Teses e Dissertações não defendidas na Unila
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Navegando Teses e Dissertações não defendidas na Unila por Assunto "Águas-fortes"
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Item Delírios arltianos: extimidades, orientalismos e melancolias nas águas-fortes escritas no exterior(2017-04-13) Cosentino, Gastón; Reales, Liliana RosaEsta tese lê as águas-fortes (crônicas) escritas no exterior ao longo dos anos de 1930-1941 pelo escritor argentino Roberto Arlt, como “textos delirantes” que se comportam como “relatos do exterior” / “relatos do outro”. Fruto das buscas de espaços de construção do “nacional” no início do século XX, tais questões propiciaram, paradoxalmente, a convocatória de diversos ambientes e tempos plurais, cujas proliferações, ressonâncias, arabescos, circulações abertas, conseguiram motivar, de modo diverso, uma crônica profundamente marcada pela biopolítica, a heterotopia e o delírio. Pensamos este último como metáfora crítica de uma resposta possível que viria a “cobrir um vazio” promovido pela ausência de um nomos que daria conta desse ser nacional”, análogo à pátria, à lei, à língua, e que por muitos momentos (des)figura-se sob a forma da perda, ou seja, no âmbito da melancolia. Seguidamente, com esses e outros desvios, surge um contraponto, um jogo especular, uma tríade iniludível: Exterior-Buenos Aires-Interior. O imperativo tácito da construção da noção de exterior, os simulacros das (des)identificações costurados pelo paradoxal e potente conceito de extimidade (exterioridade íntima / intimidade exterior) nas crônicas escritas pelo autor de O brinquedo raivoso, fornece-nos não só um novo marco para problematizar seus textos, mas também um espaço decisivo para pensar o estatuto da ficção na construção do Outro. RESUMEN Esta tesis lee las aguafuertes (crónicas) escritas en el exterior a lo largo de los años 1930-1941 por el escritor argentino Roberto Arlt, como “textos delirantes” que se comportan como “relatos del exterior” / “relatos del otro”. Fruto de las búsquedas de espacios de construcción de lo “nacional” a inicios del siglo XX, tales cuestiones propiciaron, paradójicamente, la convocatoria de diversos ambientes y tiempos plurales, cuyas proliferaciones, resonancias, arabescos, circulaciones abiertas, consiguieron motivar, de modo diverso, una crónica profundamente marcada por la biopolítica, la heterotopía y el delirio. Pensamos el delirio como metáfora crítica de una respuesta que vendría a cubrir un vacío promovido por la ausencia de un “nomos” que daría cuenta de ese “ser nacional” análogo a la patria, la lei, la lengua, y que por muchos momentos se (des)figura bajo la forma de la pérdida, es decir, en el ámbito de la melancolía. Asimismo, con esos y otros desvíos, surge un contrapunto, un juego especular, una tríada ineludible: Exterior-Buenos Aires-Interior. El imperativo tácito de construcción de la noción de exterior, los simulacros de las (des)identificaciones suturados por el paradójico y potente concepto de extimidad (exterioridad íntima / intimidad exterior), en las crónicas escritas por el autor de El juguete rabioso, nos ofrece no apenas un nuevo marco para problematizar sus textos, sino también un espacio decisivo para pensar el estatuto de la ficción en la construcción del Otro.