Necropolítica e saúde: determinantes sociais, vulnerabilidades e práticas humanizadoras inspiradas por Nise da Silveira (1905-1999)

dc.contributor.authorMoraes, Morgana Naiara Barbosa
dc.contributor.authorCastro, Victor Bruno da Silva de
dc.date.accessioned2025-12-02T19:45:46Z
dc.date.available2025-12-02T19:45:46Z
dc.date.issued2025-12-02
dc.description.abstractO estudo teve como objetivo compreender as articulações entre poder, desigualdade e cuidado, evidenciando como as políticas e práticas em saúde podem tanto reproduzir estruturas necropolíticas quanto constituir formas de resistência e afirmação da vida. A metodologia adotada foi qualitativa, bibliográfica e documental, com base na revisão integrativa e na análise temática, articulando os referenciais de Achille Mbembe, Michel Foucault, Judith Butler e Nise da Silveira. Foram examinados textos teóricos, produções acadêmicas, documentos oficiais e registros institucionais, de modo a identificar como a gestão da vida e da morte se expressa nas políticas públicas, e como o cuidado humanizado se apresenta como contracorrente à lógica da exclusão. Os resultados evidenciaram que a necropolítica se manifesta na naturalização das desigualdades, na desassistência e na seletividade do acesso aos direitos, afetando principalmente grupos racializados, empobrecidos e marginalizados. Em contraponto, as práticas inspiradas em Nise da Silveira demonstram que o cuidado pode ser instrumento de resistência, promovendo reconhecimento, vínculo e liberdade por meio do afeto e da expressão simbólica. A análise revelou que o pensamento de Nise ultrapassa o campo clínico, tornando-se um referencial ético-político que inspira práticas e legislações em saúde mental para além do Brasil. Conclui-se que a integração entre crítica social e cuidado humanizador constitui caminho possível para enfrentar a necropolítica contemporânea, transformando o ato de cuidar em gesto de justiça, criação e defesa da vida. Resumen El estudio tuvo como objetivo comprender las articulaciones entre poder, desigualdad y cuidado, evidenciando cómo las políticas y prácticas en salud pueden tanto reproducir estructuras necropolíticas como constituir formas de resistencia y afirmación de la vida. La metodología adoptada fue cualitativa, bibliográfica y documental, basada en la revisión integrativa y el análisis temático, articulando las referencias de Achille Mbembe, Michel Foucault, Judith Butler y Nise da Silveira. Se examinaron textos teóricos, producciones académicas, documentos oficiales y registros institucionales, con el fin de identificar cómo se expresa la gestión de la vida y la muerte en las políticas públicas y cómo el cuidado humanizado se presenta como una contracorriente a la lógica de la exclusión. Los resultados evidenciaron que la necropolítica se manifiesta en la naturalización de las desigualdades, la falta de asistencia y la selectividad en el acceso a los derechos, lo que afecta principalmente a los grupos racializados, empobrecidos y marginados. Por el contrario, las prácticas inspiradas en Nise da Silveira demuestran que el cuidado puede ser un instrumento de resistencia, que promueve el reconocimiento, el vínculo y la libertad a través del afecto y la expresión simbólica. El análisis reveló que el pensamiento de Nise trasciende el ámbito clínico, convirtiéndose en un referente ético-político que inspira prácticas y legislaciones en materia de salud mental más allá de Brasil. Se concluye que la integración entre la crítica social y el cuidado humanizador constituye un camino posible para enfrentar la necropolítica contemporánea, transformando el acto de cuidar en un gesto de justicia, creación y defensa de la vida.
dc.identifier.urihttps://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9444
dc.subjectSilveira, Nise da, 1905-1999
dc.subjectpolíticas de saúde
dc.subjectpolíticas públicas
dc.subjectnecropolítica
dc.titleNecropolítica e saúde: determinantes sociais, vulnerabilidades e práticas humanizadoras inspiradas por Nise da Silveira (1905-1999)
dcterms.abstractThe study aimed to understand the links between power, inequality, and care, highlighting how health policies and practices can both reproduce necropolitical structures and constitute forms of resistance and affirmation of life. The methodology adopted was qualitative, bibliographic, and documentary, based on integrative review and thematic analysis, articulating the references of Achille Mbembe, Michel Foucault, Judith Butler, and Nise da Silveira. Theoretical texts, academic publications, official documents, and institutional records were examined to identify how the management of life and death is expressed in public policies and how humanized care presents itself as a countercurrent to the logic of exclusion. The results showed that necropolitics manifests itself in the naturalization of inequalities, lack of assistance, and selectivity in access to rights, mainly affecting racialized, impoverished, and marginalized groups. In contrast, practices inspired by Nise da Silveira demonstrate that care can be an instrument of resistance, promoting recognition, bonding, and freedom through affection and symbolic expression. The analysis revealed that Nise's thinking goes beyond the clinical field, becoming an ethical-political reference that inspires mental health practices and legislation beyond Brazil. It is concluded that the integration of social criticism and humanizing care is a possible way to confront contemporary necropolitics, transforming the act of caring into a gesture of justice, creation, and defense of life.

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Necropolítica e saúde_ determinantes sociais, vulnerabilidades e práticas humanizadoras inspiradas por Nise da Silveira (1905-1999).pdf
Tamanho:
1017.26 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1013 B
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: