O presente trabalho analisa a árvore enquanto motivo visual nos filmes A Árvore da Vida (Terrence Malick, 2011) e Dias Perfeitos (Wim Wenders, 2023). Adota-se a análise fílmica comparada a fim de descrever como o motivo é configurado formalmente (composição, luz, enquadramento e recorrência) e interpretar seus sentidos, funções e potencialidades na construção de narrativas, atmosferas e experiências do espectador. O corpus é composto pelos dois longas-metragens, examinados através de planos selecionados, com ênfase em recorrências simbólicas, variações contextuais e estados contemplativos. Como contribuição, o estudo elucida convergências e diferenças no emprego da árvore como signo visual e propõe um quadro comparativo que relaciona escolhas estéticas a efeitos de sentido nas obras analisadas.