BND - Dissertação

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    O que determina a estrutura das assembleias de borboletas ninfalídeas (Lepidoptera: Nymphalidae) da Mata Atlântica?
    (2020) Greve, Roberto Rezende
    A variação espacial na estrutura das comunidades é um padrão (quase) universal. Diversas hipóteses foram propostas para explicar essa variação, algumas enfatizando processos baseados em nicho e outras enfatizando processos baseados em dispersão. Apesar de haver muitas pesquisas com esta abordagem, há uma carência de estudos com borboletas neotropicais. Borboletas são organismos megadiversos, ectotérmicos, com restrições fisiológicas a condições ambientais, e com poucas limitações em sua capacidade de dispersão. Deste modo, busquei verificar qual ou quais fatores ambientais (i.e., clima, produtividade primária e heterogeneidade ambiental) e espaciais são os melhores preditores da estrutura de assembleias de borboletas ninfalídeas da Mata Atlântica, decompondo-a em suas facetas riqueza e diversidade β. Para isso, utilizei listas de ninfalídeos de vinte remanescentes de Mata Atlântica, cobrindo a maior parte da extensão deste domínio. Para cada localidade extraí cinco preditores climáticos relacionados à temperatura e precipitação (hipótese climática), a evapotranspiração real (hipótese da produtividade primária) e a variação da altitude (hipótese da heterogeneidade ambiental). A partir das coordenadas geográficas das localidades foram gerados preditores espaciais. Utilizei o método de mínimos quadrados generalizados (GLS) e a Análise de Redundância Parcial Baseada na Distância (dbRDA) particionando a variação para testar as hipóteses. A produtividade foi o único fator a influenciar a determinação da riqueza, corroborando a hipótese da produtividade. Para a diversidade β, tanto fatores espaciais e ambientais foram importantes, com pouca estruturação espacial dos fatores ambientais, sendo explicada pela temperatura máxima do mês mais quente, corroborando a hipótese climática. Assim, demonstrei que para os ninfalídeos da Mata Atlântica, a produtividade primária determinou a riqueza de espécies, enquanto que o clima e limitações na dispersão foram responsáveis pela variação na composição das espécies entre as localidades.
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    Dimensões humanas da conservação de psitacídeos no Brasil.
    (2024) Fernandes, Katlin Camila; Ana Alice Aguiar Eleutério (orientadora)
    O comércio ilegal e a perda de habitat representam grandes ameaças à conservação de espécies de psitacídeos. No entanto, poucos estudos exploram diretamente como as dimensões humanas (DH) afetam a conservação de psitacídeos. Utilizou-se revisão de literatura e entrevistas com pesquisadores para investigar como a pesquisa sobre conservação de psitacídeos no Brasil incorpora a DH. Os resultados mostraram que a DH não está totalmente incorporada em projetos de pesquisa e conservação. Dos 118 artigos avaliados entre 1997-2022, apenas quatro (3%) abordaram a interação entre pessoas e psitacídeos como objetivo principal. As entrevistas também indicaram que os pesquisadores tiveram dificuldade em implementar e avaliar estratégias voltadas para pessoas, principalmente devido a recursos humanos e financeiros insuficientes. Portanto, muitas vezes há pouca compreensão da eficácia de tais estratégias para a conservação de espécies de psitacídeos. O apoio financeiro a projetos de conservação deve permitir a contratação de profissionais especializados, treinamento e o estabelecimento de ações de longo prazo para entender e aumentar o engajamento das pessoas na conservação de psitacídeos.
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    Percepciones y adaptación al cambio climático entre los agricultores familiares del oeste de Paraná, Brasil.
    (2024) Molinas Bogado, Diana Molinas; Ana Alice Aguiar Eleuterio (orientadora)
    El cambio climático afecta a la capacidad de los sistemas alimentarios para proporcionar una nutrición adecuada a una población en crecimiento. Comprender las percepciones de los agricultores familiares sobre el cambio climático es crucial para implementar estrategias de mitigación y resiliencia. Esta investigación analizó cómo los agricultores familiares de la región occidental de Paraná, Brasil, percibían los efectos del cambio climático en sus actividades productivas, y cómo respondían y se adaptaban a ellos. Durante visitas a 85 propiedades rurales de la región, se aplicó un cuestionario estructurado con preguntas cerradas utilizando una escala de Likert de cinco puntos para evaluar las características de la propiedad y los métodos de producción, los impactos del cambio climático, las limitaciones de respuesta y las estrategias de mitigación empleadas. Los resultados se analizaron mediante análisis de componentes principales (ACP) y análisis jerárquico de conglomerados con prueba V. Los agricultores percibieron fuertemente el aumento de las temperaturas y la reducción de las precipitaciones, cambios que trajeron más enfermedades y plagas agrícolas, escasez de agua y aumento de los costes con la compra de fertilizantes. Para hacer frente al aumento de las temperaturas utilizaron estrategias como el uso de materia orgánica para cubrir el suelo. Los agricultores se agruparon en tres conglomerados a partir del análisis jerárquico de conglomerados utilizando índices de ACP, junto con variables sociodemográficas y actividades productivas: (i) Diversificación y Limitaciones Estructurales; (ii) Experiencia y Preocupaciones por la Productividad; (ii) Experiencia y Preocupación por la Productividad; (iii) Prácticas Sostenibles y Vulnerabilidad a los Recursos. Los tres grupos presentaban características sociodemográficas y productivas distintas que reflejaban la heterogeneidad de la agricultura familiar y la complejidad de las respuestas al cambio climático. Las limitaciones estructurales, la falta de acceso a los recursos y la vulnerabilidad a los fenómenos climáticos extremos fueron desafíos compartidos por los grupos. Este trabajo refuerza la necesidad de desarrollar directrices específicas para cada lugar en materia de políticas agrícolas, que conduzcan a la adopción de estrategias eficaces para la resiliencia climática.
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    Análise da influência do reservatório da Itaipu na diversidade e estrutura genéticas de Ancistrus sp. (Siluriformes: loricariidae) e Heptapterus mustelinus (Siluriformes: heptapteridae).
