A fronteira: o entrelugar da poética de Douglas Diegues
Data
2016-08
Autores
Peres, Warleson
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Editor
UNILA
Resumo
O objetivo desta comunicação é apresentar considerações acerca do espaço liminar, uma fronteira
constituída como território de coexistência de línguas justapostas para estabelecer a interação
entre seus habitantes. A fronteira configurase como um espaço em construção, onde línguas e
culturas se hibridizam, moldando um novo imaginário sociocultural. Desse modo, pretendese
relacionála com Babel, sob a perspectiva de Paul Zumthor (1998) e Jacqueline AmatiMehler et al
(2005), a fim de demonstrar como a pluralidade de línguas e de vozes estão presentes no
Portunhol Selvagem de Douglas Diegues. Essa linguagem poética mescla Português, Espanhol,
Guarani, entre palavras de tantas outras culturas, estabelecendo uma identidade cultural, sem,
entretanto, buscar institucionalizar essas duas línguas imperiais e nacionais. O poeta, ao criar uma
língua original para construção de sua obra e utilizála em suas comunicações orais e entrevistas,
não pode ignorar o quanto isso está relacionado à construção do seu espaço biográfico
(ARFUCH, 2010). Assim, ao promover esse bilinguajamento (MIGNOLO, 2003), Diegues
confirma que realmente faz da fronteira “o não lugar da liberdade de sua linguagem”
Abstract
Descrição
IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016
Palavras-chave
Douglas Diegues - poeta brasileiro