Este artigo apresenta a figura das soldaderas para pensar a estética da Revolução Mexicana em traduções femininas, que perpassam múltiplas camadas da cultura ao longo do tempo: entre discursos sobre seus papéis domésticos na Revolução até as suas condições de emancipação. Ao serem popularizadas como Adelitas, foram transformadas em belas imagens idílicas, em que a feminilidade é exacerbada e qualquer traço de agressividade deve ser escondido e apagado. A estética nas representações das soldaderas pode ser pensada como ferramenta política e decolonizadora, sobretudo, na inversão da expectativa de gênero feminino.