstrução rigorosa, não dogmática e original do projeto de crítica de Karl Marx realizado pelo pensador latino-americano Bolivar Echeverría. Projeto de marxismo latino-americano que a partir do resgate e desenvolvimento da contradição valor-valor de uso, apresentada por Marx, se apresenta como uma plataforma extremamente útil e efetiva para a crítica e a superação do capitalismo do século XXI, bem como o seu catastrófi co cenário. O artigo se organiza em quatro partes: I. Vida de Bolívar Echeverría e contexto social da sua obra; II. A contradição valor-valor de uso como o eixo da crítica do capitalismo; III. Desenvolvimentos da contradição valor – valor de uso para a crítica do capitalismo do século XXI; e IV. A atualidade da revolução diante a barbárie capitalista: a forma de conclusãoItem A contribuição de Pierre Salama para a teoria da derivação do estado: o elo Francês da corrente(2015-05) Amaral Filho, Jair do; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O estado capitalista não é um sujeito que produz voluntariamente a sociedade e o mercado, nem é um instrumento da classe capitalista que o utiliza em função do seu objetivo. Essas concepções de Estado deixaram de ser sufi cientes para explicar a natureza de classe e a forma do Estado capitalista mas também as possibilidades e limites das suas intervenções. A insufi ciência dessas correntes foram superadas pela escola alemã da derivação do Estado, que defi niu a natureza do Estado a partir das categorias do modo de produção capitalista. O presente texto busca destacar a contribuição do economista francês Pierre Salama para a melhoria da metodologia de interpretação da natureza e do papel do Estado capitalista, quando introduz o conceito de Estado como “abstração real”Item Crítica ecológica de la economía política: aportes de Marx para una crítica ecológica del Capitalismo(2015-05) Macor, Claudio Fernández; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)En este trabajo pretendemos destacar que el proceso de producción material, entendido en un doble sentido, es decir, como un proceso material de carácter universal que adopta determinadas formas históricas específi cas es un prerrequisito para comprender la relación sociedad - naturaleza y en defi nitiva los problemas ecológicos que esta relación puede suscitar. En este sentido, para desarrollar una teoría que comprenda las consecuencias ecológicas de cualquier sistema social (incluido el sistema capitalista), es necesario considerar ambos aspectos del proceso de producción, tanto el material como el social. Es precisamente el doble carácter que Marx reconoce a la producción material y al proceso de trabajo y que, en defi nitiva, lo conduce a entender la mercancía como una unidad contradictoria de valor de uso y valor de cambio, el que proporciona elementos básicos y necesarios para entender la relación sociedad-naturaleza y los límites impuestos por la naturaleza El artículo se compone de dos partes, en la primera se pone en evidencia la debilidad de las críticas ecológicas a Marx (y a la teoría del valor) y se reivindica la teoría del valor trabajo como fundamento para entender de la relación sociedad—naturaleza y los confl ictos y antagonismos que de ella se derivan. Se destaca también la importancia de la naturaleza como un caso particular de la importancia del valor uso en el proceso de acumulación capital. En la segunda parte, se esboza un esquema teórico que asimila el concepto de bienes y servicios ambientales, proveniente de las ciencias ambientales, a la teoría de valor trabajo, y se identifi ca el rol que cumplen estos bienes y servicios en el proceso productivo en tanto proceso creador de plusvalía. Nuestra propuesta permite, en el marco de la teoría del valor trabajo de Marx, fundamentar que la creación de valor y capital se sustenta en la naturaleza y que la acumulación de capital afecta y es afectada de diferentes maneras por los bienes y servicios ambientales, no existiendo necesariamente un vis a vis entre deterioro ambiental y debilitamiento en el proceso de acumulación de capitalItem Da "Sabedoria Prática" dos mercantilistas à economia monetária de Keynes: a administração da economia doméstica frente à atual configuração do sistema monetário internacional