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Item Conexões (trans)fronteiriças: mídia, noticiabilidade e ambivalência(EDUNILA, 2016) Silveira, Ada C. Machado da (Org.); Guimarães, Isabel Padilha (Org.)De maneira original e distinta do sistema referencial corrente nos estudos de Jornalismo, o livro Conexões (trans)fronteiriças: mídia, noticiabilidade e ambivalência apresenta análises das atividades noticiosas de diversos veículos de mídia: jornais impressos e on-line, revistas semanais, telejornais, portais e agências de notícias. Organizada por Ada C. Machado da Silveira e Isabel Padilha Guimarães, do grupo de pesquisa Comunicação, Identidades e Fronteiras, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a obra aborda estas atividades jornalísticas encarando sua condição midiatizada, pautada por cânones técnicos estritos e atitude interpretante exterior à vida das sociedades a que se dedicam a reportar. Trata-se de um livro que pretende ser de utilidade para estudantes de Jornalismo e de Relações Internacionais interessados em iniciar-se na análise de textos midiáticos.Item Fanzines: reflexôes sobre cultura, memória e internet(EDUNILA, 2018) Amaral, YuriOs textos presentes neste livro convidam o leitor para o debate: o primeiro parte dos estudos de Canclini e Certeau sobre cultura híbrida e cultura no plural, respectivamente, propondo uma breve reflexão sobre a prática zínica como manifestação cultural de determinados grupos e sujeitos. O segundo texto discute se o fanzine pode, em determinado momento, ser considerado um potencial agente de memória. O último texto se apropria do conceito de desterritorialização a fim de contribuir com o debate sobre o sujeito empoderado de meios que lhe convidam a produzir e emitir sua opinião na Internet, desencadeando uma série de fenômenos socioculturais. Essa realidade permite ao sujeito assumir várias identidades, circulando por outros territórios na rede, em um constante processo de des-re-territorialização, ressignificando a si mesmo e os territórios pelos quais passa.Item Ensino de Ciências e Matemática: elementos didáticos para teoria e experimentação(EDUNILA, 2018) Capistrano, Abraão J. S. (Org.); Sossmeier, Kelly D. (Org.); Bloot, Rodrigo (Org.)O livro Ensino de Ciências e Matemática — elementos didáticos para teoria e experimentação visa ser um referencial para professores e estudantes destas duas áreas do conhecimento pautado na ideia da busca de novas práticas pedagógicas para o desenvolvimento de competências por meio da aprendizagem dialógica, cuja base é o correto trabalho da teoria e da experimentação — elementos norteadores do pensamento científico. Seu conteúdo é resultante de notas de aula da Especialização em Ensino de Ciências e Matemática ofertada por docentes da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) como curso de formação continuada (Comfor/MEC) para professores da educação básica no Oeste do Paraná.Item Morar na barranca: habitação, desenvolvimento territorial e tecnologia social na região trinacional(EDUNILA, 2019) Moassab, Andréia (Org.); Vettorazzi, Egon (Org.)Esta cartilha é resultado de uma pesquisa desenvolvida no âmbito do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNILA, com objetivo de analisar as diversas soluções populares para a moradia na região transnacional, especialmente nas áreas de risco de inundação. A universidade e seus cursos voltados para o espaço construído e o habitat, em conjunto com as populações e seus saberes, podem e devem potencializar este conhecimento para melhorar a qualidade de vida das pessoas e colaborar para pressionar o poder público no atendimento do direito à moradia adequada e do direito à cidade para todos e todas. Esta cartilla resulta de una investigación llevada a cabo en el ámbito del curso de Arquitectura y Urbanismo de la UNILA, la cual tuvo por objetivo analizar las diversas soluciones populares para la vivienda en la región transnacional, especialmente en las áreas de riesgo de inundación. La Universidad y los cursos orientados para el espacio construido y el hábitat, en conjunto con las poblaciones y sus saberes, puede y debe fortalecer este conocimiento para una mejor calidad de vida de las personas y presionar al poder público para la debida atención a una vivienda digna y el derecho de vivir en una ciudad para todos y todas.Item Lengua, sociedad e