O duplo temporal em Invenção e Memória, de Lygia Fagundes Telles

dc.contributor.advisorGebra, Fernando de Moraes
dc.contributor.authorSantos, Willian Fragata dos
dc.date.accessioned2017-02-10T17:27:13Z
dc.date.available2017-02-10T17:27:13Z
dc.date.issued2012-06-05
dc.descriptionAnais do I Encontro de Iniciação Científica e de Extensão da Unila - Sessão de Literatura - 05/06/12 - 14h00 às 18h00 - Unila-Centro - Sala 17 - 3o Pisopt_BR
dc.description.abstractCentrado no estudo das narrativas breves inseridas em Invenção e memória (2000), de Lygia Fagundes Telles, o presente projeto parte da fortuna crítica já existente acerca da produção literária da autora, para contribuir com os estudos dessa obra, que até então teve pouca visibilidade dada sua recente publicação. Respaldado nas proposições teóricas da Semiótica greimasiana e nas concepções filosóficas de Clément Rosset, os estudos se orientam em vias de encontrar nessa narrativa lygiana as marcas dos desdobramen - tos no nível discursivo - as categorias de enunciação de pessoa, tempo e espaço -, para demonstrar de que maneira interagem na construção identitária de suas personagens. O tema mítico do duplo, como fenôme - no reincidente nas culturas e nos tempos, sempre foi uma constante do pensamento humano. Com o alvo- recer da modernidade, onde a identidade é fragmentária e requer mutabilidade para concorrer com os di - ferents espaços da vida moderna, ele parece mais forte e evidente. Em LFT, essa característica é ressalta - da graças ao seu estilo, que da ao drama psicológico das personagens uma intensidade peculiar na literatu - ra latino-americana. Tal aspecto permite uma ótica sobre o palco em que jogam diferentes elementos de constituição da personalidade, sobretudo a memória. A obra contemplada por este trabalho apresenta nar - rativas em que os relatos de cada narrador admitem tamanha intimidade com suas lembranças que os tor - nam indivíduos imersos na temporalidade. Tal relação estreita com a memória propicia momentos em que presente e passado se confundem. O resultado é uma atmosfera mágica e misteriosa, onde o subjetivo e o irracional são as "moedas fortes" da narrativa ("A chave na porta", "Suicídio na granja") e ajudam à pen - sar a identidade do sujeito, mesmo quando ameaçada por um passado oblíquo ("Se és capaz") ou por uma experiência dolorosa ("Nada de novo na frente ocidental"). No processo da rememoração desses narrado - res ou dessas personagens que contam, destaca-se a relação entre a ilusão psicológica e o tema do duplo; a expectativa em reaver as lembranças em sua integridade pede um duplo, mas essa busca encontra barrei - ras onde previa Freud, isto é, nas lacunas da memória, mas em contra parte abre espaço para a invenção.pt_BR
dc.description.sponsorshipUniversidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)pt_BR
dc.identifier.urihttps://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/800
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsopenAccess
dc.subjectLygia Fagundes Telles (1923-) - escritora brasileirapt_BR
dc.subjectLiteratura
dc.titleO duplo temporal em Invenção e Memória, de Lygia Fagundes Tellespt_BR
dc.typeconferenceObjectpt_BR

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