Teses e Dissertações não defendidas na Unila
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Navegando Teses e Dissertações não defendidas na Unila por Autor "Alves, Júlia Batista"
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Item Ensino de pronúncia do Espanhol como Língua Estrangeira: reflexões e propostas didáticas(2019-05-29) Alves, Júlia Batista; Sandes, Egisvanda Isys de AlmeidaEste trabalho teve como objeto de estudo o ensino de pronúncia do espanhol como língua estrangeira (ELE). A discussão parte da observação de que o ensino de pronúncia nem sempre foi considerado relevante no ensino de línguas estrangeiras e de que durante muito tempo, os materiais didáticos abordaram a pronúncia por meio de exercícios e atividades descontextualizadas e de forma isolada em relação a outros aspectos da língua, como o léxico e a gramática. Para que ocorra uma comunicação fluída e inteligível, recomenda-se que o ensino da pronúncia se configure dentro de certa sistematicidade, mediante a definição de objetivos, conteúdos, atividades, exercícios e estratégias de correção específicas para cada nível, além de um trabalho que considere a relevância dos elementos suprassegmentais como ritmo, acento e entonação, para o estabelecimento de sentidos nos intercâmbios comunicativos. Nesse sentido, propõem-se as seguintes indagações: Como o ensino da pronúncia é abordado pelos diferentes métodos e abordagens de ensino de línguas estrangeiras? Quais conhecimentos são necessários para seu ensino e aprendizagem/aquisição, considerando o contexto da formação docente? Para tanto, o objetivo geral da pesquisa foi compreender como o ensino da pronúncia é retratado teoricamente pelos diferentes métodos e abordagens de ensino de línguas estrangeiras e pelos professores que o lecionam no ensino médio nas aulas de ELE. Assim sendo, especificamente, tem-se que: i) realizar uma revisão teórica sobre a presença/ausência da pronúncia nos diferentes métodos e abordagens de ensino de línguas estrangeiras por meio de pesquisa bibliográfica; ii) investigar, com base em teorias sobre ensino e aprendizagem/aquisição da pronúncia em língua estrangeira, as atividades, exercícios e procedimentos utilizados pelos professores de espanhol do ensino médio; iii) levantar dados referentes às atividades, exercícios e procedimentos relacionados com a pronúncia no ensino de língua espanhola por meio de questionários semiestruturados; iv) analisar se os procedimentos adotados pelos professores de espanhol têm fundamento em teorias específicas sobre ensino e aprendizagem/aquisição do aspecto fônico e, por fim, v) apresentar propostas didáticas para o ensino de pronúncia na sala de aula de ELE por meio do diálogo entre os conceitos, as teorias abarcadas, as discussões e as reflexões propostas. O referencial teórico que embasa este trabalho está apoiado, por um lado, em autores que tratam da aquisição, da aprendizagem e do ensino de línguas estrangeiras (BARALO, 2011; SANTOS GARGALLO, 2010) e, por outro, em autores que tratam da aquisição do aspecto fônico em língua estrangeira e segunda língua e do ensino e aprendizagem/aquisição da pronúncia especificamente (CANTERO SERENA, 1998, 2003; CELCE-MURCIA et al, 2010; CORTÉS, 2002; FLEGE, 1981, 1991, 1995; GIL FERNÁNDEZ, 2007; HIDALGO NAVARRO, 2006; LLISTERRI, 2001, 2003; POLIVANOV, 1931; TRUBETSKOY, 1939, entre outros. Como procedimentos metodológicos, apresentam-se, no primeiro momento, como instrumentos para entender o ensino de pronúncia do ELE, a pesquisa bibliográfica e documental para incidir sobre as teorias de ensino e aprendizagem/aquisição da pronúncia em língua estrangeira; no segundo momento, análise quantitativa quanto aos dados fechados dos questionários semiestruturados e qualitativa, sobretudo, em relação às respostas subjetivas às questões abertas do material disponibilizado a professores de espanhol do ensino médio da rede pública de ensino de escolas localizadas no município de Guarulhos, na região metropolitana do estado de São Paulo, e, no terceiro momento, as propostas didáticas com tarefas e atividades de criação própria que relacionam as teorias e conceitos abordados e, também, dialogam o ensino da pronúncia com outros aspectos de uma língua, partindo de uma perspectiva comunicativa e integradora. Conclui-se que é acentuada a necessidade de investimento na formação docente no que tange à abordagem do ensino da pronúncia na sala de aula de ELE para que os professores, fundamentados em conhecimentos teóricos, possam planejar atividades de percepção com instrução explícita em prol de que os estudantes brasileiros de ELE consigam avançar na sua competência fônica e construir um repertório fônico que os auxilie nos seus intercâmbios comunicativos.