interculturalidad en la enseñanza/aprendizaje de portugués y español(EDUNILA, 2019) Soares, Francisca Paula Maia (Org.); Cathcart, Mercedes Causse (Org.)Como pode um professor de idiomas relacionar a língua que ensina aos conhecimentos sociais e interculturais que essa língua veicula? Que caminho ele deve percorrer ao se ocupar dos múltiplos sentidos das linguagens com que lida? Como estabelecer metas e definir as prioridades? Para responder a essas e a outras questões, é preciso voltar nosso olhar aos textos desta coletânea que intenciona lançar luz sobre questões tão caras a quem está comprometido com o ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira. Esta obra resulta da parceria das organizadoras – as linguistas e professoras Francisca Paula Soares Maia, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA, Brasil), e Mercedes Causse Cathcart, da Universidad de Oriente, Cuba –, que não se limitam a atuar como docentes comprometidas com um ensino de qualidade e se destacam pela busca do aprimoramento de seu trabalho e pelo interesse em responder às inúmeras perguntas que se colocam no dia a dia. Trata-se de um conjunto de artigos instigantes e desafiadores, cuidadosamente reunidos e voltados para a construção de um trabalho coletivo em que novos saberes são regidos tanto pela prática do educador quanto pelos relatos de experiência. As reflexões que a obra instiga conduzem a sugestões de políticas direcionadas para o ensino do português e do espanhol como línguas estrangeiras. Neste livro, valoriza-se a existência de programa para preparação e capacitação de professores, a formação continuada dos profissionais que atuam no ensino-aprendizagem de Português Língua Estrangeira (PLE) e Espanhol Língua Estrangeira (ELE) e o estímulo à divulgação da cultura dos países em que esses idiomas são falados. Além do estabelecimento de diretrizes para a condução da prática pedagógica, encontram-se aqui propostas de ensino de língua, cultura e sociedade por meio de textos que tratam da história desses países, bem como da inserção de saberes socioculturais nos materiais didáticos destinados ao aluno de PLE e de ELE. Levando-se em conta o contexto do aprendizado, os conhecimentos sociolinguísticos a serem trabalhados e os conhecimentos interculturais a serem abordados, ainda se sugere, neste livro, o uso da sequência didática – considerada uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento da proficiência dos aprendizes de línguas estrangeiras. Os textos da coletânea são enriquecedores não apenas pelas teorias que os fundamentam, mas também pelo dinamismo das abordagens que estimulam a prática didática, seja pelas técnicas de ensino de língua estrangeira, seja pelas sugestões de planejamento de atividades comunicativas e interativas.Item Español en la universidad: prácticas discursivas(EDUNILA, 2019) Bustinza, Ivan Ulloa; Romero, Gregorio Pérez de Obanos¿Que es? es un banco de actividades de práctica significativa del español como segunda lengua o lengua adicional especialmente diseñado para estudiantes de la Universidad Federal de Integración Latinoamericana (UNILA) que cursan el nivel intermedio del denominado Ciclo Común de Estudios. Español en la Universidad: prácticas discursiva No se trata por tanto de un libro de texto o de un manual al uso, sino más bien de un material complementario y, por ello, adaptable a su empleo en el contexto brasileño de la educación superior, de acuerdo con las posibilidades del profesor y con las necesidades de los estudiantes. Español en la Universidad: prácticas discursivas es un material específico creado para que los estudiantes contribuyan de un modo crítico a repensar los grandes temas que vertebran los objetivos estratégicos de la UNILA: la universalización del conocimiento y el respeto a la pluralidad de ideas mediante una oferta académica con compromiso social, en una oferta educativa bilingüe en portugués y español, y la promoción de la conciencia intercultural. Es por ello que la realización de las actividades que conforman las unidades didácticas facilita la activación por parte del aprendiz del componente estratégico de aprender español en un entorno multilingüe y la reflexión acerca de la educación en valores (la tolerancia, el respeto a la diversidad cultural, el rechazo a la intolerancia y al racismo, la denuncia social, etc.). El objetivo es contribuir al papel