    (2024) Oliveira, Vilmara de
    A diversidade genética é necessária para a adaptação e sobrevivência das espécies. Ela está distribuída em um padrão dentro e entre populações, conhecido como estrutura genética. Os ecossistemas fluviais são significativamente influenciados por barreiras, que afetam diretamente a diversidade e a estrutura genética de peixes. Reservatórios e canais de grandes rios podem atuar como barreiras causando estruturação genética populacional. No entanto, os reservatórios formados, também podem atuar de forma a ampliar a conectividade ao permitir a dispersão de peixes. Estimam-se que 50% das espécies de peixes sul-americanas possuem pequeno porte (≤ 15 cm de comprimento), geralmente vivendo em riachos e possuindo baixa capacidade de deslocamento. O presente trabalho objetivou avaliar a influência do reservatório da Itaipu nos índices de diversidade e estrutura genética de peixes de riachos, com base em marcadores moleculares SNPs. Foram analisadas duas espécies de pequenos peixes: Ancistrus sp. e Heptapterus mustelinus, coletados em riachos de cinco microbacias da bacia hidrográfica do Paraná 3. A biblioteca genômica foi construída por meio da técnica de sequenciamento com dupla digestão enzimática associada à sítios de restrição. Após o sequenciamento e devidas filtragens, foram obtidos 11.240 e 9.647 marcadores SNPs, para 39 indivíduos de Ancistrus sp. e 37 indivíduos de H. mustelinus, respectivamente. Ambas as espécies apresentaram uma baixa a moderada diversidade genética e parentesco intrapopulacional, especialmente Ancistrus sp. A Análise de Variância Molecular, os índices de fixação interpopulacionais, a análise bayesiana realizada no STRUCTURE e a Análise Discriminante de Componentes Principais mostram evidências de estruturação genética entre a maioria das microbacias para ambas as espécies. Para Ancistrus sp. também há diferenciação populacional entre riachos. O rio Paraná/reservatório da Itaipu parece atuar como uma barreira ao fluxo gênico entre as diferentes microbacias. O Teste de Mantel não evidenciou isolamento por distância para nenhuma das espécies, reforçando que a estrutura genética encontrada é causada pelo rio/reservatório. Por outro lado, algumas microbacias não se mostraram fortemente estruturadas ao compartilharem diferentes linhagens genéticas, o que sugere que o reservatório da Itaipu, ao submergir algumas áreas após o seu enchimento, pode ter propiciado um contato secundário entre microbacias antes estruturadas.
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    Padrões de diversidade, visitantes florais e conservação das abelhas sem ferrão (Apidae: Meliponini) da Amazônia Legal.
    (2024) Soares, Iracy Maiany Nunes
    A Amazônia Legal, uma das regiões mais biodiversas do planeta, enfrenta grandes desafios para a conservação de sua fauna e flora. As abelhas sem ferrão (Meliponini) desempenham um papel crucial na polinização de ecossistemas naturais e cultivos agrícolas. O estudo teve como objetivo I) estimar a distribuição e diversidade dos meliponíneos na Amazônia Legal, II) avaliar o número de espécies dos meliponíneos registrados como visitantes florais e o número de plantas que elas visitam, III) avaliar o grau de representatividade das abelhas sem ferrão dentro das áreas protegidas e investigar a influência do habitat remanescente em suas distribuições. Encontramos que das 169 espécies de meliponíneos nativas da Amazonia Legal, 88% são visitantes florais de 270 espécies de plantas, muitas delas de importância econômica. Tetragonisca angustula (Latreille, 1811), Trigona spinipes (Fabricius, 1793), Tetragona clavipes (Fabricius, 1804) e Scaptotrigona bipunctata (Lepeletier, 1836), tiveram o maior número de interações com plantas. Das plantas mais visitadas incluíram Euterpe oleracea, Syzygium malaccense e Bertholletia excelsa. A representatividade dos meliponíneos dentro das áreas protegidas foi de 37%, e para os visitantes florais, 39%. As áreas com maior riqueza de espécies ocorreram ao longo dos grandes rios da bacia , maioritariamente fora das áreas protegidas. As regiões com menor habitat remanescente se encontram nas regiões de menor riqueza de espécies localizadas no "Arco do Desmatamento". Ainda que as áreas mais ricas estejam fora da rede de áreas protegidas, estas estão longe de regiões com alta perda de hábitat. Portanto, é crucial expandir e reavaliar as áreas protegidas, considerando também as regiões mais vulneráveis, para assegurar a conservação eficiente dos meliponíneos e a continuidade dos serviços ecossistêmicos que eles fornecem.
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    Sobre las áreas protegidas y otras medidas efectivas de conservación basadas en áreas. Explorando sus aportes para la conservación de la biodiversidad con base a las serpientes colombianas.
    (2024) Pulido, Karina Gisell Rey
    Otras medidas eficientes de conservación basadas en áreas (OMEC) se han implementado recientemente en países como Colombia y, junto con las áreas protegidas (AP), constituyen estrategias cruciales de conservación de la biodiversidad. La evaluación de la contribución de los distintos marcos de conservación basados en áreas (es decir, AP y OECM) implica evaluar el grado de representación de las áreas de distribución geográfica de las especies, el logro de los objetivos de representación (es decir, el análisis GAP), las áreas prioritarias para la conservación y su relación con el hábitat restante. Las serpientes son organismos con papeles funcionales necesarios en los ecosistemas, lo que las convierte en una prioridad de conservación. Actualmente, Colombia alberga 261 especies de serpientes y nueve familias. Aquí, exploramos el patrón de diversidad de serpientes en Colombia y su relación con el hábitat remanente. También evaluamos el grado de representación dentro de las AP y OMEC de las distribuciones geográficas de las especies, la riqueza de especies y las áreas prioritarias para la conservación. Las áreas con mayor riqueza de serpientes se encuentran en las regiones Pacífica y Andina; sin embargo, éstas se encuentran predominantemente fuera de las AP y OMEC. La representatividad de las áreas de distribución de las especies y los objetivos de representación dentro de las AP aumentaron con las OMEC. Las regiones del Caribe y Andina tienen áreas con el hábitat remanente más bajo. Con base en nuestros hallazgos, resaltamos que las OMEC están contribuyendo a la conservación de serpientes en Colombia y complementan las AP. El Pacífico, la Orinoquía, la Amazonia y el Caribe Norte presentaron la mayor concentración de áreas prioritarias para la conservación, y dado sus múltiples grupos étnicos y sus extensiones de hábitat remanente, estas regiones son las más prometedoras para la creación de nuevas OMEC.
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    Inventários de muscidae (insecta, diptera) em área de Caatinga e floresta Atlântica.
