PPGE - Programa de Pós-Graduação em Economia
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Navegando PPGE - Programa de Pós-Graduação em Economia por Assunto "comércio exterior"
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Item Competitividade e inserção externa do Uruguai no comércio internacional: uma análise do período de 2000 a 2022(2025-04-30) Constant, JeffEsta dissertação tem como foco a inserção externa e a competitividade do Uruguai no período de 2000 a 2022, adotando uma postura positivista aliada à abordagem de Fajnzylber e Mandeng para analisar a competitividade sob uma perspectiva quantitativa. Sobretudo, esta dissertação busca examinar as particularidades do padrão de exportação do Uruguai e sua competitividade internacional nesse período. Em particular, propõe-se analisar a competitividade internacional do padrão de exportação uruguaio por meio da matriz de competitividade desenvolvida por Fajnzylber e Mandeng, considerando os mercados relevantes. Especificamente, examina-se o desempenho das exportações em cinco mercados distintos (MUNDO, OCDE, CHINA, ÍNDIA, MERCOSUL), a partir de: (1) a estrutura das exportações nesses diferentes mercados; (2) os dez principais grupos de produtos exportados para esses mercados; e (3) a competitividade do padrão de exportação do país nesses mercados. Além disso, propõe-se uma análise do padrão de comércio intra-industrial do país sob diversos aspectos. As análises baseiam-se nos dados de comércio do TradeCan, segmentados em seis subperíodos. Dessa forma, a pergunta central da pesquisa é: como a inserção externa afeta a competitividade internacional do país? Esta dissertação fundamentase na constatação de que a competitividade internacional do Uruguai entre 2000 e 2022 foi fraca no cenário global, devido à sua estrutura exportadora. Nos últimos anos, a inserção externa do país esteve fortemente associada a uma expansão do grau de abertura comercial, acompanhada por uma série de medidas voltadas à liberalização da economia no comércio externo. Esse processo ocorreu em paralelo à reprimarização do padrão de exportação. Os resultados indicam que os dez principais grupos de produtos exportados estão concentrados em produtos agrícolas e que o Uruguai possui uma estrutura de exportação voltada para recursos naturais. Adicionalmente, os dados mostram que o país possui uma estrutura de exportação baseada em grupos de produtos em declínio (Vulnerável e Em Retirada) nos diferentes mercados analisados. Em outras palavras, a demanda de mercado desses produtos está perdendo dinamismo e, além disso, eles não possuem alto valor agregado no comércio internacional. Por fim, a análise do comércio intra-industrial revela índices baixos, evidenciando uma grande diferença entre a composição dos grupos exportados e importados pelo Uruguai em relação aos seus principais parceiros comerciais, em particular EUA, Brasil, China e Índia. Resumen Esta disertación se centra en la inserción externa y la competitividad de Uruguay entre 2000 y 2022, adoptando una postura positivista combinada con el enfoque de Fajnzylber y Mandeng para analizar la competitividad desde una perspectiva cuantitativa. Ante todo, busca examinar las particularidades del patrón exportador de Uruguay y su competitividad internacional en dicho período. En particular, pretende analizar la competitividad internacional del patrón exportador uruguayo mediante la matriz de competitividad desarrollada por Fajnzylber y Mandeng, teniendo en cuenta los mercados relevantes. Específicamente, examina el desempeño de las exportaciones en cinco mercados diferentes (MUNDO, OCDE, CHINA, INDIA, MERCOSUR), con base en: (1) la estructura de las exportaciones en estos mercados; (2) los diez principales grupos de productos exportados a estos destinos; y (3) la competitividad del patrón exportador del país en dichos mercados. Además, propone un análisis del patrón comercial intraindustrial desde diversas perspectivas. Los análisis se basan en los datos comerciales de TradeCan, segmentados en seis subperíodos. De ahí surge la pregunta central de la investigación: ¿cómo afecta la inserción externa a la competitividad internacional del país? Esta disertación parte de la constatación