que desempeña la UNILA en la formación de ciudadanos críticos y de profesionales responsables que promuevan con su conocimiento al avance en la integración latinoamericana.Item Glossário terminológico da UNILA(EDUNILA, 2019) Pascua Vílchez, FidelO Glossário Terminológico da UNILA foi criado com a intenção de auxiliar alunos, professores, técnicos e comunidade externa à universidade e constitui o principal objeto resultante de uma pesquisa desenvolvida durante dois anos e meio na área da Terminologia, norteada pelos postulados teóricos da Teoria Comunicativa da Terminologia (TCT). A pesquisa, inspirada pelas teorias de Cabré (1999; 2000; 2005) e outros teóricos da Terminologia, como Krieger & Finatto (2004), Bevilacqua (2004) ou Wüster (1998), teve como frutos artigos publicados em revistas especializadas, em anais de congressos etc. Como conclusão principal, estabeleceu-se que o léxico acadêmico incluído no marco normativo universitário constitui a terminologia de uma área específica, ao estar presente dentro de um corpus de documentos normativos e, portanto, deve cumprir com a máxima de monovalência nesse dado contexto, apesar de que no uso comum da língua possa ser polissêmico. Quanto à metodologia aplicada, fizemos, em primeiro lugar, uma delimitação do objeto de estudo, o marco normativo da UNILA, selecionando os documentos que regem a universidade; depois, foram extraídas palavras e locuções que poderiam ser termos deste glossário. Na sequência, organizamos os termos em árvores de domínio que mostrassem suas relações conceituais. Finalmente, todas as informações foram registradas em fichas terminológicas, que serviram posteriormente para a elaboração do glossário.Item Imagem e memória dos Avá-Guarani paranaenses(EDUNILA, 2020) Brighenti, Clovis Antonio (Org.); Oliveira, Osmarina de (Org.)(Re)existência, a existência com resistência Avá-Guarani, sintetiza essa obra. É uma resistência adaptativa, que se dá pela vivência do Teko, do modo de ser e viver a plenitude, apesar dos atropelos violentos provocados pelo “desenvolvimento” econômico imposto pelos jurua kuéra no Yvy Mbyte, que destruiu a natureza. Os Guarani fizeram sua história e seguem fazendo, às vezes sozinhos, outras vezes com aliados, mas há pelo menos 500 anos com muitos empecilhos e violências, tendo que rearticular e refazer constantemente sua estratégia de sobrevivência. Nesse transcurso, ficaram registros: os principais deles estão guardados e são transmitidos na oralidade; uma pequena parte dessa memória foi gravada por diferentes pesquisadores; outra, também foi registrada em fotografias – as memórias visuais.Item Viver junto na América Latina: contatos, trânsitos e convivências da literatura latino-americana(EDUNILA, 2020) Cota, Débora (Org.); Capaverde, Tatiana (Org.)Tratar do espaço americano nos tempos atuais exige, para além das discussões de fronteiras e territórios, pensar as comunidades literárias enquanto espaço simbólico de trocas e interações. Esta coletânea de textos pretende reunir estudos que se propõem, na contemporaneidade, a olhar para a literatura latino-americana através de seus vínculos, trânsitos, contatos, convivências entendendo o viver juntos e o deslocamento como traços compositivos da heterogeneidade que nos caracteriza.Item Por um ensino insurgente em arquitetura e urbanismo(EDUNILA, 2020) Name, Leo (Org.); Moassab, Andréia (Org.)Pensar um ensino de arquitetura e urbanismo para o século XXI exige compreender esta área do conhecimento como parte das Ciências Sociais e, por isso, indissociada dos inescapáveis problemas dos saberes com base na racionalidade moderno-colonial. Entre eles, uma provinciana visão da ciência e da historiografia, sempre valorizadoras de fenômenos intraeuropeus, vistos como determinantes para certo progresso contínuo e inexorável em direção a um padrão da Europa e da América do Norte o qual todos devem atingir; e a autodesignação de um ethos europeu civilizado, sempre em contraponto à invenção de um Outro e sua cultura primitivos, bárbaros, subdesenvolvidos. O ensino na área vem sendo conduzido, portanto, pela colonialidade do saber. Em direção oposta, este livro reúne textos de autores e autoras inconformados/as e insurgentes, oriundos/as de diferentes instituições de ensino e que valorizam caminhos alternativos à geopolítica do conhecimento arquitetônico e urbanístico vigente. Acreditamos