O presente artigo visa analisar as moedas brasileiras de baixo valor que circularam ao final do século XIX e início do século XX. Objetivamos contribuir para o entendimento de fatores que possibilitaram a construção hegemônica do meio circulante oficial, e o acesso ao numerário de baixo valor fiduciário no território brasileiro. Pretendemos também realizar um aporte para auxiliar na compreensão dos ícones escolhidos na transição da Monarquia para a República brasileira e as representações escolhidas do ideal republicano e seu reflexo na nossa produção numismática. Para isto, foi utilizado como fio condutor a legislação nacional que afeta a moeda divisionária, e me apoiei em produções de estudiosos da área de numismática, principalmente nos textos dos autores Álvaro de Veiga Coimbra em suas produções entre os anos de 1956 e 1960 e Eugênio Vergara Caffarelli em 2002. Pretende-se demonstrar que as moedas são importantes vestígios históricos para compreensão de uma época pela sua ampla circulação entre a população. Enquanto produções oficiais são constantemente marcadas pelas mudanças econômicas e políticas que podem ser observadas, por exemplo, nas escolhas de representações iconográficas ali estampadas. Há uma multiplicidade de perspectivas a serem pesquisadas em torno deste objeto tão cotidiano