Pontes e fluxos do rap entre Paraguai e Brasil: movimento Hip Hop entre fronteiras
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Data
2014-11-07Autor
Santana, Janaina de Jesus Lopes
Souza, Angela Maria de
Metadata
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Este trabalho faz parte do projeto de pesquisa “Movimento Hip Hop: Estéticas Afro-Latino-
Americana entre fronteiras”, no qual sou bolsista Probic – UNILA. Nesse trabalho analisa-se o
Movimento Hip Hop na cidade de Foz do Iguaçu e suas especificidades enquanto um lugar de
fronteira, a qual faz divisa com Paraguai (Cidad Del Leste / Presidente Franco) e Argentina (Puerto
Iguazu). Um dos principais objetivos do trabalho é identificar e analisar as principais temáticas e
narrativas poéticas que estão nas letras de rap e de como essas narrativas desconstroem e
reconstroem o espaço urbano (Santos, 1993). O trabalho é fruto de pesquisa etnográfica (Durhan,
1980) e pesquisa bibliográfica sobre Movimento Hip Hop : Souza (2009), HERSCHMANN (1997),
DAYRELL, (2005), PIMENTEL (1999). Para análise teórica são utilizados como conceitos:
Diáspora (HALL, 2006), Identidade Negra e Racismo (Munanga, 2008; Fanon 2008), Estruturação
urbana (Milton Santos 1993 ; Ribeiro 2008). O Movimento Hip Hop é formado pelo o rap (musica),
break (dança) e o grafite / pichação (arte gráfica), ganha forma nos Estados Unidos na década de
1970 com a junção dos ritmos Jamaicanos, Soul e Funk e espalhou-se por diversos países na década
de 1980 (Souza, 1998). Na região da Fronteira, o Movimento hip hop chega (1990) e estabelece um
fluxo bastante intenso entre as cidade de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. No Paraguai
a “movida”do Hip Hop, como é chamado, começou em 1990 com rimas em Guarani e em
Castellano denunciando a falta de políticas publicas ou até mesmo valorizando o cotidiano da
população paraguaia, similar ao que é cantado no rap de fronteira em Foz do Iguaçu, em bairros
como Cidade Nova, Porto Meira, entre outros. Agradecemos a Probic UNILA pela bolsa de
iniciação científica concedida.