que os artigos aqui reunidos fazem um duplo exercício: por um lado, tensionam a literatura e demais saberes hegemônicos e consagrados, dirigindo-lhes perguntas incômodas ou inquietações e, no mais das vezes, trazendo-os para o contexto da América Latina. Além disso, conjugam de forma não hierárquica tais saberes com outros comumente desprezados, de modo a produzir e legitimar conhecimentos que transcendam preceitos e preconceitos estabelecidos no campo disciplinar de arquitetura e urbanismo. — Leo Name e Andréia MoassabItem Cinelatino: imagens da América Latina a serem decifradas(EDUNILA, 2020) Name, Leo (Org.); Spyer, Tereza (Org.)inelatino – Imagens da América Latina a Serem Decifradas recolhe reflexões sobre o pluralismo do cinema latino-americano e caribenho, por meio da análise de 14 filmes. Os quatro takes (sessões temáticas) que compõem o volume são o resultado de artigos desenvolvidos por debatedoras e debatedores que participaram de mostras e ciclos de cinema latino-americano e caribenho que aconteceram entre 2012 e 2017, na cidade de Foz do Iguaçu/Brasil, através do projeto de extensão Cinelatino: Imagens da América Latina a Serem Decifradas, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Neste marco, os discursos sobre violência e direitos humanos; arquitetura e cidade; gênero, poder, identidade, e cotidiano, política e sobrevivência se transformam em espaços através dos quais são discutidas questões contemporâneas e insurgentes. Esta obra coletiva contribui à visibilidade do cinema latino-americano e caribenho e ao autoconhecimento da região, partindo da ideia de olhar para as produções em sua diversidade e em sua capacidade de encarar as diferenças através do Outro.Item Narrando experiências formativas que valorizam pessoas, culturas e projetos no ambiente universitário: o caso da UNILA(EDUNILA, 2020) Lima, Manolita Correia (Org.); Assumpção, Solange Rodrigues Bonomo (Org.); Prolo, Ivor (Org.); Vieira, Rosilene Carla (Org.)Narrando Experiências Formativas que Valorizam Pessoas, Culturas e Projetos no Ambiente Universitário: o Caso da UNILA reúne narrativas de 34 atores institucionais, das mais diversas nacionalidades e de diferentes segmentos da comunidade acadêmica, interessados em compartilhar pontos de vista, posicionamentos, reflexões e inflexões sobre a vivência extensa e intensa nessa jovem universidade, localizada em Foz do Iguaçu, na confluência das fronteiras entre Brasil, Argentina e Paraguai. Esse conjunto de narrativas, por vezes, ganha cores e texturas típicas do texto biográfico, impregnado de sentido para quem, de fato, viveu a primeira década de existência da UNILA, e aproxima o livro de distintos públicos, universitários ou não. Na primeira parte do livro, o(a) leitor(a) terá a oportunidade de se aproximar da complexidade característica do projeto de criação da UNILA, bem como dos desafios de sua implantação, levando-se em conta a perspectiva de estudantes, docentes e técnico-administrativos(as) em educação. Na segunda parte da obra, destacam-se algumas das contribuições da Universidade para a região da Tríplice Fronteira e sua atuação na reafirmação da identidade, da cultura, dos povos e dos saberes latino-americanos e caribenhos. Essa opção de conteúdo e forma, além de construir um olhar orgânico e reflexivo sobre a Instituição, como um desdobramento de projeto financiado pelo CNPq (2015-2017), faz da obra uma homenagem dos(as) organizadores(as) e dos(as) autores(as) à UNILA no marco de seus dez anos de criação (2010-2020), destacando evidências de seu comprometimento com a integração latino-americana e caribenha, bem como o legado das pessoas de sua comunidade acadêmica no processo de concretização da missão de uma universidade tão singular, emblemática, inspiradora e necessária.Item Poder pastoral e cuidado de si em Foucault(EDUNILA, 2020) Barros II, João R.Como podemos compreender a atual conivência de cristãos com discursos de ódio e práticas de violência em nossa sociedade? O que tornou possível a disseminação de um moralismo insensível às questões sociais em um cenário de extrema desigualdade no qual vivemos? Essas e outras questões serviram de mote para a escrita desse texto. A partir dos conceitos poder pastoral e cuidado de si, o autor procura explorar algumas relações entre cristianismo e política na obra do filósofo Michel Foucault. Fruto de duas