Críticas e limites do Decolonialismo: uma leitura sobre Marxismo, antimarxismo e práxis.

dc.contributor.authorRecalcatti de Andrade, Aline
dc.date.accessioned2024-09-23T23:21:45Z
dc.date.available2024-09-23T23:21:45Z
dc.date.issued2024
dc.descriptionDissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Relações Internacionais da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestra em Relações Internacionais.
dc.description.abstractA teoria decolonial se propõe como uma nova forma de pensamento desligado de formas anteriores consideradas colonizadoras que, ao retomar o conhecimento de povos oprimidos desde a América Latina, colocaria em práxis uma nova radicalidade política de esquerda crítica e emancipatória. A presente dissertação tem como objetivo geral trazer uma crítica à teoria decolonial, com foco na sua crítica ao marxismo, para apontar os limites dessa suposta nova radicalidade política através da crítica teórica. A hipótese elaborada é que existem problemas teóricos e de práxis na teoria decolonial causada pelo seu antimarxismo. Esta pesquisa é realizada a partir do materialismo histórico, método da teoria marxista, como marco teórico principal. Trata-se de uma crítica de uma teoria em sua função social e histórica na economia política das ideias. Adota-se como pressuposto que teorias, ademais de seu poder explicativo da realidade social e o entendimento de suas possíveis limitações, também se refletem sobre as forças materiais com poder de transformação social. Foram delimitados três importantes e referentes autores decoloniais, para realizar um levantamento bibliográfico no primeiro capítulo: Aníbal Quijano, Walter Mignolo e Ramón Grosfoguel. Assim foi realizada a análise tanto das principais categorias, teses e origens que configuram a teoria decolonial de uma forma geral, quanto a delimitação desses três autores mais especificamente nas suas perspectivas sobre Marx, marxismo e lutas sociais, para observar quais são as propostas de transformação política elaborada por eles como contraponto ao marxismo. Feita a análise da relação entre marxismo, antimarxismo e práxis na teoria e conceitualização desses três autores, foi buscado desenvolver um segundo capítulo a partir do levantamento da bibliografia crítica à decolonialidade conjugada com a crítica desde o marxismo. Dada a pouca bibliografia existente de crítica à teoria decolonial, buscou-se trazer brevemente críticos, que também trazer a problematização das práticas políticas, à outras teorias antimarxistas, como a teoria pós-colonial anglófona e as teorias identitárias estadunidenses. Após isso, foi levantado dentro do pensamento social e político latino-americano críticas já existentes, relacionando as críticas marxistas, encontrando três pontos essenciais e relacionais para a crítica ao decolonialismo: crítica ao essencialismo, aos reducionismos teóricos e históricos e ao idealismo. Por fim, aborda-se uma análise sobre eurocentrismo, colonialismo e raça, para contrapor a crítica decolonial e ampliar a crítica crítica desde o marxismo. Justifica-se esse trabalho pela procura de contribuir à uma certa lacuna bibliográfica sobre os limites da teoria decolonial e como uma resposta às críticas feitas ao marxismo, principalmente sua suposta inutilidade como ferramenta teórico-política para realidades sociais periférica, como a latino-americana e caribenha, invalidando, assim, o uso desde a teoria para a prática política da luta de classes.
dc.identifier.urihttps://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8508
dc.rightsopenAccess
dc.subjectantimarxismo
dc.subjectDecolonialidade
dc.subjectmaterialismo histórico
dc.subjectpensamento crítico latino-americano
dc.subjectTeoria Decolonial.
dc.titleCríticas e limites do Decolonialismo: uma leitura sobre Marxismo, antimarxismo e práxis.
dcterms.abstractThe decolonial theory proposes itself as a new form of thought disconnected from previous forms considered colonizing, which, by reclaiming the knowledge of oppressed peoples from Latin America, would put into practice a new critical and emancipatory left-wing political radicality. The present dissertation aims to provide a critique of decolonial theory, focusing on its criticism of Marxism, to point out the limits of this supposed new political radicality through theoretical critique. The hypothesis elaborated is that there are theoretical and practical problems in decolonial theory caused by its anti-Marxism. This research is conducted from historical materialism, the method of Marxist theory, as the main theoretical framework. It is a critique of a theory in its social and historical function in the political economy of ideas. It is assumed that theories, besides their explanatory power of social reality and understanding of their possible limitations, also reflect on the material forces with the power of social transformation. Three important and reference decolonial authors were delimited to carry out a bibliographical survey in the first chapter: Aníbal Quijano, Walter Mignolo, and Ramón Grosfoguel. Thus, an analysis was carried out both of the main categories, theses, and origins that configure decolonial theory in general, and the delimitation of these three authors more specifically in their perspectives on Marx, Marxism, and social struggles, to observe what are the proposals for political transformation elaborated by them as a counterpoint to Marxism. After analyzing the relationship between Marxism, anti-Marxism, and praxis in the theory and conceptualization of these three authors, an attempt was made to develop a second chapter based on the survey of critical bibliography on decoloniality combined with criticism from Marxism. Given the scarce existing bibliography of criticism of decolonial theory, an attempt was made to briefly bring critics who also bring the problematization of political practices to other anti-Marxist theories, such as Anglophone postcolonial theory and US identity theories. After that, existing criticisms were raised within Latin American social and political thought, relating Marxist criticisms, finding three essential and relational points for criticism of decolonialism: criticism of essentialism, theoretical and historical reductionisms, and idealism. Finally, an analysis is made of Eurocentrism, colonialism, and race, to counter decolonial critique and broaden the critique from Marxism. This work is justified by the search to contribute to a certain bibliographical gap on the limits of decolonial theory and as a response to criticisms made of Marxism, mainly its supposed uselessness as a theoretical-political tool for peripheral social realities, such as those of Latin America and the Caribbean, thus invalidating the use of theory for the political practice of class struggle.en

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