A fé como estratégia na narrativa de Jorge Luis Borges
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Data
2016-08Autor
Silva, Aline Coelho da
Chemello, Mauricio Ferreira
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Mostrar registro completoResumo
Como sugere o autor, se pensamos a metafísica como ramo da literatura fantástica, não nos
distanciamos em apontar a fé como um elemento fantástico na obra de Borges. Milagre secreto, um
dos contos do célebre “Ficções” publicado em 1944 é um desses exemplos, que dialogam com a
tese de Ruth Fine (2012) ao observar o “lúcido tratamento borgeano do paradigma da fé como
fenômeno históricocultural universal” (p. 10). O paradoxo do ceticismo de um universo fantástico
que reconhece a existência de Deus, seja na produção ficcional como na ensaística. Nesse sentido,
apoiados em Sosnowski, Fine, Nascimento buscaremos apresentar uma leitura da transição entre os
universos narrativos (o real/histórico e o fantástico/milagre/fé) que são apresentados pelo narrador
sob o mesmo foco narrativo, deixando ao entorno narrativo a aceitação do divino e ao leitor o
questionamento do inefável exercício de tradução da fé