de que la competitividad internacional de Uruguay entre 2000 y 2022 fue débil en el escenario global debido a su estructura exportadora. En los últimos años, la inserción externa del país ha estado fuertemente asociada con una expansión en el grado de apertura comercial, acompañada de una serie de medidas destinadas a liberalizar su economía para el comercio exterior. Este proceso ha ocurrido en paralelo con una reprimarización del patrón exportador. Los resultados indican que los diez principales grupos de productos exportados se concentran en productos agrícolas y que Uruguay posee una estructura exportadora centrada en los recursos naturales. Además, los datos muestran que la estructura exportadora del país se basa en grupos de productos en declive (Vulnerables y en Retirada) en los diferentes mercados analizados. Es decir, grupos cuya demanda en el mercado está perdiendo dinamismo y que, a su vez, no tienen un alto valor agregado en el mercado internacional. Asimismo, el análisis del comercio intraindustrial revela índices bajos, lo que evidencia una gran diferencia entre la composición de los grupos exportados e importados entre Uruguay y sus principales socios comerciales, en particular EUA, Brasil, China e India.Item Dinâmicas comerciais da castanha de caju em Guiné-Bissau: contribuições e desafios para o desenvolvimento socioeconômico do país(2025-07-21) Djau, SuaiboA economia da Guiné-Bissau está fortemente ancorada no setor agrícola, tendo a produção de castanha de caju como seu principal eixo. O caju representa mais de 13% do PIB, até 97% das receitas de exportação e 33% da renda das famílias rurais, constituindo-se como a base do comércio exterior. O setor agrícola, que engloba a produção de caju, responde por mais de 50% do PIB e emprega cerca de 85% da população ativa. Apesar dessa centralidade, a cadeia produtiva do caju apresenta fragilidades estruturais: prevalece a exportação da castanha in natura, a ausência de uma indústria transformadora local e a vulnerabilidade dos pequenos produtores, que enfrentam um mercado dominado por intermediários, comerciantes e exportadores. Diante disso, este estudo busca compreender as dinâmicas comerciais da castanha de caju na Guiné-Bissau, focalizando os entraves estruturais e as possibilidades de contribuição do setor ao desenvolvimento socioeconômico do país. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, fundamentada em fontes secundárias e dados primários. Primeiramente, realiza-se uma análise documental e bibliográfica, com base em relatórios de instituições como FMI, FAO, PNUD, Banco Mundial, OMC e entidades governamentais nacionais. Em seguida, são conduzidas entrevistas semiestruturadas com 44 atores da cadeia produtiva, nas regiões de Bafatá e Bissau. Os entrevistados incluem agricultores, comerciantes, empresários, servidores públicos, acadêmicos e representantes políticos e sociais. Os resultados revelam um paradoxo: embora a castanha de caju seja central para a balança comercial do país, a falta de uma política industrial eficaz limita a integração da Guiné-Bissau à economia global. A matéria-prima é majoritariamente exportada para a Índia, onde ocorre seu beneficiamento, industrialização e agregação de valor, gerando retornos significativos para aqueles mercados. Já a Guiné-Bissau permanece vinculada a um modelo primário-exportador de baixa complexidade produtiva. A ausência de infraestrutura adequada, o ambiente político instável e a escassez de incentivos estatais dificultam o investimento privado e perpetuam o ciclo de subdesenvolvimento. A pesquisa também evidencia um mercado assimétrico e desorganizado, em que pequenos produtores têm reduzido poder de negociação e enfrentam preços impostos por compradores que maximizam seus lucros. A falta de regulação eficaz, de assistência técnica e de financiamento acessível amplia essa desigualdade. A industrialização é inviabilizada por entraves estruturais que comprometem a modernização da cadeia e a justa redistribuição dos benefícios da exportação. Diante desse cenário, o estudo propõe medidas para reforçar a competitividade do caju guineense, como a formulação de políticas públicas voltadas à industrialização, estímulo à formação