Alejo Carpentier e as ruínas dos passos perdidos: as cidades e o sujeito na narrativa carpentieriana
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Data
2016-08
Autores
Moreno, Amanda Brandão Araújo
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Resumo
Alejo Carpentier é um dos escritores que se destacam na narrativa hispanoamericana a partir do
século XX por ter somado seus esforços aos daqueles que produziram um intento diferenciado de
falar sobre a América Latina. Sua narrativa expressa essa necessidade desde a escolha da
linguagem, barroca, à seleção de espaços e temas, unindo o local ao universal. Em “Os passos
perdidos”, lançado em 1953, o autor cubano traz a história de um musicólogo que sai da cidade
grande e parte numa empreitada à selva venezuelana para coletar instrumentos musicais antigos
para integrar o acervo de uma universidade. O transcurso da viagem é um espaço de (re)encontros.
Neste trabalho, abordaremos o texto carpentieriano a partir da ideia de ruína. Entenderemos aqui
ruína de forma ampla, uma ideia que se estende do conceito da Antiguidade Clássica e se espalha
para as velhas e novas cidades, os monumentos, os vazios e os silêncios da história e da memória
que as ruínas articulam, metaforizam e revivem no agora, reavaliando o que já passou. No contexto
da narrativa em questão, deteremos nosso olhar sobre algumas ruínas específicas, a saber: a cidade
grande enquanto ruína; a excolônia enquanto ruína, a ruína de um modelo político e de uma pseudo
intelectualidade, a ruína como retomada da ancestralidade e, por fim, a ruína do protagonista.
Abstract
Descrição
IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016
Palavras-chave
Alejo Carpentier (1904-1980) - escritor cubano, Narrativa carpentieriana