LC - Dissertação
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Navegando LC - Dissertação por Autor "Almendra Filho, Dinaldo Sepúlveda"
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Item Concepção cinematográfica e identidade branca: o “ponto oculto” nos documentários Atlântico Negro, na rota dos Orixás (1997), e Pedra da Memória (2011)(2020-04-29) Moreira, Rodrigo Birck; Almendra Filho, Dinaldo SepúlvedaA pesquisa apresentada trata das formas com que a identidade branca atua nos processos construtivos do cinema documental de temática religiosa afro-brasileira. Numa perspectiva de comparatismo cinematográfico, os documentários Atlântico Negro, na rota dos Orixás (1997), de Renato Barbieri, e Pedra da Memória (2011), de Renata Amaral, são observados a partir do que Beatriz Nascimento chamou de “ponto oculto”, ao criticar publicamente o diretor Carlos Diegues acerca das representações negras em Xica da Silva (1976). O “ponto oculto” indica o negro introjetado na construção do lugar social do homem branco, o que acarreta nas problemáticas ocorridas quando este homem branco representa sujeitos negros no cinema. A partir disso, é realizado um dimensionamento histórico destas representações e de suas construções e, posteriormente, o foco se volta para as representações cinematográficas das religiosidades afro-brasileiras. Os dois documentários são então enquadrados em uma análise fílmica, onde são priorizados os quesitos etnográficos e seu estudo a partir da premissa do “ponto oculto”.Item Desvios pela memória: as relações entre testemunho, ficção e documentário em Los rubios e Branco sai, Preto fica(2018-08-14) Souza, Lucas Henrique de; Almendra Filho, Dinaldo SepúlvedaO objetivo desta dissertação é investigar as relações entre memória, documentário e ficção no cinema argentino e brasileiro, tomando como objeto de estudo documentários que efetuam em suas narrativas a figuração da memória no liame com a ficção. São eles: Los rubios (2003), de Albertina Carri, e Branco sai, Preto fica (2014), de Adirley Queirós. Ambas obras têm na fabulação da memória a sua concepção estética e política, de maneira que, encarnam e evidenciam a questão em debate. Nesse sentido, o movimento de muitos documentários contemporâneos em direção à ficção promove um horizonte de renovação à forma documental, questionando princípios basilares de sua tradição, como por exemplo, o discurso de sobriedade do documentário frente a outras formas cinematográficas. Diante deste contexto, estudamos a capacidade da memória em possibilitar novas negociações entre o documentário e a ficção, de facilitar contaminações com outras linguagens ou desencadear desvios, sobretudo através da encenação de experiências traumáticas.Item Tráfico de linguagens na cultura da mídia: a “ética-estética” da narcocultura e as mediações em Narcos(Biblioteca Latino-Americana, 2019-09-13) Louzada, Isabel Cristina Costa; Almendra Filho, Dinaldo SepúlvedaComo contribuição para o estudo de estéticas contemporâneas, esta dissertação tem como objetivo estudar o fenômeno da narcocultura latino-americana e as suas narrativas midiáticas, tomando como objeto a série Narcos, produção original da plataforma Netflix. A série é apenas um exemplo dentre inúmeros bens culturais de cinema, televisão, literatura e música que se servem da narcocultura e das suas representações ao mesmo tempo em que contribuem para retroalimentá-las ou mesmo reinventá-las. Baseando-se nas reflexões de Omar Rincón (2013) e Carlos Monsiváis (2006) sobre a violência e suas repercussões nos campos da cultura e da política, o trabalho desdobra-se em dois eixos de análise: a) a narcocultura incorpora elementos de diferentes linguagens da cultura da mídia, como melodrama, realismo mágico, seriado televisivo, cinema de ficção e documentário, e subverte, destitui ou ressignifica seus sentidos originários para criar uma mentalidade “ética-estética” própria, jogando com valores e sentidos morais da família, propriedade e religiosidade presentes na tradição latino-americana; e b) a mediação promovida por Narcos da narcocultura realiza uma apropriação específica dessa mentalidade “ética-estética”, matizando seus elementos constitutivos, e toma a figura mítica de Pablo Escobar como elemento central de uma produção transnacional destinada a uma audiência global. Em termos de análise comparada, o considerado é o ponto de contato e a coexistência de matrizes culturais e suas linguagens dentro de uma mesma obra audiovisual. A narcocultura extrai expedientes estéticos das matrizes culturais populares em sua busca por autenticidade. Portanto, essa forma cultural emprega desdobramentos estéticos, éticos e políticos no campo das representações da “cultura da mídia”. À vista disso, a análise da série se apoia em Andreas Huyssen (1997), Douglas Kellner (2001) e Vera Lúcia Follain de Figueiredo (2010), visto que Narcos é mais um produto cultural que aborda o fenômeno da violência e do narcotráfico, sendo assim um elemento da chamada cultura da mídia que tanto aterroriza e fascina a sociedade que, em seus inúmeros apelos de consumo, é atraída pela riqueza “ética-estética” da narcocultura, produzindo inúmeras narrativas a partir de representações midiáticas, o que coloca em disputa os sentidos da narcocultura e seus significados na América Latina.