O “apartheid” à brasileira: diferenças de rendimentos no Brasil em meio à pandemia de COVID-19.
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2025
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Resumo
Esta pesquisa tem como objetivo analisar a desigualdade de rendimentos no Brasil no ano de 2020, a partir de um enfoque racial. Sendo assim, utilizar-se-á o termo "apartheid" de forma metafórica para destacar a persistente segregação socioeconômica no país. Nesse sentido, as populações pretas e pardas continuam a enfrentar discriminação estrutural, o que resulta em rendimentos significativamente inferiores em comparação à população branca. Ademais, no Brasil, a população preta e parda sofreu desproporcionalmente com a perda de emprego e redução de renda, durante o período da Covid-19, considerando a ausência de políticas públicas eficazes capazes de atenuar os efeitos da crise sanitária para este grupo. Desta forma, esta pesquisa analisará as diferenças dos rendimentos e condições de vida entre as pessoas economicamente ativas, que se autodeclararam pretas, pardas e brancas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios COVID19 (PNAD COVID19 – IBGE), os dados serão analisados para identificar tendências e padrões que ilustram as diferenças nos impactos econômicos da pandemia entre os grupos raciais mencionados, de maio a novembro de 2020. Sendo assim, o foco será compreender como a pandemia afetou essas populações, com base na categorização por cor de pele e nos dados socioeconômicos fornecidos pela PNAD COVID 19. Nesse sentido a escolha de utilizar as categorias raciais separadamente, ou seja, pretos, pardos e brancos, na análise das diferenças de rendimentos e condições de vida em meio à pandemia de Covid-19, justificam-se por diversas razões. Primeiramente, agrupar pretos e pardos sob uma única categoria, como "negros", pode mascarar importantes nuances e variações dentro dessas populações e a categorização separada permite uma análise mais precisa das disparidades raciais, capturando as diferenças específicas que existem entre esses grupos e como cada um foi impactado pela crise sanitária. Além disso, essa abordagem evita a generalizações e promove uma compreensão mais detalhada das dinâmicas de discriminação e desigualdade. Por exemplo, as diferenças de renda entre pardos e podem pretos revelar padrões distintos de mobilidade social e acesso às oportunidades, que seriam perdidos se os grupos fossem analisados em conjunto. Portanto, ao analisar essas categorias separadamente contribui-se para um debate mais fundamentado sobre as políticas públicas necessárias para enfrentar as desigualdades raciais de forma eficaz. Desse modo, supõe-se que a pandemia revelou e amplificou as disparidades raciais, reforçando a necessidade de medidas específicas para combater a desigualdade racial no país.
Abstract
Descrição
Palavras-chave
Rendimentos., Segregação., Desigualdade racial., Pandemia de COVID-19.