Este trabalho expende sobre a projeção de narrativas pretas no campo audiovisual e gêneros televisivos, assim como questiona o apagamento desta corporalidade e a perpetuação de estereótipos racistas em meios de mídia popular. A partir disto, realiza a pré-produção do roteiro seriado, Dias Negros, baseando-se em vivencias de gênero, raça e território.
Através do estudo de heranças coloniais e embranquecedoras na formação identitária do Paraná, busca questionar em sua trama o pertencimento geográfico e de status quo da população negra da região Sul do Brasil, além de reconhecer histórias familiares como propagadoras desta reflexão.
Este artigo visa analisar a apresentação negra da telenovela brasileira “Viver a Vida” (Manoel Carlos, 2009), com foco na participação da atriz Taís Araújo como a primeira protagonista negra de uma trama audiovisual da emissora Rede Globo em horário nobre. Pautando a mudança narrativa da personagem Helena, e considerando a leitura racial estruturalmente e historicamente presente no dispositivo televisivo, busca estudar a consolidação da representação deste modelo dentro da cultura de massa audiovisual e o papel da mulher negra dentro dele.