Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família
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Navegando Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família por Assunto "Atenção Primária à Saúde"
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Item O Estigma da Paciente Poliqueixosa e a Invisibilidade da Violência Doméstica na Atenção Primária à Saúde(2023) Ramos, Eloísa Pompermayer; OrientaçãoIntrodução: Este trabalho descreve a experiência grupal com mulheres realizada em uma unidade de saúde da família localizada em um município de tríplice fronteira da região oeste do estado do Paraná. A intervenção decorre de questionamentos emergentes durante as práticas de residência multiprofissional em saúde da família, onde frequentemente observava-se a inquietação e solicitação de apoio da equipe quanto a usuárias compreendidas como poliqueixosas. Objetivo: Para além do relatar, o objetivo deste trabalho trata-se principalmente de refletir a invisibilidade da dor que levaram essas usuárias a buscarem a unidade quando são tidas como poliqueixosas em decorrência de um modelo biomédico. Método: As intervenções pautaram-se na Psicologia Histórico-Cultural, sendo realizados 8 encontros de duração média de 1h30 num período de 2 meses. Para a formação do grupo solicitou-se indicação aos profissionais de usuárias poliqueixosas, após realizou-se contato telefônico e agendamento de acolhimento para escuta inicial, apresentação e convite para o grupo. Resultados e Discussão: Identificou-se com as intervenções que a poliqueixa encobria a real demanda dessas mulheres que estavam situação de violência, e que ao proporcionar um espaço em que tivesses suas dores reconhecidas e a escuta para além de suas queixas, puderam emergir enquanto sujeito, criar rede de apoio e refletir sobre sua história, promovendo saúde por meio do grupo. Considerações Finais: O relato, portanto, contribui para sensibilização do olhar dos profissionais frente a esse fenômeno, e explicita uma forma de cuidado possível e potente no contexto de atenção primária no desafio que é o compreender e atender essa demanda.Item Inserção dos Sanitaristas Bacharéis em Saúde Coletiva na Atenção Primária à Saúde(2019) Luz, Larissa Djanilda Parra; OrientaçãoA formação de sanitaristas a nível de graduação é recente no Brasil, ocasionando indagações acerca da inserção e da atuação desse novo profissional nos serviços de saúde. O artigo é resultado de um estudo que objetivou investigar através do direcionamento da Fenomenologia Social de Alfred Schutz, a percepção de bacharéis em saúde coletiva, de gestores do Sistema Único de Saúde e de conselheiros de saúde sobre a atuação dos sanitaristas bacharéis em saúde coletiva na atenção primária à saúde do município de Foz do Iguaçu, Paraná. Na ótica dos entrevistados, a atuação dos bacharéis em saúde coletiva foi sob o enfoque da gestão com o fortalecimento do modelo de atenção no nível primário. Os desafios estavam relacionados à construção de uma identidade profissional e a conquista de espaço dentro dos serviços de saúde. Foram observadas as expectativas por mudanças organizacionais com a inserção do bacharel em saúde coletiva nos vários níveis de atenção à saúde. Conclui-se que o bacharel em saúde coletiva é um profissional importante para o Sistema Único de Saúde e para a atenção primária à saúde, tendo identidade de gestor em saúde, podendo atuar em outras frentes de cuidado e atenção à saúde.Item MPOX na atenção primária à saúde: vivências dos enfermeiros de uma tríplice fronteira.(2023) Soares, Beatriz ButhersA Mpox, popularmente conhecida como a varíola dos macacos, trata-se de uma infecção zoonótica viral cuja principal forma de transmissão entre humanos ocorre através do contato físico com as lesões cutâneas, secreção fisiológica ou pelo compartilhamento de objetos contaminados utilizados pelas pessoas infectadas. Objetivou-se identificar o processo de trabalho do enfermeiro frente aos casos suspeitos, prováveis e confirmados de Mpox e seus respectivos acompanhamentos no cenário da APS de um município de tríplice fronteira. Pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo exploratória com delineamento observacional, guiada pelas seguintes perguntas norteadoras: “Como é o processo de trabalho do enfermeiro diante dos casos suspeitos, prováveis e confirmados de Mpox na APS?” e “Como ocorre o acompanhamento destes casos no cenário da APS?”. As vivências dos enfermeiros foram identificadas por meio da entrevista semi-estruturada e analisadas pela análise temática de conteúdo. O processo de trabalho dos enfermeiros envolveu a identificação da doença, o monitoramento dos casos e as orientações de saúde realizadas aos pacientes e seus contatos; a educação em saúde foi a principal estratégia de prevenção de agravos e promoção de saúde; e a comunicação entre os servidores e os serviços dispostos no fluxo assistencial da Mpox no município de Foz do Iguaçu foi a maior dificuldade exposta pelos enfermeiros. Sugere-se que novos estudos sejam realizados a fim de que a comparação entre a realidade de Foz do Iguaçu e a de demais municípios, sobretudo os fronteiriços, seja possível.