Entre o cuidar e o adoecer: revisão integrativa sobre saúde mental na prática profissional em saúde

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Data

2025-09-08

Autores

Villalba, Julia Adelaida Imlach

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Resumo

Este trabalho tem como objetivo analisar a produção científica nacional publicada entre 2015 e 2024 acerca da prevalência, fatores de risco e repercussões dos principais transtornos mentais (especialmente ansiedade, depressão e síndrome de burnout) entre profissionais da saúde no Brasil. Para isso, realizou-se uma revisão integrativa da literatura, utilizando a estratégia PICO adaptada à realidade do tema. A busca foi realizada nas bases SciELO, PubMed, LILACS e revistas de divulgação científica, com descritores controlados e operadores booleanos, considerando artigos originais, estudos transversais e revisões integrativas ou sistemáticas que abordassem a saúde mental de trabalhadores da saúde no país. Dos 98 estudos inicialmente encontrados, 17 atenderam integralmente aos critérios de inclusão e foram analisados de forma descritiva e categorizada. Os resultados revelaram que ansiedade, depressão e burnout são os transtornos psíquicos mais prevalentes entre esses profissionais, sendo agravados por fatores como carga horária excessiva, sobrecarga emocional, precariedade das condições de trabalho e impactos da pandemia de COVID-19. Profissionais da enfermagem, técnicos, agentes comunitários e médicos que atuam em contextos de alta complexidade aparecem como os mais vulneráveis ao sofrimento psíquico. O adoecimento mental nesses grupos compromete a qualidade da assistência, gera absenteísmo, aumenta a rotatividade e prejudica a saúde ocupacional. A pandemia intensificou esses problemas ao expor fragilidades institucionais e aumentar a sobrecarga emocional. Apesar da existência de medidas preventivas descritas na literatura, como apoio psicológico, reorganização do trabalho, capacitação em resiliência e fortalecimento das redes de apoio, observou-se uma carência de estudos que avaliem sua efetividade. Também foram identificadas lacunas na literatura, como a ausência de análises comparativas entre diferentes categorias profissionais e a escassez de revisões que articulem os efeitos da pandemia às estratégias institucionais de enfrentamento. Conclui-se que há necessidade urgente de ações intersetoriais e políticas públicas mais eficazes, bem como de estudos futuros que investiguem a efetividade das intervenções e proponham abordagens integradas e contextualizadas para a promoção da saúde mental no ambiente de trabalho em saúde. Resumen Este trabajo tiene como objetivo analizar la producción científica nacional publicada entre 2015 y 2024 sobre la prevalencia, factores de riesgo y repercusiones de los principales trastornos mentales (especialmente ansiedad, depresión y síndrome de burnout) entre profesionales de la salud en Brasil. Para ello, se realizó una revisión integradora de la literatura utilizando la estrategia PICO adaptada a la realidad del tema. La búsqueda se llevó a cabo en las bases SciELO, PubMed, LILACS y revistas de divulgación cientifica, con descriptores controlados y operadores booleanos, considerando artículos originales, estudios transversales y revisiones integradoras o sistemáticas que abordaran la salud mental de trabajadores de la salud en el país. De los 98 estudios inicialmente encontrados, 17 cumplieron íntegramente con los criterios de inclusión y fueron analizados de forma descriptiva y categorizada. Los resultados revelaron que la ansiedad, la depresión y el burnout son los trastornos psíquicos más prevalentes entre estos profesionales, agravados por factores como la carga horaria excesiva, la sobrecarga emocional, la precariedad de las condiciones laborales y los impactos de la pandemia de COVID-19. Profesionales de enfermería, técnicos, agentes comunitarios y médicos que trabajan en contextos de alta complejidad aparecen como los más vulnerables al sufrimiento psíquico. El deterioro de la salud mental en estos grupos compromete la calidad de la atención, genera ausentismo, incrementa la rotación y perjudica la salud ocupacional. La pandemia intensificó estos problemas al evidenciar fragilidades institucionales y aumentar la sobrecarga emocional. A pesar de la existencia de medidas preventivas descritas en la literatura, como el apoyo psicológico, la reorganización del trabajo, la capacitación en resiliencia y el fortalecimiento de las redes de apoyo, se observó una escasez de estudios que evalúen su efectividad. También se identificaron lagunas en la literatura, como la ausencia de análisis comparativos entre diferentes categorías profesionales y la falta de revisiones que articulen los efectos de la pandemia con las estrategias institucionales de afrontamiento. Se concluye que existe una necesidad urgente de acciones intersectoriales y políticas públicas más eficaces, así como de estudios futuros que investiguen la efectividad de las intervenciones y propongan enfoques integrados y contextualizados para la promoción de la salud mental en el entorno laboral en salud.

Abstract

This study aims to analyze national scientific production published between 2015 and 2024 regarding the prevalence, risk factors, and repercussions of major mental disorders—especially anxiety, depression, and burnout syndrome—among healthcare professionals in Brazil. To achieve this, an integrative literature review was conducted using a PICO strategy adapted to the study topic. The search was carried out in the SciELO, PubMed, LILACS and scientific outreach journals databases, using controlled descriptors and Boolean operators. Original articles, cross-sectional studies, and integrative or systematic reviews addressing the mental health of healthcare workers in Brazil were considered. Of the 98 studies initially retrieved, 17 fully met the inclusion criteria and were analyzed descriptively and categorically. The results revealed that anxiety, depression, and burnout are the most prevalent mental disorders among these professionals, exacerbated by factors such as excessive working hours, emotional overload, poor working conditions, and the impacts of the COVID-19 pandemic. Nurses, technicians, community health workers, and physicians working in high-complexity settings were found to be the most vulnerable to psychological distress. Mental illness in these groups compromises the quality of care, leads to absenteeism, increases staff turnover, and harms occupational health. The pandemic intensified these issues by exposing institutional weaknesses and increasing emotional strain. Although preventive measures such as psychological support, work reorganization, resilience training, and the strengthening of support networks are described in the literature, there is a lack of studies evaluating their effectiveness. Gaps were also identified, including the absence of comparative analyses across different professional categories and the scarcity of reviews linking pandemic-related effects to institutional coping strategies. It is concluded that there is an urgent need for intersectoral actions and more effective public policies, as well as future studies that investigate the effectiveness of interventions and propose integrated and context-sensitive approaches to promoting mental health in the healthcare work environment.

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Palavras-chave

profissionais de saúde, ansiedade, transtornos depressivos, saúde mental

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