Neste trabalho, desenvolvemos uma análise do romance "Ao Farol", de Virginia Woolf, através do conceito de "inconsciente estético", como proposto por Jacques Rancière. O foco da análise é a personagem Lily Briscoe, uma jovem pintora, e a pintura que é por ela criada através das três partes do romance. A partir da obra, do inconsciente estético e das particularidades desta personagem, pode-se pensar em muitas questões relacionadas ao romance em si e como este se reflete na pintura. Analisamos também como isso se relaciona com o processo criativo da autora, o processo criativo da personagem Lily Briscoe e também o caminho da mulher artista — não apenas à época do romance, mas também hoje em dia.