Pavilhão da criativiade no memorial da América Latina: um acervo pulsante
Resumo
A partir de um sonho, uma parte de São Paulo transformouse em Patrimônio Cultural Latino
Americano. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, possui edificações que abraçam e acolhem as mais
variadas manifestações artísticas das sociedades na América Latina. Um local que busca promover a formação,
apresentação e integração das civilizações da nossa América. Através de atividades realizadas em cada um de
seus órgãos a partir do encontro na Praça, da distribuição de seu acervo permanente e difusão do histórico
contemporâneo em seus espaços temporários cumpre com sua função de resgatar, salvaguardar, valorizar,
difundir, educar, integrar e promover o patrimônio material e imaterial de nosso Continente. Meu artigo
abordará a formação do acervo de arte popular do Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro no ano de 1988,
entretecendo elos entre as civilizações ancestrais e contemporâneas, explorando a materialidade da produção
artística do Brasil, México, Guatemala, Peru, Equador e países do CONESUR (Paraguai, Argentina, Chile e Brasil).
A maquete – considerada “vedete do espaço expositivo” realizada pelos artistas Gepp e Maia encanta por
enaltecer a nossa gente nas mais diversas expressões artísticas, possibilitando uma mirada aérea e interior de
nossas terras sem fronteiras. Dentre todas as obras desvelarei a coleção de mates burilados, um ofício familiar,
suas formas de comunicação, como narrativas circulares realizadas na pele amadeirada de frutos secos
denominados cabaça por “talladores de histórias”. Acredito que a partir da mediação de investigadores,
conhecedores e interessados por esse acervo, da difusão dos resultados obtidos durante a pesquisa, criação de
recursos paralelos voltados mostra da coleção é possível transformar esse acervo em objetos pedagógicos, a
fim de construir um pensamento social latinoamericano.