de cooperativas, investimentos logísticos e fiscais, e a construção de uma governança transparente. As conclusões indicam que a castanha de caju pode se tornar um vetor de transformação econômica, desde que inserida em uma estratégia de desenvolvimento integrada e coerente. A transição de um modelo agroexportador para outro baseado na agregação de valor exige uma ação coordenada entre o Estado, o setor privado e as instituições internacionais, orientada à modernização das estruturas produtivas e à ampliação da autonomia econômica nacional. Resumen La economía de Guinea-Bisáu está firmemente anclada en el sector agrícola, teniendo la producción de anacardo como su principal eje. El anacardo representa más del 13% del PIB, hasta el 97% de los ingresos por exportaciones y el 33% de los ingresos de los hogares rurales, constituyéndose como la base del comercio exterior. El sector agrícola, que incluye la producción de anacardo, responde por más del 50% del PIB y emplea aproximadamente al 85% de la población activa. A pesar de esta centralidad, la cadena productiva del anacardo presenta fragilidades estructurales: predomina la exportación de la nuez en estado natural, existe la ausencia de una industria local de transformación y se observa la vulnerabilidad de los pequeños productores, quienes enfrentan un mercado dominado por intermediarios, comerciantes y exportadores. Ante este panorama, el presente estudio busca comprender las dinámicas comerciales del anacardo en Guinea-Bisáu, enfocándose en los obstáculos estructurales y en las posibilidades de contribución del sector al desarrollo socioeconómico del país. La investigación adopta un enfoque cualitativo, exploratorio y descriptivo, fundamentado en fuentes secundarias y datos primarios. En primer lugar, se realiza un análisis documental y bibliográfico, basado en informes de instituciones como el FMI, la FAO, el PNUD, el Banco Mundial, la OMC y organismos gubernamentales nacionales. Posteriormente, se llevan a cabo entrevistas semiestructuradas con 44 actores de la cadena productiva, en las regiones de Bafatá y Bisáu. Los entrevistados incluyen agricultores, comerciantes, empresarios, funcionarios públicos, académicos y representantes políticos y sociales. Los resultados revelan una paradoja: aunque el anacardo es central para la balanza comercial del país, la falta de una política industrial eficaz limita la integración de Guinea-Bisáu en la economía global. La materia prima es mayoritariamente exportada a la India, donde se lleva a cabo su procesamiento y agregación de valor, generando retornos significativos para esos mercados. Por su parte, Guinea-Bisáu permanece vinculada a un modelo primario-exportador de baja complejidad productiva. La ausencia de una infraestructura adecuada, el entorno político inestable y la escasez de incentivos estatales dificultan la inversión privada y perpetúan el ciclo de subdesarrollo. La investigación también evidencia un mercado asimétrico y desorganizado, en el cual los pequeños productores tienen un poder de negociación reducido y enfrentan precios impuestos por compradores que maximizan sus beneficios. La falta de una regulación eficaz, de asistencia técnica y de financiamiento accesible amplía esta desigualdad. La industrialización se ve invisibilizada por obstáculos estructurales que comprometen la modernización de la cadena y la justa redistribución de los beneficios de la exportación. Frente a este escenario, el estudio propone medidas para reforzar la competitividad del anacardo guineense, tales como la formulación de políticas públicas orientadas a la industrialización, el estímulo a la formación de cooperativas, inversiones logísticas y fiscales, y la construcción de una gobernanza transparente. Las conclusiones indican que el anacardo puede convertirse en un vector de transformación económica, siempre que se inserte en una estrategia de desarrollo integrada y coherente. La transición de un modelo agroexportador a otro basado en la agregación de valor requiere una acción coordinada entre el Estado, el sector privado y las instituciones internacionales, orientada a la modernización de las estructuras productivas y a la ampliación de la autonomía económica nacional.