Recentemente, no breve governo Temer, foram aprovadas a Reforma do Ensino Médio brasileiro e a Base Nacional Curricular Comum. Estas medidas fazem parte do avanço da agenda neoliberal e a educação é um campo importante para o estabelecimento deste domínio (Ducasse, 2015; Freitas, 2018). Este artigo tem como objetivo a análise dos possíveis efeitos desta reforma recortando através da tensão entre trabalho intelectual e trabalho manual partindo da abordagem marxista e, em seguida, apresentar caminhos para a construção de uma contraproposta a este Novo Ensino Médio. Através do resgate histórico de experiências da educação popular, apresentamos uma perspectiva de transformação educacional através da cultura junto a princípios pedagógicos para uma educação contra-hegemônica que importe América Latina.