    (2023) Alves Silva, Jocifran
    O conhecimento científico básico sobre grande parte da diversidade biológica no planeta é ainda limitado, havendo grandes lacunas de informações fundamentais em taxonomia e distribuição geográfica. A intensidade e a variação espacial da amostragem podem afetar o conhecimento da biodiversidade, como um excesso de espécies não descritas (déficit Lineano), e conhecimento limitado da distribuição geográfica de espécies em todas as escalas de tempo (déficit Walaceano). Considerando a família Muscidae que apresenta um maior número de estudos no Leste da Floresta Atlântica, assim como concentração de trabalhos na Caatinga voltados a relações de sinantropia, objetivou-se reduzir os efeitos do déficit Walaceano, atualizando os registros geográficos das espécies e também avaliar a contribuição dos registros para o conhecimento atual da distribuição das espécies. O estudo está dividido em dois capítulos, o primeiro aborda uma área de Caatinga. No município de Santa Terezinha, Paraíba, as coletas foram realizadas utilizando armadilhas de Malaise modelo Townes (1972), entre os anos de 2008 a 2013. Acrescenta-se novos registros de gênero e espécie. Evidencia-se a importância do primeiro inventário utilizando armadilha de Malaise na área, bem como ampliação dos registros geográficos das espécies estudadas. O segundo capítulo aborda uma área de Floresta Atlântica. No Parque Nacional do Iguaçu, Paraná, as coletas utilizaram variados métodos de coleta, armadilha Malaise, Ferreira (utilizando sardinha como isca), Moericke, além de rede entomológica, nos anos de 2020 e 2021. Foram coletados 12 gêneros em 29 espécies, incluindo novos registros e dados adicionais de coleta para as espécies estudadas. Reforça-se a importância do primeiro inventário da família no Oeste do Paraná. Os registros de distribuição geográfica para espécies de Muscidae foram ampliados, destacando-se os primeiros registros de um gênero nativo Coenosia Meigen, 1826 e dois gêneros exóticos, Haematobia Le Peletier & Serville 1828 e Stomoxys Geoffroy, 1762, também nove espécies, sendo sete assinantrópicas e duas sinantrópicas para a Caatinga. E de 18 espécies novos registros para o estado do Paraná. Dados adicionais de coleta fornecidos para o Brasil, incluindo mapas de referência para as principais espécies listadas, onde se discute a influência ou não do novo registro no padrão de distribuição de cada espécie.
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    Manipulação de objetos e uso de ferramentas em macacos-prego urbanos (Sapajus sp.).
    (2024) Bender, Denise
    As manipulações complexas de objetos pelos primatas consistem na utilização das mãos e pés, às vezes com apoio da cauda, para realizarem ações através de movimentos combinatórios. Podem ser uma condição necessária para o uso de ferramentas, já que aumentam a familiaridade dos indivíduos com os objetos, estando relacionadas às habilidades bem-sucedidas de resolução de problemas, e o emprego desses objetos como ferramentas. Tais comportamentos em primatas não-humanos têm implicações para a compreensão da evolução do uso de ferramentas em humanos. As ferramentas de sondas são observadas em populações selvagens de macaco-prego (Sapajus spp.), sendo relatadas para acessar pequenas presas (insetos ou lagartos) em fendas de rochas e troncos, mel de ninhos de vespas, para cutucar sapos e cobras venenosas e raramente relatadas para acessarem e beber água. Portanto, foi investigado a manipulação de objetos e o uso de ferramentas por macacos-prego (Sapajus sp.) em um fragmento urbano em Foz do Iguaçu, Sul do Brasil, onde há intenso contato com os humanos, seus alimentos e objetos descartados. Foram realizadas observações de janeiro a setembro de 2019, usando métodos amostragem de animal focal e ad libitum, com quatro dias amostrais mensais para cada método. Houveram 611 registros de manipulações de objetos, sendo mais utilizados os objetos de origem antrópica (61,7%, n = 234) e os indivíduos juvenis tiveram maior frequência no comportamento (77,4%; n = 473), possuindo alta tolerância de observadores próximos durante as manipulações. 87,7% das manipulações foram realizadas com o padrão motor de combinação simples de objetos em contato com superfícies, geralmente executando percussão. Foram registrados 20 eventos de uso de ferramentas, utilizando várias técnicas e diferentes objetos para obterem acesso à água, entre elas o uso de sonda, esponja e de “contêineres”, esta sendo uma nova técnica registrada em macacos-prego. Houve mais frequência de uso de ferramenta para acessar recurso hídrico durante a estação seca, dando suporte à hipótese da escassez de recursos. Nossos resultados ilustram que os macacos-prego são versáteis para utilizarem ferramentas para acessar água que é um recurso escasso no fragmento e contribuem para o conhecimento sobre o kit de ferramentas de primatas em ambientes urbanos.
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    Efeitos da paisagem (“Landscape” e “Riverscape”) na estrutura de comunidades de macroalgas de riachos subtropicais.
    (2023) Simões, Rodrigo Crovella
    A ecologia da paisagem busca entender como os componentes das paisagens se relacionam a partir da integralização e interface existente entre os ecossistemas. Ela integra os processos ecológicos e a complexidade espacial para compreender os padrões de heterogeneidade e os processos responsáveis pelas mudanças na estrutura dos componentes bióticos e abióticos. O uso e ocupação do solo em áreas próximas às bacias hidrográficas exerce pressão sobre diferentes componentes das paisagens terrestres e aquáticas. O estudo investigou os efeitos da agricultura na homogenização de microhabitats de riachos subtropicais das microbacias do Rio Paraná 3 e seus efeitos nas diversidades-α e β de macroalgas, através da análise de integração entre fatores que envolvem processos ecossistêmicos da paisagem terrestre (landscape) e da paisagem fluvial (riverscape), com o objetivo de descobrir os principais fatores responsáveis pela perda de heterogeneidade e complexidade dos ambientes. Para isso foram obtidas medidas locais das paisagens com o intuito de correlacionar suas variáveis e observar seus efeitos nos componentes dos sistemas e na estrutura das comunidades. As avaliações foram realizadas a partir do uso de modelo matemático estrutural PiecewiseSem, capaz de criar rotas relacionáveis entre variáveis. O estudo demonstrou que existe uma interface entre os diferentes sistemas e que esses sistemas exercem pressões diretas e indiretas na composição das espécies. O modelo de equação estrutural para a agricultura ajustou-se bem aos dados e as rotas foram explicativas, visto que a significância do trajeto foi obtida pela máxima probabilidade e o ajuste foi avaliado usando o modelo de equação estrutural d-separation de Shipley, através da estatística C de Fisher (p > 0,05). A agricultura, mesmo não exercendo influência direta sobre as comunidades de macroalgas, foi capaz de modificar de forma direta alguns componentes das paisagens, afetando a biodiversidade de macroalgas de riachos de forma indireta. Assim, os resultados condizem com a predição de que paisagens mais heterogêneas sustentam maior riqueza e maior diversidade de espécies de macroalgas. Uma vez que as macroalgas são importantes bioindicadoras da qualidade da água e são base da cadeia trófica, se faz necessária a criação de políticas governamentais, institucionais e sociais, para que ocorra um estímulo da preservação dos sistemas naturais.