e após a crise financeira internacional de 2008(2015-05) Rosa, Everton Sotto Tibiriçá; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Este trabalho busca discutir a vulnerabilidade de uma economia doméstica frente à situação estrutural de seu balanço de pagamentos e da conjuntura dos fl uxos internacionais de capitais, principalmente em contextos como o do período da crise fi nanceira internacional de 2008. Para tal é proposto o resgate das contribuições de Keynes e dos aspectos centrais da economia monetária, sobretudo frente às transformações promovidas pela globalização fi nanceira, iniciada na década de 1970. A dinâmica das contas do balanço de pagamentos permite identifi car o grau de autonomia de uma economia frente aos capitais externos, bem como a dimensão do raio de manobra para a adoção de políticas econômicas domésticasItem Da Genealogia da mais-valia à realização da crítica da economia política(2015-05) Teixeira, Adriano Lopes Almeida; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Este artigo pretende demonstrar a singularidade da crítica da economia política realizada por Marx como superação da crítica fi losófi ca na qual foi formado, pela afi rmação da centralidade das determinações materiais da vida social. Nesse processo, foi central a reconfi guração da dialética hegeliana empreendida por Marx, sintetizada na descoberta da categoria mais-valia. A genealogia desta categoria será sumariamente reconstituída mediante o exame do itinerário teórico de Marx, desde os anos como jornalista na Gazeta Renana até o momento de sua descoberta nos Grundrisse. A mais-valia é entendida, pois, como ponto fulcral de um longo processo de investigações movido tanto por uma insatisfação com a fi losofi a de seu tempo, quanto pela motivação político-ideológica de transformação socialista do mundo, representando a categoria-síntese, o núcleo fundamental da crítica da economia política, a partir do qual a essência da sociedade capitalista pôde ser reveladaItem A degradação da sócio-economia brasileira: uma interpretação alternativa por meio da formulação de um modelo keynesiano expandido(2015-05) Suarez, Marcus Alban; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Com a reaceleração do crescimento da economia, empreendida a partir do primeiro Governo Lula, a taxa de desemprego começou a cair e, de maneira quase ininterrupta, seguiu caindo até o fi nal do segundo Governo Lula. Supreendentemente, no entanto, a queda seguiu se processando mesmo com a forte desaceleração do crescimento no terceiro governo petista – primeiro Dilma. Partindo desse aparente paradoxo, o artigo demonstra como explicações baseadas exclusivamente na melhora dos salários dos chefes de família não o justifi cam. Uma justifi cativa mas ampla é construída incorporando à análise a constatação do desenvolvimento paralelo de uma série de atividades ilegais. Para tentar compreender essa dinâmica, praticamente não considerada nas análises macroeconômicas convencionais, o artigo, partindo dos modelos institucionais de Douglas North e William Baumol, propõe um Modelo Keynesiano Expandido, no qual as crises são explicadas pela substituição de atividades / investimentos produtivos, por atividades / investimentos improdutivos e destrutivos. Com esse modelo se reanalisa então, não só paradoxo do primeiro Governo Dilma, como a evolução de toda a economia desde a implementação do Plano Real. Em linhas gerais, a conclusão é de que, como a preocupação foi preponderantemente com a estabilização de preços e não com o crescimento, as atividades / investimentos produtivos nunca foram viabilizados na escala adequada, abrindo o espaço para o avanço das atividades / investimentos improdutivos e destrutivos, que provocam uma crescente degradação socioeconômica do país. Dessa maneira, o artigo se fi nda argumentando que é preciso retomar, urgentemente, o crescimento com base em atividades e investimentos produtivos, o que não se dará com as estratégias ortodoxas, hoje em curso, de ajuste fi scal e combate a infl ação via elevações radicais da taxa de jurosItem Desemprego e subdesenvolvimento: considerações políticas na visão Kaleckiana do Capitalismo(2015-05) Carvalho, Marcelo Soares de; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)A