Ligadonas na tomada do cool da madrugada: Drag Queens e a violência de gênero em sanitários de bares e casas noturnas de Foz do Iguaçu
Resumo
Através de uma análise da construção social e cultural do espaço público, privado e dos banheiros de uso coletivo, este trabalho monográfico busca fomentar uma discussão acerca das relações de poder e suas conexões com sexualidade, construção de identidade e relações de gênero dentro da prática projetiva da Arquitetura. Partindo das ausências, a proposta é tornar evidente a importância de abordar, dentro do ensino da prática projetiva, temas que são comumente delegados aos eixos teóricos do ensino de arquitetura, como a diferença social, sexual, e de gênero e a função social da Arquitetura. O trabalho, portanto, constrói uma narrativa que permeia conceitos fundamentais da arqueologia do saber e da genealogia do poder de Michel Foucault, relacionando-os aos conceitos de gênero, identidade, performatividade e a norma heterossexual em Judith Butler, Teresa de Laurentis, Adrienne Rich e Ochy Curiel. Ao mesmo passo, conceitua-se a espacialização destas relações, e sua conjuntura enquanto repressão espacial, através de Mónica Cevedio e José Miguel G. Cortés. Munindo-se destes conceitos, embrenha-se, através de um método móvel de etnografia multilocalizada, na relação dos corpos e nas expressões dissidentes das Drag Queens dentro dos sanitários de bares e casas noturnas de Foz do Iguaçu, buscando evidenciar as relações de poder, expressões, opressões e violências de gênero que se materializam através do traçado arquitetônico destes espaços. A través de un análisis de la construcción social y cultural de los espacios públicos,
privados e de los baños de uso colectivo, este trabajo monográfico busca fomentar una
discusión acerca de las relaciones de poder y sus conexiones con la sexualidad,
construcción de identidad y relaciones de género dentro de la práctica proyectiva de la
Arquitectura. Partiendo de las ausencias la propuesta es evidenciar la importancia del
abordaje dentro de la enseñanza y practica proyectiva los temas que son comúnmente
delegados a los ejes teóricos de la enseñanza de Arquitectura. De este modo el trabajo
construye una narrativa que permea conceptos fundamentales de la arqueología del saber
y la genealogía del poder de Michel Foucault y relacionando los a los conceptos de
género, identidad, performatividad y la norma heterosexual en Judith Butler, Teresa de
Laurentis, Adrienne Rich y Ochy Curiel. Al mismo tiempo se conceptúa la espacialización
de las relaciones y su conjetura en su calidad de represión espaciales a través de Mónica
Cevedio y José Miguel G. Cortés. Mientras teniendo como aliados estos conceptos me
embreño a través de un método móvil de etnografía multilocalizada en las relaciones de
los cuerpos y en las expresiones disidentes de las Drag Queens en los baños de bares y
clubes nocturnos de Foz do Iguaçu, buscando evidenciar las relaciones de poder,
expresiones, opresiones y violencias de género que se materializan a través del diseño
arquitectónico de estos espacios