Relações com o sagrado e as fronteiras da pósautonomia em Cristian Alarcón

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Data

2016-08

Autores

Climent, Dalva Desirée

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Resumo

Ao contrário do ocorre em seu primeiro livro (Cuando me muera quiero que me toquen cumbia, 2003), no qual transita entre o jornalismo investigativo, a crônica jornalística e o relato oriundo do trabalho de campo, em Si me querés quereme transa (2010) Cristian Alarcón irá enfatizar a independência da criação literária diante da realidade e dos outros discursos. Neste sentido, escreve um livro que, paradoxalmente, remete a uma problemática do terreno sóciohistórico (a violência associada ao tráfico de drogas e aos espaços e deslocamentos massivos para as villas de Buenos Aires) e pode ser lido a partir da concepção de “literatura pósautônoma” (Ludmer, 2000), ao mesmo tempo que dialoga intensamente com o cânone literário e retoma um projeto autonomista que marcou as políticas da literatura na modernidade desde as vanguardas. Nesse trabalho, focaremos na categoria de autonomia, tal como proposta por Peter Bürger, e consideraremos a possibilidade de uma escritura na qual convivem os ideais estéticos da autonomia e da pósautonomia. A “criação” desse território ficcional chamado Villa del Señor traz à cena os conflitos vividos pelos novos imigrantes de Buenos Aires. Percebemos, porém que, na contramão do imaginário dominante, o elemento principal que perpassa todas as subtramas não é a violência ou a miséria, mas as diferentes manifestações do sagrado na vida dos sujeitos. Além da retomada obrigatória de Bürger e Ludmer, para estudar estes dois aspectos da obra, recorreremos aos estudos de Pablo Semán, María Julia Carozzi, José David Pujante e Florencia Garramuño.

Descrição

IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016

Palavras-chave

Cristian Alarcón - escritor chileno, Fronteiras da pósautonomia

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