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    Evaluación del uso de la asimetría fluctuante en anfibios como bioindicadores de cambios ambientales
    (Noemí Paola Miranda Melo, 2023-02-27) Michel Varajão, Garey; Núbia Carla, Santos Marques; Miranda Melo, Noemí Paola; Orientação
    La estabilidad del desarrollo de un organismo se refleja en la capacidad que posee de producir una forma “ideal” bajo un conjunto particular de condiciones ambientales. Las estructuras bilaterales en organismos con simetría bilateral ofrecen una simetría precisa sobre la cual se pueden comparar desviaciones. La herramienta más utilizada para estimar la estabilidad del desarrollo es la asimetría fluctuante, que considera las pequeñas desviaciones aleatorias que ocurren entre los lados derecho e izquierdo de rasgos bilaterales. De los animales bioindicadores, los anuros representan un buen modelo de estudio para hacer uso de esta herramienta, debido a que son un grupo taxonómico particularmente sensible a perturbaciones ambientales. Por esta razón, se realizó una búsqueda de investigaciones que evaluarón las alteraciones antropogénicas sobre la asimetría fluctuante de los anfibios como herramienta de bioindicación. Se encontrarón 47 artículos, desde 1962 hasta junio del 2022. La mayoría de los trabajos encontrados, se realizarón en Europa, con énfasis en Bulgaria. Los estudios se realizaron en áreas del bioma Bosques templados latifoliados y mixtos, en la ecorregión Bosques Mixtos de los Balcanes. La mayoría de los artículos realizaron: estudios en campo, evaluando el efecto de alteraciones químicas, principalmente agroquímicos, sobre anfibios anuros que viven en ambientes lénticos. La familia más estudiada fue Ranidae y la especie que más destacó fue Pelophylax ridibundus, en su mayoría con individuos adultos. Y en cuanto a los rasgos evaluados, se analizó más rasgos de tipo métrico, rasgos elegidos por su factibilidad y al cual se le puede corregir el error de medición, al aumentar las repeticiones. Así mismo, identificamos que en el 83% de los artículos verificó un efecto positivo de las alteraciones antropogénicas sobre la asimetría fluctuante de los anuros. Aun así, se ha visto que existen vacíos de conocimientos, como la falta de estudios en otros continentes, bajo porcentaje de familias y especies, igualmente falta más analisis en áreas con alteraciones antropogénicas de tipo física y hacer uso la morfometría geométrica, el cual es un método más preciso para analizar asimetría fluctuante en estructuras tridimensionales según investigaciones ya realizadas con otras animales.
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    Diversidade filogenética de drosophilidae (diptera) no bioma pampa
    (2019) Tripode, Gabriel Accioly; Orientação; Schmitz, Hermes José
    A sistemática filogenética entra no âmbito do estudo da ecologia de comunidades com a informação necessária que torna cada espécie única, ou seja, sua própria história evolutiva. O Pampa brasileiro é um bioma no qual se predominam os campos nativos que está sofrendo grande impacto antrópico. A família Drosophilidae compreende um grupo cosmopolita de moscas acaliptradas extremamente diversas, que têm sido extensivamente estudadas, uma vez que várias espécies são consideradas organismos modelos em diversas áreas da biologia. No entanto, análises de diversidade filogenética desse grupo são ainda inexistentes. As duas propostas filogenéticas mais abrangentes publicadas para o grupo (Yassin, 2013; Russo et al 2013), são concordantes em relação a muitos posicionamentos, porém apresentam divergências. O presente estudo teve por objetivo comparar os resultados de análises de diversidade filogenética em comunidades de Drosophilidae do Pampa, feitas com as duas hipóteses e compará-los com os índices de diversidade tradicionais para o grupo. 19 pontos amostrais no Pampa, de dados já publicados, foram analisados. Foram realizadas análises de MPD (mean parwise-distance) e MNTD (mean-nearest-taxon-distance) e comparados os resultados obtidos com modelos nulos de diversidade. Os índices obtidos pela análise com base nas duas propostas filogenéticas são fortemente correlacionados positivamente, indicando que ambas as análises apresentam respostas muito semelhantes. Encontrou se que, em grande parte, os pontos amostrais não apresentam uma estruturação filogenética significativamente diferente do esperado ao acaso, exceto por dois pontos amostrais que apresentaram padrão filogenético agrupado para MPD, em ambas as análises, e cinco localidades, duas não coincidentes, que apresentaram padrão filogenético agrupado para MNTD, em ambas as análises. Os resultados suportam, preliminarmente, que a perda de diversidade taxonômica é acompanhada da perda de diversidade filogenética em ambientes antropizados no Pampa. Além disso, indica que locais de campos naturais do Pampa, mesmo apresentando menor riqueza de espécies, apresentam semelhante diversidade filogenética que locais florestais.