pesquisas de doutorado, esse texto tenta contribuir para a reflexão acerca de uma das questões mais prementes de nosso presente.Item Trânsitos e subjetividades latino-americanas no cinema(EDUNILA, 2020) Fonseca, Eduardo Dias (Org.); Ramalho, Fábio Allan Mendes (Org.)Trânsitos e Subjetividades Latino-Americanas no Cinema surge do desejo de delinear algumas linhas de força em torno de inquietações que marcam nossa atuação como pesquisadores do campo do cinema e do audiovisual na Universidade Federal da Integração Latino-Americana. Responde, portanto, não à pretensão de um panorama da produção da área em nosso contexto institucional, mas ao estabelecimento de alguns diálogos possíveis em torno de questões que nos interessam e interpelam especialmente. Do esforço de traçar pontos de articulação entre pesquisas gestadas em diferentes contextos territoriais, institucionais e mesmo a partir das distintas subjetividades implicadas em propostas de escrita, surge uma série de eixos tais como a memória e o passado; os marcadores de gênero e raça como dispositivos imagéticos e críticos; os entrecruzamentos entre o cinema e outras artes, tais como a literatura e a música; a alteridade e as dinâmicas relacionais intersubjetivas que se estabelecem entre sujeitos políticos e comunidades diversas; os territórios, paisagens e geografias – existentes ou sonhadas – que desenham o subcontinente; a colonialidade e os deslocamentos políticos, espaciais e imaginários que fundam o exercício do olhar e da escuta a partir de posições latino-americanistas que são, elas mesmas, heterogêneas e em disputa. Entre as contribuições de docentes da UNILA, o volume inclui textos de Francieli Rebelatto, Ignacio del Valle Dávila e Virginia Osorio Flôres. Por sua vez, quanto aos autores e autoras convidadas que atuam em outras instituições e países como Brasil, Chile, Argentina e Colômbia, contamos com as contribuições de Andrea Molfetta, Andrea Salazar Vega, Ângela Prysthon, Cecilia Gil Mariño, Ceiça Ferreira, Cristian Vargas Paillahueque, Maria Fernanda Osorio Arias e Pablo Piedras. Temos consciência de que a publicação está longe de esgotar a diversidade de perspectivas sobre o cinema e o audiovisual que informam nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão na unila, e preferimos que seja assim. Como afirmamos na apresentação do livro, trata-se antes de mais nada de um começo de conversa; uma maneira de nos colocarmos em contato e em movimento. Não apenas reconhecemos a parcialidade do recorte, como também nos agrada constatar a impossibilidade de fazer corresponder os textos e seus respectivos autores a qualquer um desses eixos exclusivamente. Cada trabalho é por si só um ponto de convergência entre os elementos que elencamos acima, consistindo, portanto, em modos de formular respostas – parciais, contingentes – às tensões que atravessam nossa atuação na universidade, bem como o campo cinematográfico em sentido mais amplo. Isso significa dizer que o arranjo proposto aqui é, em certa medida, intercambiável. Convidamos os leitores e leitoras a retraçar conexões entre os capítulos, temas e propostas teórico-metodológicas que compõem o livro. Além de organizadores, somos responsáveis pela tradução para o português do capítulo que abre o volume, “História e Memória em Primeira Pessoa”, de autoria do pesquisador argentino Pablo Piedras. Publicado inicialmente na obra que resulta de sua pesquisa de doutorado, o texto aborda a produção argentina contemporânea que se agrupa sob a designação de “documentários subjetivos” e que, como tais, confrontam uma série de interrogantes estéticos, éticos e políticos em torno do passado recente do país. Trata-se de uma referência importante para a articulação do pensamento audiovisual centrado nas tensões históricas que atravessam o subcontinente e, de modo muito particular, o cone sul. Traduzi-lo foi uma maneira que encontramos de acionar o bilinguismo como potência de circulação e diálogo, inclusive em nossa instituição. O texto já circula bastante aqui, mas acreditamos que sua versão em português pode ampliar o acesso e, com isso, subsidiar debates que consideramos fundamentais. De fato, é o que desejamos com a proposição desse livro como um todo: que ele cumpra sua função de divulgação científica e de estímulo ao pensamento crítico.Item Catolicismo e escravidão: o discurso e a posse(EDUNILA, 