obra de Kalecki, embora baseada no tratamento das questões macroeconômicas, sempre se pautou pela descrição da sociedade capitalista como dividida em classes e interesses distintos. O protagonismo do gasto capitalista como definidor do nível de emprego e renda não implica, porém, a conclusão de que o nível dos lucros obtidos, em escala agregada, seja sempre o máximo possível: considerações de ordem política levam a recessão e o desemprego a desempenhar um relevante papel (político) na manutenção da ordem (econômica). Esse tipo de problema seria observado de modo mais complexo no contexto das economias subdesenvolvidas, nas quais o desemprego é mais que simplesmente o resultado de um nível insufi ciente de demanda efetiva. A crônica escassez de capital e a grande heterogeneidade social – além da fragilidade externa – repõem a questão política em outros termos, cujo equacionamento se revela menos provável, ainda que possível. O enfrentamento dos grandes dilemas estruturais do capitalismo – o desemprego e o subdesenvolvimento – demandam a presença de instituições de perfi l radicalmente inovador, voltadas aos interesses da classe trabalhadora. Aqui é apresentada uma proposta que aponta nessa direção, bem como seus elementos constitutivos principaisItem Desenvolvimento em tempos de hegenomia liberalizante: o olhar restrito do novo desenvolvimento(2015-05) Sória-Silva, Sidartha; Gomes, Darcilene Claudio; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O retorno do desenvolvimento como tema de refl exão na atualidade se insere em um contexto de desgaste relativo de políticas liberalizantes, que defendiam um Estado recuado para a condição de vigilante distante e discreto das relações econômicas, e a noção de mercado como pura positividade, signifi cando a aspiração por maior liberdade de movimento e alocação dos agentes e recursos econômicos. Neste sentido, ressuscitaram-se concepções pelas quais ao Estado deveria ser restabelecida sua vocação de vetor chave ou central do desenvolvimento, ideia baseada no pressuposto de que não haveria possibilidade de crescimento e desenvolvimento sem um Estado forte. Os objetivos deste artigo são: mapear e analisar a literatura referente ao novo desenvolvimentismo, identifi cando e descrevendo sua natureza teórica; comparar o novo e o antigo (nacional) desenvolvimentismos; e, por fi m, tecer alguns comentários acerca da visão novo desenvolvimentista e sua leitura insufi ciente sobre a realidade econômica, política e social do Brasil. Como resultado, tem- se que as formulações do chamado novo desenvolvimentismo não escondem o seu pendor em manter como válidos determinados aspectos do ideário liberalizante, embora tenham como meta a recuperação do papel do Estado em um projeto de desenvolvimento. Disso decorre um ideário que busca um equilíbrio entre os polos ideais do Estado e do mercado, do público e do privado, do político e do econômico, do nacional e do internacional. Não obstante, os críticos do novo desenvolvimentismo não tardaram em levantar objeções diversas à pretensão do novo desenvolvimentismo em sintetizar a ortodoxia e o velho intervencionismo desenvolvimentista em um único corpo teórico-doutrinário. Localizado entre o antigo desenvolvimentismo e a ortodoxia convencional, o novo desenvolvimentismo dos governos brasileiros recentes acaba por incorporar, de modo paradoxal, elementos das duas matrizes supracitadas, o que revela a força de um ideário liberal em crise, mas ainda longe de ser abandonadoItem Desonerações em alta e elevação da carga tributária: o que explica o paradoxo do decênio 2005-2014?