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    Diversidade beta e fatores atuantes sobre a distribuição das comunidades de EPT (Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera) no contexto de paisagem fluvial
    (2023) Santos, Jhenifer Simões dos
    Ambientes aquáticos podem ser caracterizados como um contínuo gradiente de condições dinâmicas e heterogêneas, incluindo um mosaico de micro-habitats. Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT) são três ordens de insetos apontadas como modelos representativos dos padrões ecológicos ocorrentes na comunidade de macroinvertebrados. A diversidade beta (DB), aliada aos seus componentes de substituição e aninhamento e outras abordagens como LCBD (Local Contributions to Beta Diversity), um indicador comparativo da singularidade ecológica dos locais, possibilita integrar a atuação de fatores ambientais e a particularidade das espécies para melhor compreensão da DB. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar a diversidade beta e seus componentes na comunidade de EPT em diferentes microhabitats, sendo eles SCO (areia e argila), PED (cascalho, seixo e matacão), FRA (folhas de fluxo rápido) e FRE (folhas de remanso) de riachos da Bacia Hidrográfica do Paraná 3 (BP3). Para isso, foram realizadas coletas em doze riachos da BP3, com o auxílio do amostrador tipo Surber em quatro tipos de substratos em tréplicas, categorizados em SCO, PED, FRA e FRE. Os valores de DB foram estimados para o conjunto de micro-habitats e para cada categoria definida e posteriormente, foram particionados nos componentes de substituição e aninhamento. A distribuição dos gêneros de EPT entre micro-habitats foi testada por meio da análise de variância permutacional multivariada (PERMANOVA). O índice de valor indicador (IndVal) foi executado para apontamento de possíveis gêneros indicadores em cada microhabitat. Realizamos também uma análise de dispersão permutacional multivariada (PERMDISP) em combinação com a análise de coordenadas principais (PCoA), sequencialmente testada pela análise de variância (ANOVA). Os valores de LCBD também foram calculados para cada micro-habitat, bem como, a relação entre LCBD e riqueza e LCBD e as variáveis ambientais selecionadas, dentre elas parâmetros físico-químicos da água. A DB foi maior na categoria SCO onde teve também maior contribuição da substituição, FRA apresentou menor DB e maior aninhamento. A PERMANOVA demonstrou efeito significativo na mudança de composição de gêneros entre os micro-habitats avaliados. O IndVal apontou gêneros associados a cada microhabitat, em SCO (Apobaetis), PED (Camelobaetidius), FRA (Anacroneuria e Chimarra) e FRE (Phylloicus, Ulmeritoides e Triplectides). Conforme a ANOVA, verificamos que não existe diferença significativa de dispersão entre as quatro categorias de micro-habitat, avaliadas pela PERMDISP em combinação com a PCoA. Em um padrão geral, o LCBD foi maior em pontos mais degradados, independentemente do tipo de micro-habitat amostrado. LCBD e riqueza apresentaram relação significativa apenas na categoria FRE. Por fim, em nenhuma das categorias de micro-habitat testados existe uma relação significativa entre variáveis ambientais e LCBD. A partição da DB em seus componentes, aliada a abordagem de LCBD, auxiliaram na compreensão de padrões ecológicos em escalas locais, mostrando-se uma ferramenta eficaz na avaliação da biodiversidade da BP3 e um apontador na tomada de decisões relacionadas a definição de áreas prioritárias para conservação.
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    Direccionalidad, tiempo y tasa de los eventos de dispersión de linajes de Triatominae (Insecta: Hemiptera) entre biomas en el nuevo mundo
    (2022) Barrera Cardozo, Marina de la
    Los Triatominae componen la única subfamilia de Reduviidae (Hemiptera: Heteroptera) que se alimentan casi exclusivamente de sangre de vertebrados, y todas sus especies son vectores potenciales de la enfermedad de Chagas. Las especies del Nuevo Mundo habitan una variedad de ambientes tropicales, subtropicales y templados. Su distribución se extiende desde el sur de Estados Unidos hasta la Patagonia. Nuestro objetivo consistió en estimar la dirección, el tiempo y la frecuencia de la dispersión de los linajes de los Triatominae en el nuevo mundo como una forma de comprender la macroevolución de este grupo. Inferimos estos eventos mediante modelos de dispersión-extinción-cladogénesis. Analizamos la distribución geográfica actual de las especies en base a DataTri, una base de datos georreferenciada de especies de triatominos americanos, y una filogenia molecular calibrada en el tiempo más reciente (63 especies). Asumimos los biomas del Neotrópico como unidades biogeográficas e incluimos las regiones Andina y Neárticas (12 unidades). Pusimos a prueba ocho modelos de rutas de dispersión, seis de ellos en base a restricciones cis y trans climáticas en relación a la humedad y la temperatura, un modelo estratificado en base a la paleogeografía y evolución de los biomas neotropicales, y otro en base a rutas irrestrictas. El modelo más adecuado fue el basado en la “paleogeografía y evolución de los biomas neotropicales”. A partir del cálculo de la dirección, tiempo y frecuencia de los 127 eventos de dispersión estimados por este modelo, concluimos que la dirección de estos eventos fue fuertemente asimétrica, teniendo como principales fuentes al “Cerrado y Chaco” (CEC), seguidas por el “Norte Seco de Sudamérica” (DNO) y Mesoamérica (MES), que coinciden con las áreas ancestrales estimadas para los tres grandes linajes de Triatominae estudiados. Las frecuencias relativas de estas dispersiones estuvieron marcadas por tres grandes picos. El primer y último pico de dispersiones se corresponden con el descenso gradual de las temperaturas a partir de los Óptimos climáticos del Eoceno temprano y del Mioceno medio. El segundo pico de dispersiones ocurrió en una fase de relativa estabilidad climática entre 30 y 20 Ma y se caracterizó por incluir dispersiones a larga distancia entre MES y CEC, y MES y WIN (Caribe). El ultimo pico de dispersiones abarcó el 82% de las dispersiones estimadas por el modelo. A partir del análisis de las principales rutas de dispersión concluimos que la evolución de los Triatominae (principalmente en el Neotrópico) estuvo fuertemente relacionada con la orogénesis de los Andes y la evolución biogeográfica de la cuenca Amazónica en los últimos 52 Ma. La mayoría de las especies respondieron como especies con constancia de nicho ante los cambios climáticos y del paisaje a través del tiempo. Estos resultados son de gran importancia para el entendimiento de la macroevolución de los Triatominae y, potencialmente, para influir en la toma de decisiones respecto a estrategias de salud pública.