2020) Souza, Ricardo Luiz deRicardo Luiz de Souza, em seu livro Catolicismo e Escravidão: o discurso e a posse, traz a público as tradições e contradições da Igreja Católica quanto ao processo de escravidão indígena e africana no Brasil e, mais amplamente, na América Latina. A fim de analisar o posicionamento desta Instituição ao longo dos séculos, o autor se aprofunda na literatura especializada, sobretudo nas obras de Gonzalo Fernandez de Oviedo, Juan Ginés de Sepúlveda, Francisco de Vitoria e Bartolomé de Las Casas. Os dois primeiros, defensores da escravidão indígena e, os dois últimos, críticos desta prática. A análise comparativa destes autores ajuda o leitor a esclarecer pontos importantes sobre o debate da escravatura na América colonial, especialmente em relação ao tratamento diferenciado dado aos indígenas e africanos em solo americano. Enquanto a escravidão indígena era, para alguns, considerada contrária aos preceitos cristãos, a exploração dos povos africanos, por vezes, era estimulada pelos mesmos autores. O livro é estruturado em três capítulos. No primeiro, “A escravidão Indígena na América Espanhola: Fundamentos de um Debate”, o escritor aborda os pontos-chave da bibliografia em questão. Já no segundo, “A Maldição, o Inferno e o Paraíso”, traça uma síntese do discurso católico sobre a escravidão, partindo dos textos bíblicos, passando pelo período medieval e pelo debate sobre o tráfico de escravos, chegando aos autores do período colonial. Aqui, são analisadas obras de Antonil, Padre Antônio Vieira, Jorge Benci, Nuno Marques Pereira e Azeredo Coutinho. O estudioso busca, então, mostrar as linhas de continuidade e as contradições presentes nesse discurso. E, finalmente, no último, “Batismo, Posse e Abolição”, são apresentados os rituais de conversão dos gentios, ou seja, o batismo, tal como foi praticado e visto pela Igreja. Ademais, Ricardo Luiz de Souza analisa ainda como se deu a posse de escravos por parte da Igreja enquanto durou a escravidão e como a Instituição se posicionou perante a abolição.Item O Movimento Indígena no Brasil: da Tutela ao Protagonismo (1974-1988)(EDUNILA, 2021) Brighenti, Clovis Antonio (Org.); Heck, Egon Dionisio (Org.)Este livro analisa como os indígenas no Brasil superaram as noções de tutela estatal e integração e abriram caminho para o reconhecimento da organização social, línguas, costumes, crenças e tradições. A primeira parte é dedicada ao movimento indígena, às assembleias e organizações que ocorreram, e conta com um artigo escrito por Nailton do Povo Pataxó da Bahia, protagonista desse processo. A parte dois é dedicada a conhecer alguns cenários das ações e mobilizações indígenas, em especial pela conquista das terras. O capítulo três é dedicado a analisar as ações do Estado e as mobilizações contra a integração e pela mudança do marco legal na Constituição Federal de 1988. Esse processo não alterou apenas a correlação de indígenas com o Estado brasileiro, mas também provocou mudanças profundas nas lutas sociais e na perspectiva do Brasil em se reconhecer com um pais multicultural, avançando, quem sabe, para a interculturalidade.Item A Segunda Guerra Mundial e a Tríplice Fronteira: a vigilância aos “súditos do Eixo” alemães e italianos(EDUNILA, 2021) Silva, Micael Alvino daComo o fenômeno global da Segunda Guerra Mundial impactou na então remota tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai? O livro A Segunda Guerra Mundial e a Tríplice Fronteira – A vigilância aos “súditos do eixo” alemães e italianos pretende apresentar uma resposta baseada em uma pesquisa histórica que perpassa toda a experiência acadêmica do autor, o professor de História das Relações Internacionais na UNILA, Micael Alvino da Silva. Quando o Brasil declarou guerra ao Eixo, em janeiro de 1942, intensificou-se o movimento de vigilância aos “súditos do Eixo”, como eram chamados os alemães, italianos e descendentes. O autor se esforça para contextualizar esse movimento como algo que ocorreu na Europa, nos Estados Unidos e nas grandes cidades do Brasil, sem perder de vista a dimensão local. A onipresença do nazismo chegou até mesmo a lugares como a então decadente região da Tríplice Fronteira. Além de apresentar o contexto histórico global, americano e brasileiro, no livro são descritas duas frentes de vigilância aos alemães e italianos locais: a identificação de possíveis subversivos