Feiras livres e a comercialização de alimentos em Guiné-Bissau: um estudo sobre o Mercado de Caracol (Bissau)

dc.contributor.authorDabó, Suncar
dc.date.accessioned2025-04-09T21:27:01Z
dc.date.available2025-04-09T21:27:01Z
dc.date.issued2025-04-09
dc.descriptionTrabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar.
dc.description.abstractAo longo do tempo, os mercados agroalimentares passaram por substantivas transformações. Ainda que atualmente predominam mercados associados a cadeias globais de commodities controladas por empresas transnacionais, seguem existindo e resistindo circuitos de comercialização mais tradicionais, que são centrais para o abastecimento alimentar. O Mercado de Caracol é um local que apresenta estas características, funcionando como uma feira livre que ocorre no Bairro de Bandim, região central de Bissau, capital de Guiné-Bissau. Para tanto, o objetivo desta pesquisa foi descrever e analisar as características gerais deste mercado, com destaque à comercialização de produtos agroalimentares, compreendendo a sua importância e os seus desafios para os feirantes. Trata-se de um estudo qualitativo e exploratório que, além de revisão bibliográfica e documental, contou com a realização de oito entrevistas semiestruturadas na feira. Dada as limitações de tempo e recurso, e a dificuldade de fazer as entrevistas de modo remoto, elas foram conduzidas in loco com apoio de um colaborador local em janeiro e fevereiro de 2024. Os resultados indicam que o Mercado de Caracol surgiu no final da década de 1940 e funciona diariamente das 06 às 19 horas, sendo o maior mercado popular de produtos agroalimentares do país. No âmbito agroalimentar, ali são comercializados legumes, verduras, frutas, grãos básicos e temperos. Quanto à origem dos produtos, eles vêm tanto de agricultores que cultivam nos arredores de Bissau, sobretudo verduras, como são importados do Senegal, que por sua vez se abastece de produtos oriundos do Marrocos e da Gâmbia. Um elemento que merece destaque é a centralidade das mulheres no comércio de alimentos no Mercado de Caracol, localmente conhecidas como bideiras. Entre os desafios, os entrevistados comentam sobre a infraestrutura precária da feira e as condições sanitárias inadequadas, além das dificuldades de transporte para chegar até o mercado, o custo do espaço que se paga a municipalidade, as dificuldades na fronteira para importar os produtos diretamente e a redução dos compradores (derivado, principalmente, da instabilidade política que o país vem enfrentando). Não obstante estas problemáticas, é um espaço central para o abastecimento de alimentos da capital, além de ser a base de sustento da economia familiar de muitas bideiras. Resumen Con el tiempo, los mercados agroalimentarios han experimentado transformaciones sustanciales. Aunque en la actualidad predominan los mercados asociados a las cadenas globales de productos básicos y controlados por empresas transnacionales, los circuitos de comercialización más tradicionales, centrales para el abastecimiento de alimentos, siguen existiendo y resistiendo. El Mercado Caracol es un lugar que presenta estas características, funcionando como un mercado al aire libre que tiene lugar en el barrio de Bandim, región central de Bissau, capital de Guinea-Bissau. Por lo tanto, el objetivo de esta investigación fue describir y analizar las características generales de este mercado, con énfasis en la comercialización de productos agroalimentarios, comprendiendo su importancia y sus desafíos para los vendedores del mercado. Se trata de un estudio cualitativo y exploratorio que, además de una revisión bibliográfica y documental, incluyó ocho entrevistas semiestructuradas en la feria. Dadas las limitaciones de tiempo y recursos, y la dificultad de realizar las entrevistas a distancia, estas se realizaron de manera presencial con el apoyo de un colaborador local en enero y febrero de 2024. Los resultados indican que el Mercado Caracol surgió a finales de la década de 1990. 1940 y está abierto diariamente de 6 a 19 horas, siendo el mercado popular de productos agroalimentarios más grande del país. En el sector agroalimentario se comercializan allí hortalizas, verduras, frutas, granos básicos y especias. En cuanto al origen de los productos, proceden de agricultores que cultivan cultivos en los alrededores de Bissau, especialmente hortalizas, y son importados de Senegal, que a su vez se abastece de productos de Marruecos y Gambia. Un elemento que merece ser destacado es la centralidad de las mujeres en el comercio de alimentos en el Mercado Caracol, conocidas localmente como bideiras. Entre los desafíos, los entrevistados comentaron la mala infraestructura de la feria y las inadecuadas condiciones sanitarias, además de las dificultades de transporte para llegar al mercado, el costo del espacio pagado al municipio, las dificultades en la frontera para importar. los productos directamente y la reducción de compradores (debido principalmente a la inestabilidad política que viene enfrentando el país). A pesar de estos problemas, es un espacio central para el abastecimiento de alimentos de la capital, además de ser la base de la economía familiar de las bideiras.