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    Invasão biológica e saúde: contribuição de plantas não nativas na incidência de organismos associados à transmissão de doenças
    (2023) Denóbile, Camila; Matos, Dalva; Corriale, María José
    Espécies invasoras podem causar drásticas mudanças no ambiente e alterar a dinâmica de interações ecológicas. Com o crescimento no número de espécies introduzidas em todo o mundo, principalmente devido a perturbações ambientais e intervenção humana, os impactos negativos para a saúde humana e de outros animais poderão ser intensificados. Diante desse campo de pesquisa ainda recente, pretendemos investigar como o processo de invasão pode mudar a dinâmica de interações entre as espécies em um novo ambiente. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar o potencial risco de plantas invasoras para a saúde, em um contexto de Saúde Única (One Health). Assim, no primeiro capítulo realizamos um estudo cienciométrico das publicações científicas que abordam a temática, avaliando qualitativamente como as pesquisas debatem a complexa relação entre vegetações invasoras e organismos envolvidos na transmissão de doenças. Foram obtidos 36 artigos nas bases Web of Science e Scopus, publicados entre 2005 e 2022, com um aumento considerável de estudos nos últimos dez anos e uma expressiva participação dos Estados Unidos no cenário científico mundial. Constatou-se que, em geral, maiores concentrações de patógenos, vetores e hospedeiros de doenças foram relacionados a comunidades estruturalmente alteradas, o que pode tornar o habitat propício para a propagação de doenças. No segundo capítulo, buscamos compreender aspectos da dinâmica populacional de carrapatos em áreas invadidas e não invadidas no campus da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), testando alguns fatores que podem influenciar variações na abundância de indivíduos do gênero Amblyomma. Utilizamos dados de dois métodos de coleta de carrapatos realizados entre os anos de 2018 e 2019, comparando as parcelas de vegetação e flutuações populacionais ao longo de um ano (estações seca e chuvosa). Foi implementado um modelo linear generalizado misto (GLMM) com distribuição binomial negativa para verificar se há efeito considerável do tipo de vegetação na variável resposta. Foi confirmada uma relação significativa entre a dominância de espécies invasoras na mata ripária e a abundância de carrapatos, sobretudo a presença da espécie Hedychium coronarium se destacou nos resultados obtidos pela análise, apresentando os maiores números de carrapatos encontrados. A evidente associação entre a vegetação invadida e a maior quantidade de carrapatos é particularmente relevante, visto que estes invertebrados são um dos principais vetores de doenças infecciosas para seres humanos e outros animais. Dado que as áreas dominadas pela invasora também já foram associadas à presença de animais que hospedam o vetor, estes se tornam ambientes altamente propensos à infestações. Esperamos que os resultados obtidos nesse trabalho, futuramente, possam guiar novas pesquisas neste cenário de invasão biológica e doenças, além de embasar estratégias de controle de invasoras e o gerenciamento de políticas públicas.
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    Anacardiaceae, Meliaceae y Sapindaceae (Sapindales) en el Bosque Atlántico del Alto Paraná
    (2021) Panizza, Adela María
    El Bosque Atlántico del Alto Paraná (BAAP) se ubica en la porción sudoeste de la ecorregión del Bosque Atlántico, uno de los hotspots de biodiversidad, actualmente queda solo un 5% con estado de conservación y fragmentación diferentes por particularidades históricas, productivas y demográficas en el oeste de Paraguay, sur de Brasil y noreste de Argentina. Dentro del BAAP se encuentran el Parque Nacional do Iguaçu (ParNa Iguaçu) en Brasil y el Parque Nacional Iguazú (ParNa Iguazú) en Argentina, dos de los pocos remanentes y los más extensos que conforman el área de conservación más importante con protección total. El ParNa Iguazú y el sur y centro del ParNa Iguaçu conservan la Floresta Estacional Semidecidual (FES), y al norte del ParNa Iguaçu se encuentra la Floresta Ombrófila Mista (FOM). A pesar de la importancia de los relevamientos locales para la conservación de la biodiversidad, actualmente hay poca información sobre la flora de ambos parques. El objetivo de este trabajo fue realizar un relevamiento florístico de las familias Anacardiaceae, Meliaceae y Sapindaceae del orden Sapindales en el ParNa Iguaçu y en el ParNa Iguazú. Se realizaron colectas mensuales desde 03/2019 a 02/2020 y esporádicas de 11/2020 a 09/2021 en los principales senderos de ambos parques, las cuales se depositaron en el herbario EVB los ejemplares del ParNa Iguaçu; y en los herbarios CTES y SI los del ParNa Iguazú. También se visitaron los herbarios CTES, EVB, MBM, UNOP y UPCB, así como las plataformas virtuales Reflora, SpeciesLink, Jabot y Documenta Florae Australis. Se encontraron un total de cuatro especies de Anacardiaceae, 11 de Meliaceae y 24 de Sapindaceae distribuídas en cuatro, cinco y nueve géneros, respectivamente. Para ambas áreas protegidas, se encontraron 15 géneros y 24 especies nativas en común. Solamente se encontraron en el ParNa Iguazú a Cardiospermum corindum, Serjania glutinosa, Thinouia ventricosa y Urvillea uniloba. Mientras que Allophylus petiolulatus, Cardiospermum halicacabum, Guarea guidonia, Lithraea molleoides, Serjania caracasana, Serjania hatschbachii, Serjania multiflora y Trichilia 10 pallens, se encontraron solamente en el ParNa Iguaçu. Además, se encontraron tres especies exóticas cultivadas, siendo Mangifera indica y Spondias purpurea solamente en el ParNa Iguaçu y Melia azedarach en ambos parques. Las especies nativas de Anacardiaceae, siete especies nativas de Meliaceae, Cupania vernalis, Matayba elaeagnoides, Paullinia meliifolia, Serjania glabrata y Serjania laurotteana fueron encontradas en FES y en FOM, mientras que el resto de las 19 especies de Sapindaceae, Guarea guidonia y Trichilia pallida se encontraron solamente en FES; y Trichilia pallens solamente en FOM. Los resultados de este trabajo registraron una nueva cita de Serjania hatschbachii y la confirmación de Trichilia pallens para el extremo Oeste de Paraná en el ParNa Iguaçu. Actualmente, solo 11 especies fueron categorizadas en su estado de conservación, mientras que 24 especies siguen sin evaluarse. De las especies categorizadas, Serjania hatschbachii especie endémica de Brasil, ha sido categorizada como en peligro crítico y Cedrela fissilis como vulnerable. Ampliar el conocimiento de la biodiversidad local es de vital importancia para entender la dinámica y estructura de las comunidades del Bosque Atlántico e implementar medidas para su conservación y manejo.