e o afastamento de pessoas da fronteira internacional do Estado do Paraná. No enfrentamento aos subversivos, destacam-se as prisões de Emil Mohrhoff e do padre Manoel Koenner. Na outra frente, cerca de 80 famílias foram obrigadas a deixar suas residências sob a justificativa de representarem potencialmente uma ameaça à segurança nacional e continental. Este é um livro sobre eventos internacionais e decisões políticas que impactaram a vida de algumas dezenas de famílias. Nesse sentido, é uma “história conectada” que articula as dimensões local e global. É também uma história de uma região internacional, sobre um período muito diferente do que se tornaria a partir dos anos 1970. É também uma história da Tríplice Fronteira na década de 1940.Item Josefina Plá: uma produção múltipla e moderna desde a cultura paraguaia/(EDUNILA, 2021) Cota, Débora (Org.); Rodrigues, Daiane Pereira (Org.)Em 2019, completaram-se 20 anos da morte de Josefina Plá e, apesar da existência de vários estudos acadêmicos sobre a escritora e artista que se debruçam, em sua maioria, sobre a representação da mulher paraguaia em sua narrativa, não havia nenhum livro que se propunha à divulgação de pesquisas relativas à autora disponível ao leitor brasileiro. Neste sentido, esta obra, intitulada Josefina Plá: Uma Produção Múltipla e Moderna desde a Cultura Paraguaia e organizada por Débora Cota e Daiane Pereira Rodrigues, é uma homenagem através da divulgação de estudos sobre suas atividades no país. A publicação reúne pesquisas que introduzem o leitor ao grande universo artístico cultural explorado por Plá: seus trabalhos com a arte popular paraguaia; sua produção poética e intimista; sua condição de estrangeira; seu interesse pela formação híbrida da identidade paraguaia e latino-americana, ou ainda sua perspectiva com relação à questão da mulher. Espera-se que a publicação, que surge com o desejo de unir estudos sobre a autora e divulgar sua variada produção, sirva de introdução àqueles que ainda não se acercaram às atividades de Josefina Plá ou que mantém com ela um estreito diálogo, mas que também contribua nas discussões sobre a literatura paraguaia e principalmente para as pesquisas que se voltam à América Latina e sua cultura.Item Revolução e paraíso: conflito de ideias na igreja latino-americana (1968-1979)(EDUNILA, 2021) Queiroz, AlexandreOs sentidos conferidos ao conceito de Libertação expressaram significados políticos, sociais e religiosos na América Latina, sobretudo entre os anos 1960 e 70, e fomentaram um amplo debate sobre o papel da Igreja Católica no contexto pós-Concílio Vaticano II, marcado por discussões acerca da pobreza e da Dependência. A circulação e apropriação transnacional dessas ideias, no âmbito das Conferências Episcopais de Medellín (1968) e Puebla (1979), analisadas e comparadas nessa obra, assim como os documentos que discutiram a "Questão Social" desde o final do século XIX, mobilizaram três acepções conceituais sobre a Libertação no período: Espiritual, Dialética e Marxista. Estas definições, matizadas entre a Revolução e o Paraíso, centradas na afirmação de uma identidade latino-americana e referendadas na teologia e nas práticas da Igreja, constituíram releituras do passado, críticas sobre o presente e prenúncios de futuro.Item Dos sertões para as fronteiras e das fronteiras para os sertões(EDUNILA, 2021) Leroy, Henrique RodriguesA partir de um íntimo diálogo costurado entre Grande Sertão: Veredas, do conterrâneo Guimarães Rosa, e a Pedagogia do Oprimido, do centenário e também pernambucano Paulo Freire, estes escritos tecem narrativas advindas de uma sala de aula de Língua Portuguesa Adicional localizada na Tríplice Fronteira mais populosa e movimentada do Brasil, entre Paraguai, Argentina e Brasil, mais especificamente na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), localizada na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná. De 2013 a 2018, transitei-me, por diversas vezes, entre essa Tríplice Fronteira, local onde morava e trabalhava, e a minha cidade natal chamada Esmeraldas, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Costumo dizer que essa minha querida cidade habita um entre-lugar e/ou uma terceira margem, entre as Minas profundas de Carlos Drummond de Andrade e os vastos Sertões das Gerais de João Guimarães Rosa. E essas constantes travessias, somadas às minhas