Congresso Brasileiro de Hispanistas
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Navegando Congresso Brasileiro de Hispanistas por Assunto "Alejo Carpentier (1904-1980) - escritor cubano"
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Item Alejo Carpentier e as ruínas dos passos perdidos: as cidades e o sujeito na narrativa carpentieriana(2016-08) Moreno, Amanda Brandão AraújoAlejo Carpentier é um dos escritores que se destacam na narrativa hispanoamericana a partir do século XX por ter somado seus esforços aos daqueles que produziram um intento diferenciado de falar sobre a América Latina. Sua narrativa expressa essa necessidade desde a escolha da linguagem, barroca, à seleção de espaços e temas, unindo o local ao universal. Em “Os passos perdidos”, lançado em 1953, o autor cubano traz a história de um musicólogo que sai da cidade grande e parte numa empreitada à selva venezuelana para coletar instrumentos musicais antigos para integrar o acervo de uma universidade. O transcurso da viagem é um espaço de (re)encontros. Neste trabalho, abordaremos o texto carpentieriano a partir da ideia de ruína. Entenderemos aqui ruína de forma ampla, uma ideia que se estende do conceito da Antiguidade Clássica e se espalha para as velhas e novas cidades, os monumentos, os vazios e os silêncios da história e da memória que as ruínas articulam, metaforizam e revivem no agora, reavaliando o que já passou. No contexto da narrativa em questão, deteremos nosso olhar sobre algumas ruínas específicas, a saber: a cidade grande enquanto ruína; a excolônia enquanto ruína, a ruína de um modelo político e de uma pseudo intelectualidade, a ruína como retomada da ancestralidade e, por fim, a ruína do protagonista.Item Heitor VillaLobos, sob o conceito de Real Maravilhoso de Alejo Carpentier(UNILA, 2016-08) Leitão, Robson dos SantosAlejo Carpentier fala de seu conceito de “Real Maravilhoso”, pela primeira vez, em 1948, mas apenas no ano seguinte, no prólogo do livro O reino deste mundo. É que desenvolve mais claramente, na forma de ensaio. O escritor diz que o “real maravilhoso” é patrimônio de toda a América Latina e que faz parte da vida de todos os grandes nomes que deixaram marcas na história do continente. Entre esses, encontramos o compositor Heitor VillaLobos, de quem Carpentier se tornou amigo e promotor, descrevendoo como o maior representante da música latinoamericana. Em seus textos sobre o músico, muitas vezes carregados de neobarroquismos, o escritor e ensaísta reconta histórias e anedotas ouvidas em rodas de conversa, reforçando a ideia de que, nos exageros entusiásticos das falas de VillaLobos, podemos encontrar claramente elementos do “real maravilhoso” que contribuíram para o deslumbramento provocado nos europeus, a partir de 1920. Portanto, analisarei aqui alguns textos escritos por Carpentier, sobre VillaLobos, que se enquadram nesse conceito e que, de certa forma, também se inseriram na construção idealizada de sua importância como ícone maior da música representativa da américa latin, não só na Europa, mas além dela