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    Levantamento Florístico de Macroalgas de Riachos do Leste do Paraguai
    (2022) Auricchio, Marina Ramos; Orientação; Peres, Cleto Kaveski; Necchi Jr, Orlando
    As informações sobre todos os aspectos da biodiversidade são tipicamente tendenciosas taxonomica, geografica e temporalmente, o que reflete no conhecimento desigual entre os organismos e as áreas da biologia. No Neotrópico, um cenário semelhante é encontrado, onde a diversidade taxonômica da região é geralmente subestimada. Na América do Sul, a maior parte da pesquisa envolvendo algas de águas continentais tem sido conduzida no Brasil e Argentina, com comparativamente poucos estudos publicados em outros países. O Paraguai, por sua vez, é um dos países sul-americanos que possuem o menor número de trabalhos envolvendo algas. Além da escassez de estudos, uma distribuição geográfica não uniforme desses estudos é perceptível. Ao se comparar a riqueza entre os países sul-americanos, o Paraguai é, provavelmente, o que apresenta a flora ficológica menos conhecida, e não apresenta nenhum trabalho cujo foco exclusivo seja macroalgas de ambientes lóticos. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo contribuir com o conhecimento da flora de macroalgas de riachos do leste do Paraguai por meio de um levantamento taxonômico. Para tanto, foram amostrados 18 segmentos de riachos em três campanhas de coletas (fevereiro, julho e novembro de 2019). A coleta das amostras de macroalgas foi conduzida de acordo com a técnica da transecção e conjuntamente foram tomadas medidas das principais variáveis ambientais. Os espécimes foram armazenados em formaldeído 4% e levados ao laboratório, onde foram identificados no menor nível taxonômico possível. Para todos os táxons foram apresentadas informações taxonômicas, descrições, localização com coordenadas geográficas, características ambientais do local de coleta, considerações taxonômicas (quando necessários) e suas respectivas fotomicrografias. No total, foram identificados 44 táxons infragenéricos de macroalgas pertencentes a seis divisões. As divisões mais representativas neste estudo foram Cyanobacteria (31,8% dos táxons amostrados) e Chlorophyta (29,6%). Do total de táxons amostrados, 31 deles consistem em novos registros para o Paraguai, e 33 novos registros para a Bacia Hidrográfica do Alto Paraná. Conjuntamente, uma espécie dentre as amostradas é potencialmente nova para a ciência. Os resultados obtidos por este levantamento taxonômico foram de grande contribuição para a diminuição dos déficits de conservação da biodiversidade, o Déficit Linneano, e principalmente, o Déficit Wallaceano.
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    Variables Ambientales que Determinan la Estructura del Ensamblaje de Peces de la Cuenca del Paraná 3
    (2021) Huatatoca Vargas, Pilar Mireya; Orientação
    Se realizó el levantamiento de la ictiofauna de la Cuenca del Paraná 3 (BP3, abreviatura en portugués), para evaluar las variables ambientales en diferentes categorías espaciales que estarían determinando la diversidad de peces en la cuenca, ya que los factores ambientales y espaciales se conocen como los principales determinantes de la variación en los ensamblajes en los organismos acuáticos, además de los factores de uso y ocupación del suelo, que pueden interactuar con los procesos locales y regionales para regular los patrones de estructura comunitaria. Así, los objetivos de este trabajo fueron: Caracterizar la riqueza y abundancia (absoluta y relativa) de la ictiofauna de la BP3; y, determinar, cual o cuales variables ambientales de diferentes categorías espaciales afectan el ensamblaje de peces. Para lo cual se seleccionó 17 locales de colecta a lo largo de la BP3 con diferentes porcentajes de uso y ocupación de suelo. Fueron colectados 17 variables ambientales que representaban tres categorías espaciales determinadas como: Paisaje, estructura del riachuelo y físico químico del agua, junto con predictores espaciales como covariable (valores obtenidos de autovectores espaciales, del analizando los dbMEMs). Se registró 5474 individuos pertenecientes a 39 especies. Con apenas 7 especies más abundantes dentro de la cuenca, siendo estas: Heptapterus mustelinus, Ancistrus sp, Bryconamericus aff. iheringii, Trichomycterus davisi, Psalidodon aff. paranae, Characidium aff. zebra,y Knodus moenkhausii, y 32 especies con menos de 165 individuos. Considerando el conjunto de variables ambientales utilizadas para evaluar que categoría espacial (paisaje, estructura del riachuelo, físico-químico) determina la ictiofauna de la cuenca, no fue alcanzado, al parecer siendo una configuración de estructuración espacial por algún factor ambiental, según el análisis de Partición Jerárquica. Sin embargo, la variable área de agricultura (AGRI), es la que tiene mayor influencia en determinar la composición de la ictiofauna de la cuenca que es bastante modificada para el uso agropecuario en el último siglo, según los resultados encontrados con el Análisis de Redundancia Canónica (RDA) con Pr(>F) = 0.04 de significancia estadística.
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    Sinopse Taxonômica de Bignoniaceae, Plantaginaceae e Scrophulariaceae (Lamiales) nos Parque Nacionais do Iguaçu e Iguazú (Brazil e Argentina)
    (2022) Hentz Júnior, Elmar José; Pires Lima, Laura Cristina; Orientação
    Apesar da Argentina e do Brasil estarem entre os países com a maior riqueza de plantas vasculares no mundo, a flora de ambos permanece pouco estudada, especialmente nas áreas de Floresta do Alto Paraná. Uma parte desta formação florestal é mantida conservada no oeste do Paraná e na província de Misiones, região onde se encontram os Parques Nacionais do Iguaçu e Iguazú. Assim, tendo em vista a baixa quantidade de estudos florísticos realizados nestes parques, realizamos a sinopse taxonômica das famílias Bignoniaceae, Plantaginaceae e Scrophulariaceae dos Parques, dando continuidade aos estudos da Ordem Lamiales nos mesmos. Apresentamos chaves de identificação, ilustrações e pranchas de fotos, comentários sobre a distribuição das espécies, seu habitat e fenologia, com o objetivo de enriquecer o conhecimento acerca da diversidade vegetal da região. Entre as três famílias 41 espécies foram aqui estudadas. Bignoniaceae é a família com a maior riqueza representada por 29 espécies, seguida de Plantaginaceae com 10 e Scrophulariaceae com duas. Para Bignoniaceae os gêneros Dolichandra e Fridericia foram os que apresentaram maior riqueza, com cinco espécies cada. Para Plantaginaceae o gênero com maior riqueza é Stemodia com quatro espécies e para Scrophulariaceae. Vale ressaltar a presença de espécies classificadas com algum grau de perigo e que são encontradas nos parques, sendo, Handroanthus impetiginosus e Mecardonia grandiflora listadas como quase ameaçada, e Stemodia hyptoides como vulnerável. Desta maneira, nossos resultados demonstram a importância de se expandir o conhecimento sobre a flora da região, contribuindo para a manutenção de planos de manejo e facilitando projetos de conservação.
