Pré-Evento Interseccionalidade e Fronteiras
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Navegando Pré-Evento Interseccionalidade e Fronteiras por Assunto "Comunidades quilombolas"
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Item A sobreposição territorial e conflitos ambientais: o caso da Comunidade Quilombola Adelaide Maria da Trindade Batista e do Parque Estadual de Palmas - PR(2018-07) Faust, Fernanda Cordeiro de Almeida; Marques, Sônia Maria dos Santos; Programa de Pós- Graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos (PPGIELA)Este artigo tem o intuito de analisar a sobreposição territorial entre a comunidade quilombola Adelaide Maria da Trindade Batista e o Parque Estadual de Palmas-PR e suas consequências impeditivas relacionadas ao patrimônio cultural imaterial daquela comunidade, tais como: a etnobotânica, a culinária e as práticas curativas. Essa sobreposição de áreas quilombola e florestal não aconteceu à toa, trata-se de um processo histórico que marginalizou essas populações tradicionais. Para Diegues (2000), essas comunidades rurais negras são conhecidas como populações tradicionais por desenvolverem o manejo sustentado da natureza. Conforme o mapa da Nova cartografia social dos povos e comunidades tradicionais do Brasil: comunidade quilombola do Rocio (2010), observamos diversos conflitos ambientais na comunidade: desmatamento; plantio de pinus e eucalipto; pomar de maçã; impedimento de chegada ao olho d’água São João Maria; proibição de acesso à lenha; proibição de acesso às plantas medicinais; caça predatória; uso excessivo de agrotóxicos; destruição de roça por animais soltos na comunidade. Tais conflitos ambientais impedem a fluidez da relação homem-natureza na comunidade em estudo e ameaçam a reprodução do patrimônio cultural imaterial do grupo, como as práticas de cura e de alimentação. Esses conflitos possuem elevada complexidade, pois refletem a disputa entre políticas públicas que em muitos casos são igualmente permitidas, porém, inconciliáveis entre si