A representação do negro nas crônicas cariocas de Roberto Arlt
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Data
2016-08
Autores
Amaral, Amanda Leticia Oliveira Nascimento do
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Editor
Resumo
Este trabalho tem por objetivo refletir sobre a representação do negro nas Aguafuertes Cariocas,
uma série de crônicas escritas por Roberto Arlt (19001942) durante a sua permanência na cidade do
Rio de Janeiro entre os meses de abril e maio de 1930, quando iniciou seu trabalho como
correspondente internacional do diário argentino El Mundo. O Rio de Janeiro constitui a primeira
experiência internacional de Roberto Arlt enquanto cronista/correspondente do El Mundo. Como
fruto de sua permanência em território carioca, Arlt produz uma série de crônicas que retratam,
além da paisagem urbana e natural do Rio, os costumes locais, alguns aspectos históricos
brasileiros e, principalmente, o perfil comportamental e físico de seus habitantes – sobretudo da
população negra, descrita de forma depreciativa e, em alguns momentos, apresentada aos leitores
como uma parcela invisível da sociedade. Acreditamos que a maneira como é feita a representação
do negro nas Aguafuertes Cariocas resulta da associação de dois importantes fatores: do olhar
estrangeiro que não se reconhece no ambiente cultural visitado, e da então inexperiência do literato
em retratar culturas e realidades estrangeiras à sua, considerando que a passagem pelo Rio de
Janeiro constituiu uma espécie de laboratório para sua futura atuação como cronista/correspondente
em outros países.
Abstract
Descrição
IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016
Palavras-chave
Roberto Arlt - novelista argentino, Crônicas cariocas