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    Diversidade de Fungos em Solo Contaminado com Atrazina: Dinâmica da Comunidade Fúngica em Microcosmos
    (2022) Fernanda da Silva, Gessyca; Orientação
    A atrazina (ATZ) é um herbicida usado em larga escala na agricultura Brasileira, apesar de afetar a estabilidade dos ecossistemas e a saúde humana. Sua degradação ocorre naturalmente no solo por fatores abióticos e bióticos. E embora haja grandes progressos em direção ao conhecimento sobre a degradação bacteriana da ATZ, muitas perguntas permanecem sem resposta sobre esse herbicida e a comunidade de fungos in situ. O objetivo desse trabalho foi avaliar a dinâmica da comunidade fúngica de um solo agrícola com cultivo de milho, com histórico de aplicação de ATZ da Bacia do Paraná 3, Brasil. Nove microcosmos foram preparados com 500 g de solo e organizados em três sistemas: controle (sem adição de ATZ), T1 (suplementado com 300 ng de ATZ Kg-1 de solo) e T2 (suplementado com 3000 ng de ATZ Kg-1 de solo), em triplicata. Os microcosmos foram incubados a 28°C, e o isolamento realizado a cada sete dias, durante 28 dias (0, 7, 14, 21, 28), em meio de cultivo Extrato de Malte 2% (MA2) e MA2 suplementado com guaiacol (para isolamento de fungos ligninolíticos, MA2G). A amostra de solo antes da montagem dos microcosmos apresentou 0,02 mg ATZ Kg-1 de solo e entre os fatores químicos e físicos avaliados destaca-se o pH alcalino e alta concentração de P. Os isolados foram caracterizados morfologicamente para obter o número de morfoespécies e o sequenciamento da região ITS do DNAr permitiu a identificação taxonômica da comunidade geral (meio de cultivo MA2) e comunidade ligninolítica (meio de cultivo MA2G com atividade enzimática). No total foram isolados 114 morfoespécies, destes 52% ocorreram em mais de um tratamento, 38% aparecem uma única vez e 27% das morfoespécies ocorreram em todos os tratamentos. Na comunidade ligninolítica 24 morfoespécies apresentaram atividade, sendo 63% exclusivas dos tratamentos com adição de ATZ (T1 e T2). Não foram encontradas diferenças significativas na riqueza de morfoespécies. Por outro lado, a adição de ATZ em baixas concentrações pode desencadear respostas diferentes em relação à composição da comunidade. Para os fungos ligninolíticos, a adição de ATZ resultou em um efeito positivo sobre a comunidade, indicando, possivelmente, sua relação com a degradação natural do defensivo químico. Houve predominância de fungos do filo Ascomycota e um processo de sucessão biológica foi identificando, destacando alguns gêneros de maior impacto, principalmente entre o sétimo e o 14º dia. Com isso, nosso estudo contribui para a compreensão da diversidade de fungos no solo, importante para uma melhora na qualidade do solo em solos contaminados com ATZ na produtividade dos ecossistemas agrícolas.
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    Delimitação Específica de Duas Espécies Nominais de Xylocopa (Neoxylocopa) Michener, 1954 por meio de Dados Morfológicos e Moleculares
    (2020) Agostini, Júlia; Orientação
    Xylocopa nigrocincta Smith, 1854 e Xylocopa suspecta Moure & Camargo, 1988 são duas espécies nominais encontradas dentro subgênero Neoxylocopa Michener, 1954, que é um dos mais diversos do gênero. As espécies nominais apresentam distribuições geográficas em grande parte simpátricas, podendo ser encontradas desde o sul até o norte do Brasil. A primeira é diagnosticada pela presença das faixas ferrugíneas metassomais, enquanto a outra é inteiramente preta. Apesar dessa distinção morfologica, um estudo publicado levantou a hipótese de que as duas poderiam ser, na verdade, uma mesma entidade evolutiva e, portanto sinônimos. O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise da identidade dessas espécies nominais, por meio de dados morfológicos e moleculares para avaliar a hipótese de que não se tratam de duas linhagens evolutivas distintas. Fêmeas das duas espécies foram obtidas por empréstimos de museus e coleções representando grande parte da distribuição dos morfotipos. Também foram realizadas coletas nos estados do Pará, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Os espécimes foram associados às espécies nominais por meio de chaves de identificação para o subgênero Neoxylocopa. Caracteres diagnósticos adicionais na morfologia externa foram procurados. Os fragmentos das regiões mitocondriais Citocromo c oxidase subunidade I (COI) e Citocromo B (CytB) foram sequenciados, editados e analisados. Com as sequências finais foram obtidas estimativas de distâncias genéticas, sendo utilizados os diferentes morfotipos como critério de agrupamento, incluindo representantes do grupo externo. Filogenias por inferência bayesiana para ambos os fragmentos de genes foram reconstruídas e posteriormente, determinados os números de haplótipos, sítios polimórficos e confeccionada a rede de haplótipos. Os mapas de distribuição foram feitos para diferentes morfotipos encontrados, incluindo dados conferidos e de referências bibliográficas selecionadas. Foi observada variação contínua no número de faixas ferrugíneas metassomais, sendo possível encontrar morfotipos desde inteiramente pretos até com seis faixas. O padrão de pontuação do segundo tergo metassomal variou entre muito esparso, esparso e moderadamente denso nos dois morfotipos. Variação na forma da placa basitibial e a cor do brilho metálico das asas também foram observadas em ambas as formas. Os haplótipos mais frequentes, tanto para COI como para CytB, estiveram representados em ambos morfotipos de coloração. As sequencias de COI e CytB para ambas as formas apresentaram baixa distância genética, exceto por um indivíduo do Pará. As hipóteses filogenéticas para os dois marcadores apresentaram várias politomias no grupo interno e sem agrupamento por morfotipos. Os clados formados para a região de COI possuem baixo valor de bootstrap, mostrando como as topologias dentro do grupo interno são incertas, mas sendo o grupo interno bem suportado pelo seu nó ancestral. As evidências não suportam a hipótese de que as duas espécies nominais são linhagens evolutivas distintas, sendo proposta a sinonímia entre X. nigrocincta e X. suspecta.