PPGICAL - Programa de Pós-Graduação em Integração Contemporânea da América Latina
URI Permanente desta comunidade
Navegar
Navegando PPGICAL - Programa de Pós-Graduação em Integração Contemporânea da América Latina por Assunto "América do Sul"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Parceria estratégica entre Brasil e Argentina: cooperação nuclear e integração sul-americana no século XXI(2019-03-26) Grassi, Jéssica Maria; Oliveira, Lucas Kerr deEsta dissertação de mestrado objetiva investigar o desenvolvimento da parceria estratégica entre Brasil e Argentina, com ênfase em dois eixos considerados essenciais nesta parceria, a cooperação no âmbito nuclear e a integração regional no âmbito do Cone Sul e da América do Sul. Parte-se da premissa de que a consolidação da cooperação nuclear nos anos 1980 foi um fator crucial por reduzir as rivalidades e desconfianças mútuas entre Brasil e Argentina, pondo fim à um longo ciclo de disputas geopolíticas regionais, especialmente devido ao caráter sensível e dual da tecnologia nuclear. Considera-se como pressuposto que este processo de aproximação viabilizou a construção e consolidação de uma parceria estratégica, que, por sua vez, foi essencial para o aprofundamento do processo integracionista na América do Sul, tendo como grande exemplo a criação do Mercosul. Com a Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner ocorreu um novo ciclo de aproximação entre os dois países, levando à renovação da parceria, retomando projetos conjuntos na área nuclear, bem como retomando e aprofundando os ideais integracionistas de José Sarney e Raúl Alfonsín. Apesar das divergências e desentendimentos no período analisado, a permanência da parceria possibilitou a consolidação e aprofundamento de mecanismos de integração e coordenação política na América do Sul. Nos anos 2000, destacou-se os avanços nos processos de institucionalização da integração regional com o aprofundamento do Mercosul e a criação da Unasul. Destarte, a parceria estratégica entre Brasil e Argentina é compreendida como o núcleo duro da integração regional, considerando também que a integração passou a exercer um papel retroalimentador das relações bilaterais. Esta dissertação verificou que a cooperação nuclear entre Brasil e Argentina tornou possível um processo de cooperação voltado para o desenvolvimento científico e tecnológico conjunto. É possível concluir que a energia nuclear apresenta grande potencial para impulsionar o desenvolvimento autônomo destes países e da América do Sul. A análise da evolução desta cooperação permitiu verificar que ocorreu uma relativa estagnação da cooperação nos anos 1990, tendo sido retomada nos anos 2000. Destaca-se que atualmente encontram-se em construção os reatores RMB e RA-10, ambos frutos deste ciclo recente de cooperação tecnológica e da retomada dos programas de geração de energia e materiais nucleares por ambos os países. Contudo, nota-se também que a cooperação nuclear avançou mais lentamente do que a produção de documentos, acordos, declarações e demonstrações de intenções dos governos.Item Posicionamento Brasileiro na América do Sul. Imperialismo e Subimperialismo na Nova República (1990- 2016)(Rodrigo de Paula Abi-Ramia, 2020-03-04) Abi-Ramia, Rodrigo de Paula; OrientaçãoO trabalho se dedica à tarefa de analisar as relações entre Brasil e América do Sul de 1990 a 2016, e o posicionamento brasileiro no sistema mundial capitalista a partir de visões contemporâneas das teorias do Imperialismo e do Subimperialismo. Embasado num debate que renasce em torno destes conceitos, nos dedicamos a compreender o papel do país no capitalismo contemporâneo a partir das modificações ocorridas no período neoliberal que inviabilizam a simples aplicação de visões fundamentadas anteriormente a este processo. Assim, mapeamos as categorias essenciais das teorias em que alicerçamos esta análise desde os debates clássicos encabeçados pelas obras de Lênin e Marini, bem como novas perspectivas brasileiras e latino-americanas que renovam e ampliam hoje os debates anteriores. Percebendo que o neoliberalismo modifica as bases da inserção internacional brasileira e as estruturas políticas e econômicas sul-americanas buscamos compreender os métodos de expansionismo brasileiro com o fim da ditadura militar no país. O padrão neoliberal que ganha força na década de 1990 põe em questão a validade e remanescência da perspectiva Subimperialista e suas categorias nas relações político-econômicas na América do Sul que consideramos de facto assimétricas, por outro lado, a partir dos anos 2000 com os governos progressistas se percebe uma retomada dos estudos sobre o expansionismo brasileiro sob a ótica do subimperialismo. Assim buscamos compreender o expansionismo do país a partir de bases mais amplas e estruturais que marcam o capitalismo brasileiro em sua fase neoliberal e consequentemente seu expansionismo no continente sul-americano desde a chegada deste modelo na região. Intentamos, enfim, perceber traços da expansão do capital brasileiro e de seu anteparo político estatal a partir dos anos 1990, buscando as características que se mantêm presentes estruturalmente apesar de diferentes visões políticas dos governantes que lideraram o país e a região neste amplo período.