A leitura dos prólogos de Dom Quixote da edição de Ernani Ssó sobre o aspecto da tradução
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Data
2016-08
Autores
Venturini, Aline
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Resumo
Os prólogos são uma maneira de informar e convencer o leitor de ler uma obra literária, pois os
críticos que os escrevem visam, através de seu posicionamento, apresentála e, dessa forma,
continuar a cadeia de recepções leitoras que já existem sobre uma determinada literatura. Para
Jauss (1994) esse conjunto de leituras é o que pode construir a história de uma obra literária ao
longo do tempo, e não somente considerando o contexto histórico e a Estética. Dessa forma, a
proposta apresentada nesse resumo é estudar os prólogos da tradução de Dom Quixote de la
Mancha realizada por Ernani Ssó, em 2015, a fim de ver como os críticos a apresentam para os
leitores. Os textos falam do ofício da tradução, tema que está presente na obra e são escritos pelos
seguintes críticos: o primeiro texto é realizado pelo próprio tradutor dessa edição, o segundo, por
John Rutherford, e os dois últimos, os quais são posfácios, são de Jorge Luís Borges e Ricardo
Piglia. Entendemos a tradução também como uma leitura interpretativa do texto a ser traduzido, na
escolha das palavras, em Português, para chegar ao sentido próximo ao original, em Espanhol. No
enredo de Dom Quixote, o personagem tradutor é solicitado a traduzir da forma mais “fiel
possível” a primeira versão do texto. Dessa maneira, os prólogos citados trabalham a tradução
como leitura e para analisálos, nos ancoramos na Estética da Recepção e na Hermenêutica de
Gadamer (1997), sobre o limite histórico da interpretação, pois o crítico se baseia nas
interpretações anteriores da obra, nesse caso, sobre a tradução, para elaborar o prólogo
Abstract
Descrição
IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016
Palavras-chave
Dom Quixote - romance espanhol, Obra literária