Chile: Impactos do Desenvolvimento Econômico e da Desigualdade Social na Crise Política de 2019
Resumo
O objetivo deste estudo é analisar os impactos do desenvolvimento econômico
no Chile (2010-2019) e da desigualdade na distribuição de renda na crise política
e social de 2019. A metodologia adotada para o desenvolvimento deste estudo
foi uma pesquisa bibliográfica. Os resultados deste estudo demonstram que as
reformas econômicas implementadas no Chile nos últimos trinta anos,
especificamente a partir de 2010, não foram eficazes para melhorar a qualidade
das políticas sociais e atender aos anseios da população que foi às ruas
manifestar sua insatisfação em relação ao alto custo de vida e às desigualdades
que têm sua origem no modelo de desenvolvimento econômico ultraliberal e na
manutenção de princípios constitucionais herdados da ditadura de Pinochet.
Constatou-se que o Chile vivenciou um crescimento econômico ao longo de três
décadas que gerou a diminuição da pobreza, mas acirrou as desigualdades
sociais, devido à liberalização da economia e o enfraquecimento de políticas
sociais, gerando abismos na distribuição de renda. Após a realização desta
pesquisa pode-se verificar que as adoções de políticas neoliberais para a
economia não foram suficientes para reduzir as desigualdades sociais históricas
no país. Em conclusão esta pesquisa aponta que mudanças estruturais,
incluindo reforma constitucional, a elaboração de uma nova constituição e o
limitações ao modelo neoliberal em diversos setores (saúde, educação,
habitação etc.), é primordial para que o desenvolvimento econômico e o bemestar humano sejam conciliados e para que profundas desigualdades deixem de
coexistir com a riqueza canalizada pelas elites políticas e econômicas existentes
no Chile.