BC - Dissertação
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Navegando BC - Dissertação por Autor "Barbosa, Thiago Luis de Andrade"
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Item Avaliação do Uso de Opioides em Serviço de Urgência e Emergência no Município de Foz do Iguaçu-PR(2022) Francellino, Márcia Andréa Marques; Barbosa, Thiago Luis de AndradeNo Brasil, no âmbito do SUS, os principais opióides ofertados são o tramadol, morfina e fentanil, que são amplamente utilizados em serviços de urgência e emergência. A prescrição desses fármacos deve ser baseada em critérios de racionalidade, efetividade e segurança. O objetivo deste estudo foi analisar as prescrições de analgésicos opióides fentanil, morfina e tramadol, em uma Unidade de Pronto Atendimento, segundo os critérios de uso racional de medicamentos, bem como avaliar o perfil farmacoepidemiológico dos pacientes atendidos. O estudo se caracteriza como transversal analítico, realizado com 1.693 prontuários compreendidos no período de 2018 a 2020 considerando-se erro amostral de 5%, nível de confiança de 95% e admitindo-se distribuição heterogênea de 50%. Foi realizada análise bivariada com uso do quiquadrado (χ2 ) para verificar associação da prescrição de opióides e os fatores associados à prescrição. Foi verificada a normalidade da distribuição das variáveis numéricas através do teste de Kolmogorov-Smirnov. Nas variáveis que apresentaram distribuição normal, aplicou-se a Análise de Variância (ANOVA) com teste Pos-hoc de Tukey. O nível de significância adotado foi de 5%. O analgésico opióide mais consumido foi o Cloridrato de Tramadol. Houve maior frequência de indivíduos do sexo feminino. A faixa etária acima dos 60 anos foi a que mais consumiu medicação e 39,1% dos pacientes receberam analgesia concomitante de outras classes analgésicas, principalmente AINES. As queixas mais relatadas foram de dores relativas aos sistemas osteoarticular, gastrointestinal e urinário, e relacionadas a dores inespecíficas. As doenças crônicas mais recorrentes foram diabetes, hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica e cardiopatias. As enfermidades associadas ao estilo de vida mais comuns foram tabagismo e etilismo. Na amostra analisada, a prescrição de opioides foi realizada sem observação dos critérios técnicos-científicos de escalonamento de analgesia recomendados pela OMS. A análise dos prontuários apontou grande diversidade nos critérios prescricionais de opioides, tendendo a irracionalidade da prescrição. Pode-se concluir que a ausência de critérios de prescrição objetivos é um dos principais motivos que leva a uma prescrição irracional. A falta de conhecimento técnico sobre esta classe analgésica afeta a prescrição, compreensão do paciente e a redução de danos relacionados a estes fármacos. Por outro lado, os dados analíticos e de vigilância sanitária disponíveis sobre o uso de opióides, no Brasil, são limitados e insuficientes, principalmente, no que tange ao serviço de urgência e emergência, dificultando o levantamento epidemiológico e a construção de elementos para serem utilizados em saúde baseada em evidências.Item Perfil das Prescrições de Antimicrobianos e Prevalência de Microrganismos Resistentes em Unidade de Terapia Intensiva(2022) Vieira, Lenir Maschio; Barbosa, Thiago Luis de AndradeA infecção hospitalar é considerada um desafio para a assistência à saúde e a resistência antimicrobiana está avançando vertiginosamente. Conhecer a epidemiologia das infecções nas instituições hospitalares, o consumo dos antimicrobianos e o perfil das prescrições é extremamente necessário para o desenvolvimento de medidas de prevenção e tratamento. O objetivo deste estudo foi analisar o perfil das prescrições dos antimicrobianos de maior consumo e a prevalência de microrganismos multirresistentes em Unidade de Terapia Intensiva, sob a perspectiva do uso racional e do perfil farmacoepidemiológico. Trata-se de estudo transversal, realizado entre 2017 e 2019. Foram analisados os dados de 240 pacientes que estiveram internados em Unidade de Terapia Intensiva Adulta 1(UTI-1) em Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil. Os dados foram coletados a partir dos prontuários dos pacientes, da farmácia do hospital, nos quais apresentava o consumo dos antimicrobianos, tempo de uso e internamento, através de relatórios gerados pelo software de gestão hospitalar. Foram calculadas as frequências absolutas e relativas das variáveis de sexo e idade, utilizado o teste qui-quadrado (χ2) de Pearson considerando dados categóricos para avaliar sexo e evolução associadas a infecção por microrganismos. Foi registrada diferença entre pacientes masculinos e femininos (χ2 = 6,62; p = 0,01) do total de pacientes que apresentaram infecção por microrganismos a maioria foi do sexo feminino (53,49%) enquanto os que não apresentaram infecção foram masculinos (63,64%). Para mensurar o perfil de consumo, foi realizado o cálculo da dose diária dispensada (DDD). Foi utilizada a análise de variância (ANOVA) para verificar se ocorreu variação da DDD entre os anos e antimicrobianos utilizados. Todas as análises foram realizadas no Microsoft Office Excel 2010 e software R 4.02. O nível de significância adotado foi de 5%. Foram identificados 42 antimicrobianos prescritos para o tratamento de infecções. Dos 86 pacientes (35,83%) com infecção por microrganismos, foram identificados microrganismos Gram negativos (15,82%) e Gram positivos (10,43%). A maior prevalência entre os sítios de infecção dos pacientes internados foi pneumonia associada à ventilação mecânica (45,83%), seguida de infecção do trato urinário associado à sonda vesical de demora (21,25%). Dos antimicrobianos analisados, o mais solicitado foi a Piperacilina + Tazobactam (13,57%), seguido por Meropenem (11,02%). As classes terapêuticas de maior consumo observadas neste estudo foram de Beta-Lactâmicos (Ceftriaxona, DDD 458,46), Glicopeptideos (Meropenem DDD 454,28) e Oxazolidinonas (Linezolida DDD 352,94). Os resultados indicaram que as prescrições foram realizadas corretamente conforme as normativas vigentes. Porém, por outro lado, a quantidade de antimicrobianos prescrita (média de 4,6 antimicrobianos por paciente, 21,86%) foi acima da recomendada (menor que 20%), o que pode implicar no desenvolvimento de resistência e, consequentemente, a predisposição a desenvolver novas infecções.