dc.identifier.urihttps://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9053
dc.language.isovi
dc.rightsopenAccess
dc.subjectmercados
dc.subjectfeiras livres
dc.subjectGuiné-Bissau
dc.subjectabastecimento de alimentos
dc.titleFeiras livres e a comercialização de alimentos em Guiné-Bissau: um estudo sobre o Mercado de Caracol (Bissau)
dcterms.abstractAo longo do tempo, os mercados agroalimentares passaram por substantivas transformações. Ainda que atualmente predominam mercados associados a cadeias globais de commodities controladas por empresas transnacionais, seguem existindo e resistindo circuitos de comercialização mais tradicionais, que são centrais para o abastecimento alimentar. O Mercado de Caracol é um local que apresenta estas características, funcionando como uma feira livre que ocorre no Bairro de Bandim, região central de Bissau, capital de Guiné-Bissau. Para tanto, o objetivo desta pesquisa foi descrever e analisar as características gerais deste mercado, com destaque à comercialização de produtos agroalimentares, compreendendo a sua importância e os seus desafios para os feirantes. Trata-se de um estudo qualitativo e exploratório que, além de revisão bibliográfica e documental, contou com a realização de oito entrevistas semiestruturadas na feira. Dada as limitações de tempo e recurso, e a dificuldade de fazer as entrevistas de modo remoto, elas foram conduzidas in loco com apoio de um colaborador local em janeiro e fevereiro de 2024. Os resultados indicam que o Mercado de Caracol surgiu no final da década de 1940 e funciona diariamente das 06 às 19 horas, sendo o maior mercado popular de produtos agroalimentares do país. No âmbito agroalimentar, ali são comercializados legumes, verduras, frutas, grãos básicos e temperos. Quanto à origem dos produtos, eles vêm tanto de agricultores que cultivam nos arredores de Bissau, sobretudo verduras, como são importados do Senegal, que por sua vez se abastece de produtos oriundos do Marrocos e da Gâmbia. Um elemento que merece destaque é a centralidade das mulheres no comércio de alimentos no Mercado de Caracol, localmente conhecidas como bideiras. Entre os desafios, os entrevistados comentam sobre a infraestrutura precária da feira e as condições sanitárias inadequadas, além das dificuldades de transporte para chegar até o mercado, o custo do espaço que se paga a municipalidade, as dificuldades na fronteira para importar os produtos diretamente e a redução dos compradores (derivado, principalmente, da instabilidade política que o país vem enfrentando). Não obstante estas problemáticas, é um espaço central para o abastecimento de alimentos da capital, além de ser a base de sustento da economia familiar de muitas bideiras. Resumen Con el tiempo, los mercados agroalimentarios han experimentado transformaciones sustanciales. Aunque en la actualidad predominan los mercados asociados a las cadenas globales de productos básicos y controlados por empresas transnacionales, los circuitos de comercialización más tradicionales, centrales para el abastecimiento de alimentos, siguen existiendo y resistiendo. El Mercado Caracol es un lugar que presenta estas características, funcionando como un mercado al aire libre que tiene lugar en el barrio de Bandim, región central de Bissau, capital de Guinea-Bissau. Por lo tanto, el objetivo de esta investigación fue describir y analizar las características generales de este mercado, con énfasis en la comercialización de productos agroalimentarios, comprendiendo su importancia y sus desafíos para los vendedores del mercado. Se trata de un estudio cualitativo y exploratorio que, además de una revisión bibliográfica y documental, incluyó ocho entrevistas semiestructuradas en la feria. Dadas las limitaciones de tiempo y recursos, y la dificultad de realizar las entrevistas a distancia, estas se realizaron de manera presencial con el apoyo de un colaborador local en enero y febrero de 2024. Los resultados indican que el Mercado Caracol surgió a finales de la década de 1990. 1940 y está abierto diariamente de 6 a 19 horas, siendo el mercado popular de productos agroalimentarios más grande del país. En el sector agroalimentario se comercializan allí hortalizas, verduras, frutas, granos básicos y especias. En cuanto al origen de los productos, proceden de agricultores que cultivan cultivos en los alrededores de Bissau, especialmente hortalizas, y son importados de Senegal, que a su vez se abastece de productos de Marruecos y Gambia. Un elemento que merece ser destacado es la centralidad de las mujeres en el comercio de alimentos en el Mercado Caracol, conocidas localmente como bideiras. Entre los desafíos, los entrevistados comentaron la mala infraestructura de la feria y las inadecuadas condiciones sanitarias, además de las dificultades de transporte para llegar al mercado, el costo del espacio pagado al municipio, las dificultades en la frontera para importar. los productos directamente y la reducción de compradores (debido principalmente a la inestabilidad política que viene enfrentando el país). A pesar de estos problemas, es un espacio central para el abastecimiento de alimentos de la capital, además de ser la base de la economía familiar de las bideiras.
dcterms.abstractOver time, agri-food markets have undergone substantial transformations. Although markets associated with global commodity chains and controlled by transnational corporations currently predominate, more traditional marketing circuits, which are central to the food supply, continue to exist and resist. The Caracol Market is a place that presents these characteristics, functioning as an open-air market that takes place in the Bandim neighbourhood, in the central region of Bissau, the capital of GuineaBissau. To this end, the objective of this research was to describe and analyse the general characteristics of this market, with emphasis on the marketing of agri-food products, understanding its importance and its challenges for market vendors. This is a qualitative and exploratory study that, in addition to a bibliographic and documentary review, included eight semi-structured interviews at the market. Given the time and resource limitations, and the difficulty of conducting the interviews remotely, they were conducted on-site with the support of a local collaborator in January and February 2024. The results indicate that the Caracol Market was founded in the late 1940s and is open daily from 6 am to 7 pm and is the largest popular market for agri-food products in the country. In the agri-food sector, vegetables, fruits, basic grains and spices are sold there. As for the origin of the products, they come both from farmers who grow crops in the outskirts of Bissau, especially vegetables, and are imported from Senegal, which in turn supplies itself with products from Morocco and Gambia. One element that deserves to be highlighted is the central role of women in the food trade at the Caracol Market, locally known as bideiras. Among the challenges, the interviewees commented on the precarious infrastructure of the market and the inadequate sanitary conditions, in addition to the difficulties of transportation to get to the market, the cost of the space paid to the municipality, the difficulties at the border to import products directly and the reduction in buyers (due mainly to the political instability that the country has been facing). Despite these problems, it is a central space for the capital's food supply, in addition to being the basis of the family economy of bideiras.

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