Espaço Climático da Ecorregião Florestas da Serra do Mar

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Data

2013-07-03

Autores

Negrão, Débora Samira Gongora
Löwenberg Neto, Peter
Adami, Samuel Fernando

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Resumo

A mudan ̧ca clim ́atica desencadeia um efeito em cascata de modifica ̧c ̃ oes de habitats, esp ́ecies e comunidades biol ́ogicas. O presente estudo teve como objetivos descrever o espa ̧co clim ́atico atual da Ecorregi ̃ao Florestas da Serra do Mar e identificar as ́ areas que no futuro ter ̃ao extin ̧c ̃ao e climas novos. O espa ̧co clim ́atico atual foi considerado como o envelope de dois componentes principais (PC1 e PC2) obtidos pela An ́ alise dos Componentes Principais (PCA). Esta an ́alise foi composta por oito vari ́aveis bioclim ́aticas: amplitude anual de temperatura, isotermalidade, precipita ̧c ̃ ao sazonal, precipita ̧c ̃ao anual, temperatura m ́edia anual, temperatura sazonal, tem- peratura do trimestre mais frio e temperatura do trimestre mais quente. As previs ̃oes para o futuro foram feitas para as d ́ecadas de 2040 e 2080 utilizando o modelo do PCA atual com os valores estimados pelo modelo HadCM3. Foi utilizada a resolu ̧c ̃ ao de 2.5 arco-minuto e consi- derado o cen ́ario A1B de emiss ̃ao atmosf ́erica e consumo energ ́etico. As ́ areas com extin ̧c ̃ao e climas novos foram identificadas pela compara ̧c ̃ ao entre o espa ̧co clim ́atico atual e os espa ̧cos clim ́aticos futuros. A interpreta ̧c ̃ao foi feita da seguinte forma: climas extintos, ́ areas do espa ̧co clim ́atico atual que n ̃ao coincidiram com as ́ areas dos espa ̧cos clim ́ aticos futuros; e climas novos, areas dos espa ̧cos clim ́aticos do futuro que n ̃ao coincidiram com o espa ̧co clim ́atico atual. Os ́ dois componentes principais explicaram 73% do espa ̧co clim ́atico atual. A an ́ alise dos loadings indicou uma forte rela ̧c ̃ao entre o PC1 e a sazonalidade. Ao plotar os scores no espa ̧co geogr ́a fico foi observado um gradiente norte-sul que demarcou ́ areas na por ̧c ̃ao norte com temperatura re- lativamente homogˆenea, alta sazonalidade de precipita ̧c ̃ao e um inverno seco, com condi ̧c ̃oes opostas ao sul. J ́a o PC2 indicou a existˆencia de um gradiente leste-oeste de temperatura que pareceu estar diretamente relacionado com a altitude e que delimitou regi ̃oes mais quentes ao leste e regi ̃oes mais frias ao oeste. Foi constatado que o desaparecimento clim ́atico em 2040 atingir ́a 49% da ́area total da ecorregi ̃ao e 74% em 2080. Quanto aos climas novos, o percen- tual ser ́a de 61% e 80%, para 2040 e 2080, respectivamente. Foi feito um balan ̧co das ́ areas protegidas que coincidiram com regi ̃oes de extin ̧c ̃ao, climas novos e ambos. Em 2040, 82 ́ areas ter ̃ao extin ̧c ̃ao clim ́atica, 100 ́areas ter ̃ao climas novos e 82 ́ areas ter ̃ao ambos. J ́a em 2080, 103 ́ reas ter ̃ao extin ̧c ̃ao clim ́atica, 103 ́areas ter ̃ao climas novos e 101 ́ a areas ter ̃ao ambos. Novidades e extin ̧c ̃ oes clim ́aticas s ̃ao desafios para o planejamento da conserva ̧c ̃ ao in situ da biodiversidade.

Abstract

Descrição

Anais do II Encontro de Iniciação Científica e de Extensão da Unila - Sessão de Biologia II - 03/07/13 – 13h30 às 18h30 - Unila-PTI - Bloco 03 – Espaço 04 – Sala 01

Palavras-chave

Áreas protegidas, Biodiversidade, Conservação, Floresta Atlântica Subtropical, Mudanças climáticas

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