Fronteiras Agríolas e sobreposição aos Territórios Indígenas Guarani, estratégias de fracmentaçao e legitimação

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Data

2018-07

Autores

Lini, Priscila
Urquiza, Antônio Hilário Aguilera

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Resumo

A opção político-econômica do Brasil como agroexportador não é fenômeno recente. Desde sua formação como colônia portuguesa, a economia dependente da remessa maciça de gêneros agrícolas à Europa moldou o perfil do país, até hoje vinculado às commodities no mercado internacional. Tendo em vista a expansão e consolidação do modelo monocultor intensivo, fruto da Revolução Verde dos anos 1970, a grande propriedade dedicada a um único cultivo demandou cada vez mais terras. Somando-se a estes fatores a dependência de grandes obras de infraestrutura como usinas hidrelétricas e vias de escoamento de produção, o Brasil toma para si o modelo de política econômica agroexportadora de baixo valor agregado. Esta estruturação colocou as fronteiras agrícolas da porção interiorana do país em um ambiente altamente favorável à ocupação territorial violenta e voltada à lucratividade imediata do agrobusiness, atualmente em pauta no discurso desenvolvimentista de matriz liberal. A fim de aumentar a produção, tais espaços de cultivo são progressivamente ampliados, sobrepondo-se a numerosas reservas e territórios tradicionalmente ocupados por povos originários. A legitimação estatal, que passou pelo trabalho das companhias colonizadoras e se perpetua nas concessões de títulos sem critérios precisos até a atualidade (além de tentativas e mudanças constitucionais) aproveita-se da fragilidade e fragmentação dos territórios tradicionais, além da micromobilidade típica do modo de ser indígena para legitimar a grande propriedade rural. Trata-se de texto fruto de pesquisa bibliográfica e documental, a qual se insere em projetos mais amplos de pesquisa dos autores

Abstract

Descrição

Anais do Pré-Evento Interseccionalidade e Fronteiras, realizado pelo Programa de Pós- Graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos (PPGIELA) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - 18a Congresso Mundial de Antroplogia (IUAES) nos dias 12 e 13 de Julho de 2018

Palavras-chave

Territórios indígenas, Fronteiras agrícolas, Conflito agrário, Guarani

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