Os esmartes olhos de Diadorim: presença/ausência da palavra “esmartes” nas traduções de Grande sertão: veredas para o espanhol
Carregando...
Data
2016-08
Autores
Carvalho, Leomir Silva de
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
UNILA
Resumo
Grande sertão: veredas (1956), escrito por Guimarães Rosa, toma como eixo principal a linguagem.
Essa linguagem tornada opaca provoca no outro uma aproximação que não é definitiva e que
permite, portanto, a possibilidade de novas realizações ao longo do tempo. Quando o outro em
questão é o tradutor, o contato com a obra de partida pode suscitar um compromisso em revelar ou
esconder a opacidade inerente ao original. Para o espanhol, a obra ganhou duas traduções: a
publicada em 1967 na Espanha, traduzida por Ángel Crespo, e a publicada em 2009 na Argentina,
traduzida por Florencia Garramuño e Gonzalo Aguilar. Temse a noção de tradução transcriativa de
Haroldo de Campos como ideia chave para compreender a obra de chegada em sua autonomia e
potencial para compor respostas esteticamente produtivas. Dialogase também com Berman em seu
pensamento sobre a ética positiva da tradução em A prova do estrangeiro (2002). Com base na
análise da fortuna crítica do autor mineiro, destacase a palavra “esmarte” na descrição da
personagem Diadorim. “Esmarte” é identificada como um neologismo proveniente do inglês smart.
Castro, em Universo e vocabulário do Grande sertão (1982), afirma que a palavra provém do inglês,
podendo assumir os sentidos de vivo, picante, irônico, elegante. Martins, autora de O léxico de
Guimarães Rosa (2001), concorda com Castro e acrescenta a relação que a palavra possui com
“esmerado” e “esmeralda”. Observarseá como a ausência/ presença da palavra nas duas traduções
aponta para o original de maneiras distintas tornando patente a pluralidade inerente à origem
Abstract
Descrição
IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016
Palavras-chave
Grande sertão: veredas (1956), Guimarães Rosa - escritor brasileiro