Regionalismo Aberto e a IIRSA: Integração em Perpectiva
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Data
2012-06-05
Autores
Braz, Thiago de Queiroz
Borges, Fábio
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Resumo
O propósito desse projeto é colocar em perspectiva o atual modelo de integração física em curso na
América do Sul observando-se criticamente suas pretensões e efeitos. Buscaremos avaliar ainda, se estes
projetos estão servindo à construção de novas bases sustentáveis para um desenvolvimento moderno ou se
estão apenas beneficiando a pequenos grupos minoritários economicamente privilegiados. Após ter sido
realizada parte da revisão bibliográfica, que serviu como reflexão e compreensão da Iniciativa para a
Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), entendemos que esta coordenação
integrada de megaprojetos teve como princípio orientador o Regionalismo Aberto – modelo proposto pela
Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL) na década de 90 do século passado. De
acordo com a CEPAL, este seria um processo no qual a interdependência regional se tornaria crescente, a
partir de acordos e políticas integracionistas, juntamente com desregulações e liberalizações - capazes de
promover a competitividade dos países. A IIRSA, portanto, compreende uma gama de opiniões
extremamente variadas e complexas entre diferentes especialistas e autores. Dada a complexidade e
abrangência do tema, decidimos delimitar os campos. O período a ser analisado compreenderá os anos de
2005 a 2011. Neste período, segundo a página online da IIRSA, foram concluídos cerca de 12% dos
projetos, sendo que 30% encontram-se em fase de execução e outros 30% em pré-execução. Deparamo-
nos em um período onde há relativa consolidação da Iniciativa, pois tendo sido acordada em 2000,
espera-se que já existam efeitos e resultados significativos. Para proceder a análise dos dados, tomaremos
como fonte os relatórios das empresas com participação mais significativa: Camargo Corrêa, Norberto
Odebrecht e Andrade Gutierrez. Estas empresas têm empreendimentos volumosos dentre as obras
contempladas pela carteira de projetos, são todas brasileiras e possuem forte poder econômico. Serão
avaliados também, os relatórios do principal financiador, o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) e da IIRSA. Ao relacionarmos estes dados, buscaremos entender quem
está se beneficiando de fato com a Iniciativa, que manteve sua distância do debate com a população civil
e sofre acusações quanto a carência de planejamento e estudos de impactos. Por outro lado, buscaremos
avaliar se a IIRSA tem apresentado bons resultados como o aumento de comércio intra regional, geração
de empregos e plataformas de competitividade, desenvolvimento e facilitações logísticas para as
empresas sul-americanas. Acreditamos que haja beneficiamento das empreiteiras brasileiras, problema
que se inicia desde seu financiamento, no entanto, há que se reconhecer a necessidade de viabilizar
melhores infraestruturas na região.
Abstract
Descrição
Anais do I Encontro de Iniciação Científica e de Extensão da Unila – Extensão: Grupo temático “Educação para a Integração” - 05/06/12 - 08h00 às 18h00 - Unila-Centro - Salas 10 e 11 - 2o Piso
Palavras-chave
Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana - IIRSA, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, Regionalismo Aberto