(2015-05) Orair, Rodrigo Octávio; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)O artigo utiliza séries mensais da carga tributária para subsidiar um estudo sobre os determinantes da sua evolução recente. O estudo inclui uma análise descritiva e uma modelagem econométrica por parâmetros variáveis. Dedica-se a um paradoxo: Por que a carga tributária cresceu em meio às signifi cativas desonerações no decênio 2005-2014? A análise sugere que os determinantes fundamentais da dinâmica da carga tributária estão relacionados às características do padrão de crescimento econômico. As características desse padrão favoreceram a arrecadação sobre os rendimentos do trabalho, comércio internacional e faturamento das pequenas e médias empresas (expansão da massa salarial, do grau de formalização e das importações). Por isto, a elevação da carga tributária ocorreu mesmo diante do predomínio das desonerações. O período de desonerações em alta deve se encerrar em 2015 diante dos esforços em curso para promover ajuste fi scalItem Determinismo e não determinismo em Marx(2015-06) Herrlein Junior, Ronaldo; Avila, Róber Iturriet; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Este trabalho se propõe a discutir a relação estrutura-sujeito na obra de Karl Marx, com particular atenção à interpretação de que o referido autor possui uma perspectiva determinista. O ponto de partida está nas críticas que Thorstein Veblen efetua. Subsequentemente, são apresentadas passagens de Marx que denotam a participação dos indivíduos nas transformações sociais, indo de encontro à ótica de que esses são tão somente condicionados pelas relações sociaisItem Development conventions: theory and the brasilian case after the mid-20th century(2015-05) Modenesi, Andre De Melo; Modenesi, Rui Lyrio; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)Keynes considerava as convenções um instrumento para superação da incerteza. Para os Convencionalistas Franceses (CF), as convenções serviam para coordenar a ação dos agentes em “situações de mercado complexas”, não abrangidas pela hipótese de concorrência perfeita. O economista brasileiro Fabio Erber deu seguimento a esse debate formulando um conceito de convenção de desenvolvimento (CD) baseado nas formulações de Keynes e dos CFs. Como o desenvolvimento econômico envolve mudanças estruturais de longo prazo, CDs também só podem ser identifi cadas no longo prazo. Múltiplas convenções de desenvolvimento podem coexistir num dado período, sendo uma deles a dominante em cada ponto no tempo. Observa-se no Brasil uma disputa pela hegemonia entre duas CDs: a convenção pro-crescimento- liderado pelo Estado e a convenção pro estabilidade-livre mercado. Da II Guerra Mundial até os anos 1970, a primeira foi hegemônica (dominante) tendo sido substituída pela convenção da estabilidade após os anos 1980. A condução conservadora da política monetária brasileira desde a década de 1990 é sustentada pela hegemonia da convenção da estabilidade. A contribuição de Erber dá espaço para um programa de pesquisa focado na economia política da política monetária brasileira, que ajuda explicar por que o país tem persistentemente praticado a taxa de juros mais alta do mundoItem A Dinâmica Econômica e o papel do Estado no subimperialismo Brasileiro no Século XXI(2015-05) Oliveira, Elizabeth Moura Germano; Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)A Teoria Marxista da Dependência nos brinda com uma categoria — formulada nos anos 1960, mas ainda relativamente marginalizada, a despeito das polêmicas envolvidas — de grande relevância e com ampla capacidade interpretativa da natureza do capitalismo dependente brasileiro: o subimperialismo. Mais especialmente, ele mostra a existência de uma cadeia imperialista global, na qual o Brasil, ainda que numa situação bastante subordinada aos países centrais, ocupa uma posição hierárquica relevante. No entanto, existe um aspecto nesta concepção que merece ser reconsiderado. Ruy Mauro Marini, seu formulador, afi rmou que o eixo do subimperialismo é o problema de mercado, pois a alta concentração estrutural de renda restringe, de forma relativa, o mercado interno. O problema de realização surgido daí seria, então, resolvido por um esquema tripartite: compras estatais, busca pelos mercados externos e consumo suntuário. O objetivo deste trabalho é fazer uma análise crítica desta tese, sugerindo que, ao menos atualmente, ela não se sustenta, e mostrando que o verdadeiro eixo do subimperialismo, no qual o Estado aparece como elemento central, é defi nido pelo problema da restrição externa — expressa no Balanço de Pagamentos do país. Para tanto, será feita uma discussão empírica a respeito da dinâmica econômica no atual padrão de desenvolvimento, no que se refere aos problemas da vulnerabilidade externa, e o papel do Estado subimperialista e de suas políticas pró-exportação via BNDES