Os guarani transfronteiriços: a realidade de quem existe sem existir
dc.contributor.author | Cavalcante, Thiago Leandro Vieira | |
dc.date.accessioned | 2017-03-13T14:46:12Z | |
dc.date.available | 2017-03-13T14:46:12Z | |
dc.date.issued | 2013-11-07 | |
dc.description | I Congresso Internacional América Latina e Interculturalidade: América Latina e Caribe: cenários linguístico-culturais contemporâneos, 07, 08 e 09 de novembro de 2013 - UNILA | pt_BR |
dc.description.abstract | O trabalho discute a situação dos Guarani transfronteiriços, principalmente daqueles que vivem no estado brasileiro de Mato Grosso do Sul, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, no diz respeito a situação de indocumentação e das consequentes dificuldades enfrentadas por esses indígenas para o acesso às diversas políticas públicas. Observase que os Kaiowá e os Guarani Ñandeva frequentemente têm sua nacionalidade questionada pela população envolvente e pelos governos nacionais do Brasil e do Paraguai. No Brasil, os militantes ruralistas propagam o discurso de que os indígenas falantes da Língua Guarani são na verdade paraguaios, o que, em sua visão, deslegitimaria as reivindicações por demarcações de terras de ocupação tradicional indígena. Com a negação de uma identidade nacional tentase suprimir um direito constitucional embasado em critérios ligados a identidades étnicas. A negação da identidade nacional desdobrase na negação de uma série de outros direitos garantidos pela Constituição Federal Brasileira de 1988. Observase que a língua indígena aí é utilizada como instrumento de negação de uma identidade nacional brasileira, a qual seria ratificada pelo domínio da língua portuguesa numa tentativa de reprodução do mito do monolinguismo brasileiro. Em 2010, uma iniciativa que envolveu os Ministérios Públicos e algumas Universidades da Argentina, do Brasil e do Paraguai propôs ao governo brasileiro via os mecanismos de integração do MERCOSUL a criação de uma nacionalidade cumulativa para os membros dos grupos indígenas transfronteiriços, proposta essa que não foi levada a diante pelo governo da presidente Dilma Rousseff. Dessa forma, mais um dos princípios da Convenção no 169 da OIT está sendo ignorado, qual seja: o que prevê que os governos devem favorecer os contatos entre os povos que vivem nas regiões de fronteira. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/1460 | |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | openAccess | |
dc.subject | Guarani - Língua | pt_BR |
dc.subject | Nação transfronteiriça | pt_BR |
dc.subject | Integração | pt_BR |
dc.title | Os guarani transfronteiriços: a realidade de quem existe sem existir | pt_BR |
dc.type | conferenceObject | pt_BR |
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