múltiplas vivências na fronteira, sensibilizaram-me para epistemologias, ontologias e vivências outras que me tiraram das certezas e verdades cartesianas eurocêntricas perpetradas por um falacioso universalismo. Esta libertadora e emancipadora travessia permitiu um encontro não apenas comigo mesmo, mas também com toda uma gama de ativistas, artistas, autores, pensadores, educadores-educandos e educandos-educadores latino-americanos que retiraram as escamas que vendavam minhas lentes, revelando-me as diferentes diferenças deste mundo que, em realidade, é diverso, é plural e é heterogêneo. Estas ampliadas epistemologias latino-americanas também me sensibilizaram muito para conscientizações raciais e sociais críticas, fazendo com que eu me descobrisse e me descortinasse um (trans)sujeito branco e gay que habita lugares privilegiados e que, principalmente por isso, deve se responsabilizar pelas desnaturalizações das práticas racistas, sexistas, homofóbicas, opressoras e eurocentradas em todos os espaços que eu frequentar, performar e atuar, seja como um professor, um amigo, um namorado, um colega, um sobrinho, um tio, um padrinho etc… Ou seja, a fronteira, a UNILA e, sobretudo, a sala de aula de Língua Portuguesa Adicional apresentaram-me e me revelaram um tornar-me crítico envolto em um constante devir conscientizador e libertador. É certo que um desses muitos espaços que refletiu e propagou todas essas transformações narradas e confessadas acima foi a sala de aula de Língua Portuguesa Adicional da UNILA. A sala de aula de língua-cultura na fronteira foi uma terceira margem onde, a partir do encontro com (trans)sujeitos de origens, narrativas e repertórios linguístico-culturais diversos que também habitam outros sertões e outras fronteiras, eu pude – além de ensinar – aprender a desaprender para reaprender a respeitar, a valorizar e a criar espaços de escuta para as diferentes diferenças linguístico-culturais; para as diversas cosmovivências desta linda, rica e ferida Abya Yala que habitamos. Esses (trans)sujeitos e todas as suas biografias culturais vivenciadas por seus corpos latino-americanos foram visibilizados por meio das lentes translíngues, decoloniais e transculturais presentes na aula de Língua Portuguesa. O aprendizado das variedades brasileiras da língua-cultura portuguesa fez com que esses educandos pudessem performar suas diversas, plurais, transitórias e provisórias identidades, estivessem elas relacionadas às suas línguas-culturas de origem, às línguas-culturas dos seus colegas aprendidas na fronteira ou ao encontro de todas elas nessa terceira margem que é, foi e sempre será a sala de aula de Língua Adicional na UNILA. Assim, convido vocês, queridas e queridos leitores, e minhas queridas e meus queridos educandos, que advêm de diversas fronteiras e sertões latino-americanos, a atravessarem juntamente comigo estas páginas-veredas. Nelas, vocês descobrirão e desvendarão narrativas únicas e libertadoras que trarão lutas e construtos urgentes, insurgentes e necessários neste mundo que está, a cada dia que passa, mais enfermo e agonizante: decolonialidades, translinguagens, transculturalidades, identidades performativas, Guerra declarada ao Paraguai, Guerras declaradas aos Guarani e pensamento crítico latino-americano farão parte desta tentativa de alentar, mesmo que seja por um íntimo e curto momento de leitura, toda a dor e descaso que estamos presenciando nestes tristes e sombrios tempos. Em verdade, esta travessia translíngue e decolonial pelo ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa Adicional na Tríplice Fronteira pode nos fazer atravessar não somente as fronteiras e os sertões geográficos e físicos deste mundo – que ainda é redondo –, como também os sertões e as fronteiras que habitam dentro de nós mesmos. Esta viagem ruma para muito além de todos esses sertões e de todas essas fronteiras, sejam elas exteriores ou interiores! Este percurso pode nos revelar verdadeiros oásis-veredas conscientizadores e libertadores, que estão repletos de buritis e de caudalosos rios com suas também possíveis terceiras-margens. Este percurso tenta visibilizar os (trans)sujeitos com seus corpos, mentes, vivências e amores! Nunca se esquecendo de que o eros, o corazonar, o sentipensar e o sulear são os verdadeiros estímulos e guias de um trabalho que se diz translíngue e decolonial já em seu título.