Perfil da ocorrência de lesões cerebrovasculares em pacientes com traumas da coluna cervical: revisão integrativa da literatura
Data
2025
Autores
Pinho, Beatriz Bronzo de
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
A ocorrência de lesões cerebrovasculares em pacientes com fratura da coluna cervical representa um desafio clínico relevante devido às implicações no manejo e prognóstico. Este estudo realizou uma revisão integrativa da literatura para caracterizar a epidemiologia dessas lesões, considerando mecanismos de trauma, características anatômicas da fratura e comorbidades pré-existentes. A busca sistemática foi conduzida nas bases de dados MEDLINE, PubMed e ScienceDirect, utilizando os descritores “Spinal Fractures”, “Cervical Vertebrae” e “Cerebrovascular Trauma”. Foram selecionados 13 artigos primários, cuja avaliação metodológica foi feita com o RTI-Item Bank. Os resultados indicaram que mecanismos de trauma de alta energia, como acidentes automobilísticos e hiperextensão cervical, são associados a maior risco de lesões cerebrovasculares traumáticas, embora mecanismos de baixa energia também apresentem relação significativa na população idosa. Fraturas envolvendo o forame transverso, múltiplos níveis vertebrais e subluxações foram identificadas como fatores de risco importantes. Além disso, comorbidades como diabetes, cardiopatias e anquilose cervical demonstraram influência na incidência dessas lesões. Observou-se ainda que, apesar da predominância de pacientes do sexo masculino, na população idosa há maior prevalência de mulheres quando associadas a quedas da própria altura. A análise apontou fragilidades nos critérios tradicionais de triagem, como os de Denver, indicando a necessidade de abordagens mais amplas para identificar pacientes com risco elevado. Conclui-se que estudos adicionais, com amostras mais robustas e metodologias aprimoradas, são fundamentais para otimizar a detecção e o manejo dessas lesões, considerando as diferenças entre a população adulta e idosa.
Resumen
La ocurrencia de lesiones cerebrovasculares en pacientes con fractura de la columna cervical representa un desafío clínico relevante debido a sus implicaciones en el manejo y pronóstico. Este estudio realizó una revisión integrativa de la literatura para caracterizar la epidemiología de estas lesiones, considerando los mecanismos del trauma, las características anatómicas de la fractura y las comorbilidades preexistentes. La búsqueda sistemática se llevó a cabo en las bases de datos MEDLINE, PubMed y ScienceDirect, utilizando los descriptores “Spinal Fractures”, “Cervical Vertebrae” y “Cerebrovascular Trauma”. Se seleccionaron 13 artículos primarios, los cuales fueron evaluados metodológicamente mediante el RTI-Item Bank. Los resultados indicaron que los mecanismos de trauma de alta energía, como accidentes automovilísticos e hiperextensión cervical, están asociados con un mayor riesgo de lesiones cerebrovasculares traumáticas, aunque los mecanismos de baja energía también presentan una relación significativa en la población anciana. Se identificaron como factores de riesgo importantes las fracturas que involucran el foramen transverso, múltiples niveles vertebrales y subluxaciones. Además, se observó que comorbilidades como la diabetes, las cardiopatías y la anquilosis cervical influyen en la incidencia de estas lesiones. También se constató que, a pesar de la predominancia de pacientes de sexo masculino, en la población anciana hay una mayor prevalencia de mujeres cuando las lesiones están asociadas a caídas desde su propia altura. El análisis señaló debilidades en los criterios tradicionales de triaje, como los de Denver, lo que indica la necesidad de enfoques más amplios para identificar a los pacientes con alto riesgo. Se concluye que son fundamentales estudios adicionales con muestras más robustas y metodologías mejoradas para optimizar la detección y el manejo de estas lesiones, considerando las diferencias entre la población adulta y anciana.
Abstract
The occurrence of cerebrovascular injuries in patients with cervical spine fractures represents a significant clinical challenge due to its implications for management and prognosis. This study conducted an integrative literature review to characterize the epidemiology of these injuries, considering trauma mechanisms, anatomical features of the fractures, and pre-existing comorbidities. A systematic search was conducted in the MEDLINE, PubMed, and ScienceDirect databases using the descriptors “Spinal Fractures,” “Cervical Vertebrae,” and “Cerebrovascular Trauma.” Thirteen primary articles were selected and methodologically evaluated using the RTI-Item Bank. The results indicated that high-energy trauma mechanisms, such as motor vehicle accidents and cervical hyperextension, are associated with a higher risk of traumatic cerebrovascular injuries, although low-energy mechanisms also show a significant correlation in the elderly population. Fractures involving the transverse foramen, multiple vertebral levels and subluxations were identified as important risk factors. Additionally, comorbidities such as diabetes, heart disease, and cervical ankylosis were found to influence the incidence of these injuries. It was also observed that, despite the predominance of male patients, there is a higher prevalence of affected women in the elderly population when associated with falls from standing height. The analysis highlighted weaknesses in traditional screening criteria, such as the Denver criteria, indicating the need for more broad approaches to identify patients at high risk. It is concluded that additional studies with larger sample sizes and improved methodologies are essential to optimize the detection and management of these injuries, considering the differences between adult and elderly populations.
Descrição
Palavras-chave
coluna vertebral, traumatismo, Epidemiologia, lesões corporais