A transgressão de fronteiras em “Dá gusto andar desnudo por estas selvas – Sonetos Salvajes”, de Douglas Diegues

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Data

2016-08

Autores

Catonio, Angela Cristina Dias do Rego

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Resumo

A poética de Douglas Diegues se insere na contemporaneidade entre as mais inovadoras e inusitadas formas de se construir poesia. A partir do livro “Dá gusto andar desnudo por estas selvas – sonetos salvajes” (2002), este artigo se propõe a investigar a construção lírica sui generis do poeta Douglas Diegues ao mesclar as línguas portuguesa, espanhola e guarani: o portunhol selvagem. A linguagem inusitada da obra emerge em sua forma híbrida e mestiça como uma língua anárquica, irônica e engajada, situandose acima dos espaços geográficos e culturais, e circula além das fronteiras entre Brasil e Paraguai. Além disso, o trabalho do poeta demonstra na materialidade do texto contornos sociais, culturais e ideológicos relacionados à ambiência plurinacional na qual se insere. A produção de Diegues traduz uma desobediência à língua padrão e, sobretudo, uma experimentação de amalgamar o português, o espanhol e o guarani em uma única língua. Assim, com este estudo procurase desvendar as características dessa linguagem transfronteiriça no livro analisado e discutir seus aspectos simbólicos e culturais, uma vez que a obra de Diegues propõe uma forma diferente de encarar o local e o global e de estabelecer contornos bem próprios a uma tendência literária pós- moderna de caráter híbrido. O portunhol selvagem extrapola a oralidade dos habitantes da fronteira para chegar à escrita poética, rompendo os padrões convencionais da linguagem e apresentando um universo particular em que, segundo o poeta, não há regras gramaticais a serem seguidas.

Descrição

IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016

Palavras-chave

Douglas Diegues - poeta brasileiro, Dá gusto andar desnudo por estas selvas – Sonetos Salvajes

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