O Papel da Agroindústria no Capitalismo do Fim do Mundo e as Relações de Trabalho Migrante nos Frigoríficos como Aspecto da Necropolítica Brasileira

Resumo

Esta pesquisa tem por objetivo a tratativa de algumas dimensões centrais ao entendimento das dinâmicas das relações de trabalho no fenômeno da globalização neoliberal. Nosso foco será a precarização do trabalho, especialmente do trabalho migrante no Brasil e a destinação dessa mão de obra à agroindústria, notadamente, aos frigoríficos do oeste do estado do Paraná, como expressão da necropolítica. Para a realização desta pesquisa, consideramos a condição do Brasil enquanto país de destino de ondas migratórias e nos centramos no histórico do estado do Paraná que, em diferentes períodos, foi a nova casa de diversas populações migrantes, desde o século XlX, passando pelo século XX e até o XXl. Abordamos a questão da agroindústria tratando-a como elemento de uma versão apocalíptica do capitalismo, de um modelo que se propõe a ser um capitalismo do fim do mundo e, portanto, catastrófico. Isto é, que colabora para uma lógica de desenvolvimento econômico que contribui decisivamente para a degradação do meio ambiente, para a deterioração da qualidade de vida e da saúde do(a) trabalhador(a), para a crueldade animal e para acidentes no ambiente de trabalho. Especificamente, esses aspectos são avaliados, concretamente, na realização do trabalho migrante vinculado a frigoríficos no oeste do Paraná. Metodologicamente, nos valemos de dados estatísticos e entrevistas que ilustram a situação e o próprio papel do estado do Paraná, considerado o celeiro do Brasil, neste aspecto de precarização do trabalho.

Descrição

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Desenvolvimento da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestra em Políticas Públicas e Desenvolvimento.

Palavras-chave

Trabalho Migrante. Globalização Neoliberal. Frigoríficos. Necropolítica. Agroindústria.

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