Busco, por meio deste trabalho, traçar o panorama das realidades atravessadas nas gerações que me antecedem, pois sou da segunda geração da família nascida no Brasil, construí um vínculo muito grande com meu avô e com meus tios e tias vindos de Portugal em 1938. Ao chegarem, trouxeram hábitos, costumes, práticas e diversos traços sociais que resistiriam — no sotaque, nas orações, nos pratos típicos e nas saudades — e seriam passados de geração em geração. Compreendendo de que forma a história privada afeta e é afetada pela história nacional, agravada pelo contexto migratório, tratarei de mergulhar nas interposições de ambas as culturas e compreender, a partir do vínculo com a terra, as aproximações e distanciamentos geracionais.